Gentile Maria Marchioro Della Costa                     

(Flores da Cunha/RS, 01 de janeiro de 1926)               

(São Paulo/SP, 24 de janeiro de 2015).    

Maria Della Costa foi uma atriz brasileira nascida no interior do Rio Grande do Sul. No Rio de Janeiro estreia como show-girl no “Cassino Copacabana”. Maria Della Costa estreia no teatro em "A Moreninha" de Joaquim Manuel de Macedo. Em seguida vai para Portugal estudar arte dramática com a atriz Palmira Bastos no “Conservatório de Lisboa”. De volta ao Brasil, passa a fazer parte do grupo “Os Comediantes” e participa de espetáculos como “Rainha Morta” de Henry de Montherlant, “Terras do Sem Fim” de Jorge Amado, “Vestido de Noiva” de Nélson Rodrigues e “Não Sou Eu”, de Edgard da Rocha Miranda. Maria Della Costa funda junto com seu marido, o ator Sandro Polônio, o “Teatro Popular de Arte”, e estreia a peça "Anjo Negro" de Nélson Rodrigues no “Teatro Fênix” do Rio de Janeiro. Maria Della Costa inaugura sua própria casa de espetáculos, o “Teatro Maria Della Costa” em São Paulo, projetado por Oscar Niemeyer e Lúcio Costa. Sandro Polônio, à frente da casa, cria um repertório considerado um dos melhores do teatro brasileiro. Montagens como "Tobacco Road" de Erskine Caldwell e Jack Kirkland, "A Prostituta Respeitosa" de Sartre, "Com a Pulga Atrás da Orelha" de Feydeau, "A Moratória" de Jorge Andrade, "Rosa Tatuada" de Tennessee Williams e "A Alma Boa de Setsuan” de Brecht, marcam essa fase. A companhia segue por uma excursão pela Europa e, durante quarenta e cinco dias, lotam casas de espetáculos em Buenos Aires. Ao visitar Nova York, o casal conhece o autor Arthur Miller e dele traz, para comemorar os dez anos de seu teatro, a famosa peça “Depois da Queda”, dirigida por Flávio Rangel. Com esse mesmo diretor, Maria Della Costa fez também os espetáculos “Homens de Papel” de Plínio Marcos, “Tudo no Jardim” de Edward Albee, entre outros. Nos palcos do “Teatro Maria Della Costa” passaram os melhores atores e atrizes do teatro brasileiro, bem como importantes cenógrafos, como Gianni Ratto. No cinema, Maria Della Costa atuou nos filmes, "O Cavalo 13" e "O Malandro e a Grã-Fina", ambos sob a direção de Luiz de Barros, "Inocência", "Caminhos do Sul" e "Moral em Concordata". Maria Della Costa é dirigida pelo italiano Camillo Mastrocinque no premiado "Areião", produção da “Maristela Filmes”. Já na televisão, Maria Della Costa teve pouca participação, mas fez as novelas “Beto Rockfeller” e “As Bruxas” na TV Tupi, “Estúpido Cupido”, “Te Contei?” e “Sétimo Sentido” na TV Globo e “Brasileiras e Brasileiros” no SBT. Maria Della Costa é homenageada pelo Ministério da Cultura com a “Ordem do Mérito Cultural”. Em seus últimos anos de vida, a atriz residia no município fluminense de Parati, onde administrava seu hotel. A atriz não tinha filhos. Maria Della Costa morreu de um edema pulmonar agudo.