Luiz Antônio Martinez Corrêa

(Araraquara/SP, 24 de junho de 1950)

(Rio de Janeiro/RJ, 23 de dezembro de 1987).

Luiz Antônio Martinez Corrêa foi um ator, diretor, autor, cenógrafo, tradutor, roteirista, produtor e professor de interpretação brasileiro com atuação em teatro, cinema e TV. Luiz Antônio Martinez Corrêa é irmão do diretor e dramaturgo José Celso Martinez Corrêa. Luiz Antônio Martinez Corrêa foi um dos colaboradores do “Teatro Oficina”. Em Araraquara, Luiz Antônio trabalhava como diretor, ator, cenógrafo e tradutor no teatro amador. Luiz Antônio se mudou para São Paulo e estreou como profissional. Assistente e ator em “Gracias, Señor” de criação coletiva e em “As Três Irmãs”, de Anton Tchekhov, no “Teatro Oficina”, com direção de José Celso Martinez Corrêa. Luiz Antônio fundou o “Grupo Pão e Circo” e sua primeira direção foi “O Casamento do Pequeno Burguês” de Bertolt Brecht. A encenação lhe rendeu o “Prêmio Revelação” da “Associação Paulista de Críticos de Arte - APCA”. Com o desmembramento do grupo, Luiz Antônio partiu para o trabalho individual. Luiz Antônio Martinez Corrêa dirigiu “A Ópera do Malandro” de Chico Buarque, com Marieta Severo, Elba Ramalho, Ary Fontoura, Maria Alice Vergueiro, Otávio Augusto, Emiliano Queiroz, Cláudia Jimenez, entre outros. Martinez Corrêa encenou “O Percevejo” de Vladimir Maiakovisk, com Cacá Rosset no papel de (Prissípkin), cenografia de Hélio Eichbauer, música de Caetano Veloso, com o “Grupo Klop” e venceu o “Troféu Mambembe de Teatro” como melhor diretor. Luiz Antônio se tornou professor da “Casa das Artes de Laranjeiras - CAL”, onde realizou, com os alunos, espetáculos como "Ubu" de Alfred Jarry, com Otávio Muller, Helena de Lamare, Cristina Bethecourt e Rodrigo Mendonça, entre outros, tendo como música tema "Rock da Descerebração de Cazuza e Frejat e “12 Metemorfoses” de Ovídio e “O Elefantinho” de Bertolt Brecht, com Anabel Albernaz e Helena de Lamare, entre outros, ”Ataca Felipe” de Arthur Azevedo , com Duda Mamberti, Beth Lamas e Luiz Maçãs, entre outros e também professor da “Universidade do Rio de Janeiro - Uni-Rio”, onde encenou “A Disputa” de Marivaux, com Lorena da Silva e “Taniko - O Rito do Vale” de Zenchiku, entre outras montagens. Luiz Antônio Martinez Corrêa encenou o “Theatro Musical Brasileiro I: (1860 -1914)” com Vera Holtz e Fábio Pillar, ganhando novamente o “Prêmio Mambembe” como melhor diretor. E realizou como diretor e adaptador “Mahagony” de Bertolt Brecht e Kurt Weill, com Mário Borges, entre outros atores. Luiz Antônio Martinez Corrêa no auge da carreira realizou a continuação de sua pesquisa, “Theatro Musical Brasileiro II: (1914-1945)”, com Anabel Albernaz, Marshal Netherland, Andréa Dantas, José Mauro Brant, Luís Carlos Buruca e Jorge Maia, entre outros. Este espetáculo, continuou sua temporada no Rio/SP, mesmo após a sua morte, recebendo oito indicações para o “Prêmio Mambembe”, ganhando novamente como melhor diretor e também o “Prêmio Molière”. Luiz Antônio Martinez Corrêa deixou duas adaptações prontas "Loulou" d("A Caixa de Pandora") de Frank Wedekind e "Ball" de Bertold Brecht que foi montada sob a direção de Moacyr Góes. No cinema, Luiz Antônio Martinez Corrêa dirigiu o filme "O Homem do Pau Brasil". Luiz Antônio Martinez Corrêa efoi brutalmente assassinado por Gláucio Garcia de Arruda. Seu corpo foi encontrado amarrado de pés e mãos, com um golpe na cabeça, estrangulado e mutilado com cento e sete facadas, em seu apartamento, além de ter alguns pertences roubados (uma secretária eletrônica, um videocassete e dezessete mil cruzados [moeda de então]). Devido as tenebrosas características do crime e outras ocorrências similares no Brasil da epóca, se deduz que o assassinato teria suido um crime de intolerância e preconceito com relação a sua homossexualidade. Dois dias após o homicídio, o então surfista Gláucio Garcia de Arruda é identificado pelo porteiro do prédio como a última pessoa em sair do apartamento do diretor. Garcia foi preso e posteriormente julgado, absolvido em primeira instância e condenado em segunda instância a vinte anos de prisão por roubo seguido de morte.

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Artistas encontrados 2 resultados para BURUCA

LUÍS CARLOS BURUCA (63 anos)

LUIZ ANTÔNIO MARTINEZ CORRÊA