Margarida Rey
(Santos/SP, 17 de janeiro de 1922)
(Rio de Janeiro/RJ, 19 de novembro de 1983).
Margarida Rey foi uma atriz brasileira. Margarida se destacou principalmente no teatro, atingindo grandes desempenhos em papéis dramáticos e trágicos. Margarida Rey estreou em “A Rainha Morta” de Henry de Montherland uma direção de Ziembinski para “Os Comediantes”. Margarida Rey esteve no grande sucesso “Desejo” de Eugene O'Neill. Margarida Rey volta em “Terras do Sem Fim” adaptação de Graça Mello para o romance de Jorge Amado. Junto a “Os Artistas Unidos” a atriz participou de dois grandes espetáculos “Medeia” de Eurípides e “Uma Rua Chamada Pecado” de Tennessee Williams ambos dirigidos por Ziembinski, com Henriette Morineau à frente do elenco. Em São Paulo, Margarida surgiu ao lado de Madalena Nicol em “O Homem, a Besta e a Virtude” de Luigi Pirandello. Contracenando com Nicette Bruno em “De Amor Também Se Morre” e com a companhia de Delmiro Gonçalves esteve em duas realizações cheias de ressonâncias "A Falecida Mrs. Black", de Dinner e Morunr e “A Ilha das Cabras” de Ugo Betti encenações de Rubens Petrilli de Aragão que lhe deram dois “Prêmios Saci” consecutivos. Margarida Rey foi contratada pelo “Teatro Brasileiro de Comédia” (TBC) onde fez “Negócios de Estado”, “Cândida” e “Santa Marta Fabril S. A”. Margarida Rey saiu do (TBC) para retornar ao Rio de Janeiro, na “Companhia Tônia-Celi-Autran (CTCA)”, atuando com destaque nas principais montagens da empresa como “Otelo” de William Shakespeare, “A Viúva Astuciosa” de Carlo Goldoni, “Entre Quatro Paredes” (Huis Clos) de Jean-Paul Sartre todas com novas premiações, “Natal na Praça” de Henri Ghéon e ainda “Calúnia” de Lillian Hellmann, “Seis Personagens à Procura de um Autor” de Luigi Pirandello, “Esses Maridos” e “O Castelo da Suécia” de Françoise Sagan, “Arsênico e Alfazema” de Joseph Kesselring. Em São Paulo, na companhia Nicette Bruno interpretou “Oito Mulheres” de Robert Thomas com direção de Luís de Lima. Margarida Rey voltou ao gênero trágico na montagem de “Electra” de Sófocles ao lado de Glauce Rocha com o diretor Antônio Abujamra à frente do “Grupo Decisão”. Margarida Rey esteve em “Os Físicos” de Dürrenmatt, novamente com Ziembinski e na montagem de “Édipo Rei” com direção de Flávio Rangel para a companhia de Paulo Autran. Margarida Rey participou de “O Burguês Fidalgo” de Molière com direção de Ademar Guerra para o mesmo conjunto. Margarida Rey ressurgiu ao lado de Miriam Mehler em “Bonitinha, Mas Ordinária” de Nélson Rodrigues, uma encenação de Antunes Filho. Margarida Rey também atuou na televisão e no cinema. No cinema, estreou em “Alegria de Viver”, protagonizou o filme “Porto das Caixas”. Depois interpretou a rainha (Maria I) de Portugal no filme “Os Inconfidentes”. Na televisão Margarida esteve nas novelas “Nenhum Homem é Deus“, ”Super Plá”, “Bandeira 2”, “O Bofe”, “O Bem-Amado”, onde interpretou a irmã do personagem (Zeca Diabo), “Anjo Mau” e “Sem Lenço, Sem Documento”. Margarida Rey foi a primeira atriz brasileira a assumir publicamente a sua homossexualidade. Margarida Rey sofria de alcoolismo e era irmã da atriz Virgínia Vanni. Margarida Rey morreu de edema pulmonar.