Renato Consorte                               

(São Paulo/SP, 27 de outubro de 1924)                

(São Paulo/SP, 26 de janeiro de 2009).

Renato Consorte foi um ator e grande cômico brasileiro que marcou seu nome no teatro, no cinema e na televisão. Renato Consorte, filho de italianos, nascidos na região dos Abruzos sonhava fazer medicina, mas acabou cursando a faculdade de direito do Largo São Francisco. Renato Consorte acabou fazendo parte da "Caravana Artística XI de Agosto", da faculdade, viajando por todo o interior, cantando e representando. Através de Inezita Barroso e Maurício Barroso,  Renato foi indicado para um teste no TBC e estreia na peça "A Noite de 16 de Janeiro".  Renato participou da formação da “Companhia Cinematográfica Vera Cruz” onde começou como gerente de produção e se tornou, depois, um de seus principais atores.  A estreia no cinema foi em "Caiçara" ao lado de Eliane Lage, Mário Sérgio e Abílio Pereira de Almeida.  Renato Consorte participou dos filmes “Ângela”, “Terra é Sempre Terra”, “Apassionata”, “Sai da Frente”, “Tico-Tico no Fubá”, “Veneno”, “Esquina da Ilusão”, “A Família Lero-Lero”, “Sinhá Moça”, “É Proibido Beijar”, “Floradas na Serra”, “Na Senda do Crime”, “Rio 40 Graus”, “A Baronesa Transviada”, “Osso, Amor e Papagaios”, “Garota Enxuta”, “Um Caso de Polícia”, “Ladrão em Noite de Chuva”, “Os Mendigos”, “Pluft, o Fantasminha”, “Cristo de Lama”, “O Bandido da Luz Vermelha”, “Gente que Transa”, “Sabendo Usar Não Vai Faltar”, “Ato de Violência”, “O Coronel e o Lobisomem”, “O Menino Arco-Íris”, “Curumim”, “Eles Não Usam Black-Tie”, “Cavalinho Azul”, “O Baiano Fantasma”, “Sonhos Sem Fim”, “Os Trapalhões no Auto da Compadecida”, “Sua Excelência, o Candidato”, “Sábado”, “Cafundó”, “O Casamento de Romeu e Julieta”, “Boleiros 2”, “O Homem Que Desafiou o Diabo” e “Bom Dia, Eternidade”, boa parte deles na “Vera Cruz”. Renato Consorte trabalhou por longo tempo no “Teatro de Arena” e na TV Cultura de São Paulo. Entre seus trabalhos mais marcantes estão “A Família Trapo”, com Ronald Golias. Na televisão, Renato Consorte fez programas humorísticos e as novelas “Prisioneiro de Um Sonho”, “Eu Compro Esta Mulher”, “O Tempo e o Vento”, “O Meu Pé de Laranja Lima”, “Meu Pedacinho de Chão”, “A Volta de Beto Rockfeller”, “O Conde Zebra”, “Papai Coração”, “Dinheiro Vivo”, “Tieta”, “A História de Ana Raio e Zé Trovão” e “Bang-Bang”, as minisséries “O Tempo e o Vento” e “O Primo Basílio”, as séries “Você Decide”, “Sob Nova Direção” e o programa infantil “Qual é, Bicho?”. Consorte participou de um quadro humorístico duradouro com Walter D'Ávilla na TV Rio. Renato esteve em “I Feira Paulista de Opinião” dirigido por Augusto Boal. No teatro participou de “Gota d'Água” de Chico Buarque no papel de (Creonte). Renato, como ator de “Gota d'Água” participou ativamente da jornada de teatro pela anistia, em São Paulo, quando todos os teatros abriram gratuitamente pela anistia e fim da tortura no Brasil, face a prisão de Celso Brambilla, Márcia Bassetto Paes, José Maria de Almeida e outros operários preso no ABC. Renato Consorte foi ativista político e sindical, atuando no "Sindicato dos Artistas" de São Paulo, junto com Lélia Abramo, Robson Corrêa de Camargo, Dulce Muniz e Cláudio Mamberti. A “I Feira Feira Paulista de Opinião” no “Teatro Ruth Escobar” foi escrita com quadros de Plínio Marcos, Lauro César Muniz, Bráulio Pedroso, Gianfrancesco Guarnieri, Jorge Andrade. Um dos episódios “Verde Que Te Quero Verde” de Plínio Marcos tinha como personagem um general. Consorte que representava este general era muito parecido com o presidente militar da ocasião, Costa e Silva, numa evidente paródia ao regime militar de então. Renato Consorte participou inesperadamente de um fato inusitado, mas que foi acompanhado por toda população brasileira da época, via televisão e rádio. Um avião caiu em São Paulo matando trinta e sete dos cinquenta tripulantes e passageiros. Renato Consorte foi um dos poucos sobreviventes, estando por vários dias com a vida por um fio. Felizmente, depois de dias de tratamento, se recebe a notícia de seu pleno restabelecimento, após ter o corpo quase todo queimado. Renato era casado com Josildeth Gomes Consorte com que teve dois filhos, Renato Luiz e Adriana. Renato Consorte morreu devido a um câncer de próstata.