Mauri de Oliveira Queiróz               

(Dores do Indaiá/MG, 1938)                

(Contagem/MG, 1990).

Tony Vieira foi um ator, diretor e produtor de cinema brasileiro. Seus filmes eram do estilo faroeste e policiais que retratavam a “Boca do Lixo” paulistana. Tony Vieira saiu de sua cidade natal e se mudou para Contagem acompanhando um circo. Tony Vieira foi trabalhar na “Companhia de Cimentos Portland Itaú”, que patrocinava um programa de televisão e tinha uma companhia de teatro. A mudança na vida de Tony veio com um convite do diretor do grupo, José Sebastião Carneiro Filho para fazer testes na TV Itacolomi em Belo Horizonte. Sua insistência, mesmo após sucessivas reprovações, o levou a trabalhar na novela “A Garrafa do Diabo”. Anos depois, o sucesso o conduziu a São Paulo, apoiado por Moacyr Franco. Vieira atuou em filmes de Mazzaropi e logo consagrou sua imagem de durão em aventuras como “Panca de Valente” e “Uma Pistola para Djeca”. Na metrópole paulistana, conheceu também a “Boca do Lixo” onde realizou seu primeiro longa-metragem, “Gringo, o Último Matador Erótico”.  Na TV, Tony Vieira participou das novelas “A Pequena Órfã” , “O Tempo e o Vento”, ” As Minas de Prata”, “A Grande Viagem” e “Ainda Resta uma Esperança”. Tony produzia, protagonizava e também dirigia, mas não gostava muito dessa função. Em entrevista à “Folha da Tarde” durante o lançamento de “O Exorcista de Mulheres” justificou por que, mesmo sem gostar, preferia dirigir seus filmes Tony considerava não haver no Brasil bons diretores para policiais e filmes de faroeste, seu estilo de filme, porque os diretores brasileiros haviam se especializado e eram muito bons em comédias, dramas, romances e filmes intimistas. Tony Vieira fundou a produtora MQ - das iniciais de seu nome verdadeiro, mas alegadamente para "Marca e Qualidade" - que realizou cerca de vinte filmes policiais e faroestes, de baixo orçamento, mas com grande apelo popular. Tony Vieira, sua mulher, a atriz Claudete Jouberte e o comediante Heitor Gaiotti compunham um trio de aventureiros que aparecia em quase todos os seus filmes. Em apenas uma década e meia, Tony produziu, dirigiu e atuou em cerca de trinta filmes o que dá uma média de dois filmes por ano e nesse período conseguiu sustentar a si e a empresa com a renda das bilheterias. Tony aderiu à onda dos filmes de sexo explícito, mas tentou voltar ao seu estilo com “Calibre 12” sem o sucesso de antes. Deprimido e atacado por um câncer, voltou a Minas Gerais, onde morreu. Números dia “Agência Nacional do Cinema” (Ancine) dão a Tony Vieira o status de diretor brasileiro com mais filmes na lista de público. Seu filme mais bem-sucedido, “Desejo Proibido” levou aos cinemas mais de um milhão de espectadores.