José Wilker de Almeida
(Juazeiro do Norte/PE, 20 de agosto de 1946)
(Rio de Janeiro/RJ, 05 de abril de 2014).
José Wilker foi ator, diretor, narrador, apresentador e crítico de cinema brasileiro. Considerado um dos maiores atores da sua geração, Wilker marcou época com inesquecíveis personagens, no cinema, no teatro e na televisão. Filho de Severino Almeida, um caixeiro viajante e de Raimunda Almeida, dona de casa, José Wilker se mudou com a família, ainda criança, para o Recife. José Wilker começou a carreira como locutor de rádio e se mudou para o Rio de Janeiro aos dezenove anos. Seu primeiro filme foi “A Falecida” com uma participação não creditada, o filme ainda contava com Fernanda Montenegro como protagonista. Wilker esteve no elenco do filme “Bye Bye Brasil” e no elenco de “O Homem da Capa Preta”. Wilker estreou nas novelas em “Bandeira 2” de Dias Gomes na TV Globo. Wilker ganhou fama com o protagonista (Mundinho Falcão) na primeira versão da novela "Gabriela" adaptada do romance de Jorge Amado. Wilker fez muito sucesso com a novela “Roque Santeiro” na qual deu vida ao personagem-título junto com Regina Duarte e Lima Duarte. Durante cinco anos, Wilker dirigiu boa parte dos episódios do “Sai de Baixo” além de ter participado de um dos episódios do programa “Ghost Não Se Discute”. Wilker interpretou personagens célebres na televisão, como (Giovanni Improtta), dono do bordão "Felomenal" na novela “Senhora do Destino” e o ex-presidente (Juscelino Kubitschek) na minissérie “JK”. José Wilker cai na boca do povo com o personagem (Jesuíno Mendonça) no remake da novela “Gabriela”. O personagem foi marcado pelo bordão (Deite que hoje vou lhe usar) que se tornou febre nas redes sociais. No ano seguinte narra a chamada da novela “Amor à Vida” e no meio da trama entra no elenco como a personagem (Herbert). José Wilker fez ainda as novelas “O Bofe”, “Cavalo de Aço”, “Os Ossos do Barão”, “Corrida do Ouro”, “Anjo Mau”, Plumas & Paetês”, “Brilhante”, “Final Feliz”, “Paraíso”, “Transas e Caretas” todas na TV Globo. Wilker teve uma passagem pela TV Manchete onde fez as novelas “Carmen” e “Corpo Santo”, de volta a TV Globo fez ainda as novelas “O Salvador da Pátria”, “Mico Preto”, “Fera Ferida”, “Renascer”, “A Próxima Vítima”, “Anjo de Mim”, “O Fim do Mundo”, “Salsa e Merengue” “Suave Veneno”, “Um Anjo Caiu do Céu”, “Desejo de Mulher”, “Duas Caras”, “Três Irmãs” e “Insensato Coração”. José Wilker fez também as minisséries “Bandidos na Falange”, “Anos Rebeldes”, “Agosto”, “A Muralha”, “O Quinto dos Infernos”, “Amazônia, de Galvez a Chico Mendes”, “Cinquentinha”, “O Bem Amado” e “O Brado Retumbante”, os seriados “A Cartomante”, “Na Forma da Lei” e “A Mulher Invisível”, além do seriado “Caso Especial” nos episódios “O Crime do Silêncio” e “Enquanto a Cegonha Não Vem”. Wilker esteve na equipe de direção das novelas “Louco Amor” e “Transas e Caretas” e nos filmes “Cinderela” e “Giovanni Improtta”. Sua última aparição na TV foi no programa “Vídeo Show” onde deixou sua assinatura e marcas das mãos na futura “Calçada da Fama” da TV Globo. José Wilker se destacou também, em alguns trabalhos, como narrador como, por exemplo, no seriado “A Vida Como Ela É”, nos filmes “Mentira” e “Josué Castro, Cidadão do Mundo”, “Tancredo, a Travessia” e na peça “Casa, Comida e Alma Lavada”. Entre seus papéis mais marcantes no cinema estão (Tiradentes) no filme “Os Inconfidentes“, (Vadinho) do recorde de bilheteria nos cinemas “Dona Flor e Seus Dois Maridos”, o político (Tenório Cavalcanti) de “O Homem da Capa Preta” e (Antônio Conselheiro), de “Guerra de Canudos”. Wilker fez dezenas de filmes. Esteve no elenco de “Paixão”, “El Justicero”, “A Vida Provisória”, “Estranho Triângulo”, “Deliciosas Traições de Amor”, “Amor e Medo”, “Ana, a Libertina”, “O Casal”, “Confissões de uma Viúva Moça”, “Xica da Silva”, “Diamante Bruto”, “A Batalha dos Guararapes”, “O Golpe Mais Louco do Mundo”, “O Incrível Monstro Trapalhão”, “Bonitinha, mas Ordinária ou Otto Lara Rezende”, “Fiebre Amarilla”, “Los Crápulas”, “O Rei da Vela”, “O Bom Burguês”, “São Bernardo”, “Jango”, “Fonte da Saudade”, “Baixo Gávea”, “Besame Mucho”, “Leila Diniz”, “Um Trem Para as Estrelas”, “Dias Melhores Virão”, “Doida Demais”, “Solidão, uma Linda História de Amor”, “Filha da Mãe”, “Medicine Man”, “Pequeno Dicionário Amoroso”, “Delicado”, “For All - O Trampolim da Vitória”, “Villa-Lobos, Uma Vida de Paixão”, “Dead In Water”, “Banquete”,”Maria - Mãe do Filho de Deus”, “O Homem do Ano”, “Onde Anda Você?”, “Redentor”, “Viva Sapato!”, “O Piadista”, “Olga Del Volga”, “O Guia do Mochileiro das Galáxias”, “Canta Maria”, “O Sonho de Inacim”, “O Maior Amor do Mundo”, “Casa da Mãe Joana”, “Sexo Com Amor?”, “Romance”, “Embarque Imediato”, “O Bem Amado”, “Elvis e Madona”, “Kreuko" em Mundo Invisível”, “A Melhor Idade”, “Giovanni Improtta”, “Casa da Mãe Joana 2”, “Isolados” e “O Duelo”. José Wilker namorou com a atriz Magrit Siebert, foi casado com a psicóloga Elza Maria Barros da Rocha, teve as filhas Mariana com a atriz Renée de Vielmond e Isabel com a atriz Mônica Torres e teve um relacionamento com Guilhermina Guinle. Seu último casamento foi com a jornalista Claudia Montenegro. Amante de cinema possuía aproximadamente quatro mil fitas em casa. José Wilker mostrou ao público essa faceta assinando uma coluna semanal sobre o assunto no “Jornal do Brasil” e fazendo comentários de filmes nos canais de televisão por assinatura Telecine da GLOBOSAT. José Wilker era também comentarista oficial da transmissão da premiação do "Oscar" da TV Globo, além de apresentar o programa “Palco & Plateia” que é transmitido pelo Canal Brasil. José Wilker foi um ator muito premiado, tanto em teatro, cinema ou TV. Wilker foi diretor-presidente da Riofilme - distribuidora de filmes do município do Rio de Janeiro. José Wilker morreu vítima de infarto.