Rubens Moraes Sarmento               

(Campinas/SP, 14 de dezembro de 1922)        

(São Paulo/SP, 22 de março de 1998).

Moraes Sarmento foi um radialista e apresentador brasileiro. A dedicação ao rádio começou cedo quando, ainda no interior, gostava de brincar esticando fios, fazendo antenas, para melhorar a recepção do áudio. Sarmento iniciou seu trabalho como locutor profissional em Uberlândia-MG. Sarmento trabalhou também em São José do Rio Preto e chegou depois a São Paulo. Começou a sua atividade no rádio com quinze anos, patrocinado pelo também radialista Roberto Corte Real. Moraes Sarmento trabalhou na “Rádio Educadora” de Campinas, “Rádio Cultura” em São Paulo, esteve também na “Rádio Cosmos”, “Rádio Tupi”, “Rádio Bandeirantes”, “Rádio Tamoio” no Rio de Janeiro, “Rádio São Paulo”, TV Bandeirantes, TV Record, TV Cultura e “Rádio Capital”.  Sarmento atuou em cidades do interior paulista como Araçatuba e São José do Rio Preto. Ao ingressar na “Rádio Cultura”, de São Paulo, passou a apresentar o programa "Cirquinho do Simplício" com o qual obteve bastante sucesso. Sarmento ingressou na “Rádio Bandeirantes” na qual, apresentou por mais de duas décadas o "Programa Moraes Sarmento" dedicado a música popular brasileira. Nesse programa entregou ao cantor Vicente Celestino um disco de ouro pesando meio quilo. Na homenagem compareceram Orlando Silva, Carlos Galhardo, Gilberto Alves, Osny Silva, Ciro Monteiro  e Elizeth Cardoso, nomes que costumavam prestigiar seu programa. Sarmento foi presidente da “Federação das Escolas de Samba” de São Paulo e organizou um desfile no Vale do Anhangabaú que obteve tanto sucesso que motivou o então prefeito da capital paulista Faria Lima, a oficializar o desfile no carnaval de São Paulo Sarmento passou a apresentar, na “Rádio Bandeirantes” de São Paulo, o programa "A Bandeirantes Viaja Com Você - Saudades da Minha Terra", levado ao ar diariamente das 4 às 5 horas da manhã, dedicado a operários e caminhoneiros e divulgando músicas sertanejas. O nome do programa foi inspirado na clássica toada "Saudade da Minha Terra", de Goiás e Belmonte e lançada pela dupla Belmonte & Amaraí. Ainda na “Rádio Bandeirantes”, apresentou por vinte e dois anos, no horário noturno, o programa "Almoço à Brasileira", com grande audiência, destinado exclusivamente ao samba. Moraes Sarmento estreou na TV Tupi um programa próprio "Praça Moraes Sarmento", entretanto o programa teve curta duração. Já na TV Cultura apresentou de o programa “Viola Minha Viola” primeiramente em parceria com Nonô Basilio, depois com Inezita Barroso, foi um grande sucesso, principalmente por suas viagens por todo o interior.  Nos últimos anos teve um programa, aos sábados, transmitido para São Paulo pela “Rádio Capital” e para São José dos Campos que ia ao ar pela “Rádio Piratininga”. Considerado uma das referências da radiofonia paulistana na preservação de música tradicional. Recebeu diferentes homenagens sendo cidadão honorário das cidades. Moraes Sarmento recebeu por duas vezes o “Troféu Roquette Pinto”. Recebeu também o “Prêmio Governador do Estado” pelo melhor programa de música brasileira e preservação da memória musical do país. Moraes Sarmento foi homenageado pela “Escola de Samba Mocidade Alegre”, da qual foi enredo, sendo essa considerada por ele mesmo como a maior homenagem que recebeu. Na ocasião desfilou em carro aberto pela escola de samba. Sarmento foi fundador da “Lira Musical Pedro Salgado”, homenagem ao compositor Pedro Salgado. Moraes Sarmento esteve no ar por sessenta anos ininterruptos. Moraes Sarmento era casado com Dona Wilma Santochi Sarmento, teve uma filha, Marisa, netos e bisnetos. Moraes Sarmento morreu vitimado por insuficiência respiratória, decorrente de problemas cardíacos.