Augusto Temístocles da Silva Costa
(Rio de Janeiro/RJ, 17 de dezembro de 1926)
(São José do Rio Preto/SP, 26 de outubro de 1993).
Tião Macalé foi um humorista brasileiro, célebre por suas participações no programa “Os Trapalhões”. Com sotaque característico, era conhecido pelo sorriso banguela e pelos bordões "Nojento!" e “Tchammm”. Tião trabalhou com Ary Barroso no programa “Show do Gongo” na TV Rio onde ao comando de Ary, "gongava" as pessoas. Tião Macalé ficou nacionalmente conhecido no programa humorístico “Balança, Mas Não Cai” como o "crioulo difícil" ao lado da atriz Marina Miranda a "crioula difícil". Tião Macalé era personagem de poucas falas, tendo inclusive alguma dificuldade na articulação das palavras, fato que aumentava ainda mais a sua eficiente performance como humorista. Macalé estreou no cinema no filme “Os Caras de Pau”, mas a grande base de seu trabalho foi mesmo no programa “Os Trapalhões”. Ainda no cinema, Macalé participou dos filmes “O Impossível Acontece”, “Salve-se Quem Puder - Rally da Juventude”, “Café na Cama”, “O Comprador de Fazendas”, “O Padre que Queria Pecar”, “O Estranho Vicio do Dr. Cornélio”, “Costinha o Rei da Selva”, “Com um Grilo na Cama”, “Com as Calças na Mão”, “As Mil e Umas Posições do Amor”, “A Longa Noite do Prazer”, “Atrapalhando a Suate”, ”As Sete Vampiras”, “O Mistério de Robin Hood” e “O Escorpião Escarlate”. Sua fama atingiu proporções maiores quando fez vários comerciais de paródias cômicas para a extinta rede de supermercados “Disco”. Tião Macalé atuou como garoto-propaganda na campanha do candidato Affonso Camargo Neto à Presidência da República. Tião Macalé também foi garoto-propaganda do achocolatado “Toddy”. Naquela época os comerciais eram realizados ao vivo e na hora de misturar o leite com o achocolatado, Macalé notou que o misturador no fundo estava com ferrugem. Mesmo assim, o "Toddy" foi colocado no copo e o Tião tomando fez uma cara feia. Neide Aparecida perguntou "E aí, Tião tá bom?" e Macalé respondeu "Toddy é gostoso até sem açúcar!!!". Tião Macalé era torcedor fanático do "Fluminense" e assíduo frequentador dos estádios, Tião chegou a passar mal em duas partidas do time carioca, antes de sofrer seu primeiro derrame. Entusiasta do futebol, organizava, treinava e às vezes arbitrava um time de futebol chamado “Dínamo” no Rio de Janeiro. Tião Macalé detestava o "Flamengo" e se alguém assoviasse o hino do "Flamengo" ficava furioso, dizendo uma série de palavrões. Tião Macalé sofreu um derrame e passou a trabalhar com dificuldade. Tião Macalé morreu de infecção pulmonar.