Paulo Ricardo Campos Silvino                            

(Rio de Janeiro/RJ, 27 de julho de 1939)           

(Rio de Janeiro/RJ, 17 de agosto de 2017).

Paulo Silvino foi um humorista, compositor e ator brasileiro. Filho de Silvério Silvino Neto e Naja Silvino, não tardou a despontar para a carreira artística. Com vinte anos, ao lado de nomes como Altamiro Carrilho, Durval Ferreira e Eumir Deodato, Paulo Silvino lançou o LP “Nova Geração em Ritmo de Samba”, compondo e interpretando com sua voz abaritonada a maioria das canções, ainda sob o nome de Silvino Júnior. Durante duas décadas, Paulo Silvino ampliou sua produção musical e teatral, escrevendo e atuando em peças e filmes. Paulo Silvino passou pelas extintas TV Tupi, TV Continental, TV Rio e TV Excelsior. Estreou na TV Globo em “TV Ó - Canal Zero” e ganhou dois prêmios como o melhor comediante de televisão. Desde então, Silvino apresentou e foi destaque em diversos programas de humor da TV Globo como “Faça Humor, Não Faça Guerra”, “Satiricom”, “Planeta dos Homens”, “Balança, Mas Não Cai”, “Viva o Gordo” e “Brasil Pandeiro”. Silvino comandou inúmeras vezes o “Cassino do Chacrinha”, substituindo o “Velho Guerreiro”. Silvino esteve no SBT onde atuou em “A Praça é Nossa” e na “Escolinha do Golias” com Ronald Golias. Paulo Silvino participou também da “Escolinha do Professor Raimundo” na TV Globo e da “Escolinha do Barulho” na TV Record. De volta à TV Globo, participou do programa “Zorra Total”, onde já fez muitos personagens. Seu humor sempre foi fortemente baseado em bordões e piadas de duplo sentido. É, portanto, típico daquele que fez escola nos programas no qual atuou no começo de carreira. São memoráveis os bordões do policial (Fonseca), em quadro no qual contracenava com Jô Soares - "Guenta, doutor gueeeeenta! - e do porteiro (Severino) - “Isso é uma tremenda bichona” e "Cara, crachá! Cara, crachá!". O ator buscava a piada simples, mas de gosto popular, ao criar seus tipos, popularizando assim os bordões de seus personagens. No cinema, Silvino participou de “Um Edifício Chamado 200”, ”Com a Cama na Cabeça”, “O Rei da Pilantragem”, “Minha Sogra é da Policia” e “Sherlock de Araque”. Paulo Silvino foi casado com a artista plástica Diva Plácido com quem teve três filhos, Flávio Silvino, João Paulo Silvino e Isabela Silvino. Após gravar seu primeiro LP e atuar em algumas novelas da TV Globo, Flávio Silvino teve sua carreira parcialmente interrompida ao sofrer um grave acidente de carro que lhe causou danos cerebrais ao deixá-lo em coma durante três meses e meio. Com a mudança no ”Zorra Total”, Silvino integrava o elenco do programa novo que tem apenas o nome de “Zorra”. Paulo Silvino descobriu que tinha um endocarcinoma (câncer de estomago). Paulo Silvino operado com sucesso total pelo cirurgião oncologista Dr. Leonaldson Castro e fazia sessões de quimioterapia para a remissão da enfermidade. A intenção era voltar logo para a telinha, mas antes disso estaria lançando seu livro-vídeo "As Aventuras do Papaceta”.  Paulo Silvino esteve meio século na TV Globo. Nesses cinquenta anos de casa, além dos programas que participou como humorista, apresentou o programa de auditório "Porque Hoje é Sábado", foi redator do "Domingão do Faustão" e chegou a narrar a novela "O Pulo do Gato". Paulo Silvino morreu em consequência de complicações do câncer.