Ruy Affonso Machado                                              

(São Paulo/SP, 20 de abril de 1920)            

(São Paulo/SP, 26 de junho de 2003).

Ruy Afonso foi um ator teatral, diretor e escritor brasileiro. Ruy Afonso, era intérprete de destaque da primeira geração do “Teatro Brasileiro de Comédia”. Elegante e refinado,Ruy Afonso se destacou nos papéis característicos da alta classe social. Após se formar em direito, Afonso pretendia seguir a carreira diplomática, mas acabou se integrando ao “Grupo de Teatro Experimental”, GTE, comandado por Alfredo Mesquita e, posteriormente, ao “Grupo Universitário de Teatro” (GUT), dirigido por Décio de Almeida Prado. Ruy integrou os elencos de “O Auto da Barca do Inferno” de Gil Vicente e “O Baile dos Ladrões” de Jean Anouilh duas produções apresentadas na programação amadora do “Teatro Brasileiro de Comédia” (TBC). No ano seguinte, está em “Nick Bar...Álcool”, “Brinquedos”, “Ambições” de William Saroyan com direção de Adolfo Celi já profissionalizado, atuando nas grandes criações da companhia em sua primeira fase, “Arsênico e Alfazema”, de Joseph Kesselring, “Luz de Gás”, de Patrick Hamilton, ambas direções de Celi, “O Mentiroso” de Carlo Goldoni, encenação de Ruggero Jacobbi. Ruy Afonso participa de “A Ronda dos Malandros” de John Gay, montagem que faz Ruggero Jacobbi se retirar da companhia, “O Anjo de Pedra”, de Tennessee Williams e “Do Mundo Nada Se Leva” de Kaufman e Hart, ambas com o diretor Luciano Salce. Ruy Afonso integrou os elencos de “Seis Personagens à Procura de Um Autor” de Luigi Pirandello, “Convite ao Baile” de Jean Anouilh, “O Grilo da Lareira” de Charles Dickens este com direção de Ziembinski, “Ralé” de Máximo Gorki, encenação de Flamínio Bollini e “A Dama das Camélias” de Alexandre Dumas Filho, comemoração de aniversário de três anos do (TBC). Em seu último ano na companhia, participou de “Inimigos Íntimos” de Barillet e Grédy do 1º ato de “Antígone” este na versão de Sófocles e “Vá Com Deus” de John Murray e Allen Boretz. Ruy Afonso casou com a atriz Elizabeth Heinreid, Ruy saiu da empresa e estagiou durante um ano em teatros europeus. Em sua volta dirigiu a companhia de Nicette Bruno e Paulo Goulart criando “É Proibido Suicidar-se na Primavera” de Alejandro Casona e atuando em “Week-End” de Noel Coward, numa direção de Antunes Filho. Ruy Afonso dirige, no “Teatro Lotte Sievers” realizando as montagens de “A Reunião de Família” e “A Cacatua Verde” ambos textos de Arthur Schnitzler, “E a Morte Foi Contratada” de Lotte Sievers e “O Cadete Winslow” de Terence Rattingan. No “Teatro Cacilda Becker” (TCB), em “O Santo Milagroso” de Lauro César Muniz com o ator Walmor Chagas dirigindo o elenco. Lança, então, o grupo “Jograis de São Paulo”, cuja primeira composição inclui, além dele próprio, Rubens de Falco, Felipe Wagner e Ítalo Rossi, se dedicando a recitais de poemas. O sucesso leva-os a percorrer o Brasil em longas excursões e também à Europa, numa atividade que se estende por trinta e cinco anos. Novamente dirigido por Antunes Filho, agora no “Teatro Maria Della Costa” (TMDC) em “Tome Conta de Amelie” de Georges Feydeau. É também conduzido por Flávio Rangel em “Amadeus” de Peter Shaffer e ao lado de Vera Fischer, em “Negócios de Estado” de Louis Verneuil. Ruy Afonso com apenas dez por cento da visão, morreu em consequência de falência múpltiplos órgãos.