Hélio da Silva Cotê Figueiredo de Almeida Coutinho
(Rio de Janeiro/RJ, 25 de março de 1929)
(Atibaia/SP, 05 de outubro de 2001).
Hélio Souto foi um ator, produtor e diretor brasileiro. Hélio Souto foi considerado o “sex-symbol” nas extintas TV Tupi e TV Excelsior e chamado de "Galã Vitamina" em razão de seu porte atlético. Sua estreia no meio artístico ocorreu por acaso. Hélio Souto saía de uma sessão do cinema Roxy, em Copacabana, quando foi convidado pelo iluminador Konstantin Tkaczénko para um teste para o filme “Garota Mineira”. Hélio tinha o tipo físico ideal para o personagem, um campeão de natação, mas com medo de ser reprovado, faltou ao compromisso. Na segunda vez, Tkaczénko literalmente arrastou o ator para o estúdio. Hélio ganhou o papel e, a partir daí, não parou mais de atuar e se tornou presença garantida nas telonas nacionais. Hélio Souto participou do primeiro filme colorido brasileiro “Destino em Apuros” ao lado de Paulo Autran. Com Walter Hugo Khouri filmou "Fronteiras do Inferno". Em “Conceição”, filme em que também atuou estreou na produção e direção. Na TV esteve presente em momentos históricos, participando da inauguração das TVs Cultura, TV Excelsior e TV Tupi do Rio. No ápice de sua carreira, surgiu também a fortuna. Durante as filmagens de “Destino em Apuros” rodado na fazenda do usineiro Fúlvio Morganti conheceu Maria Helena Morganti, a rainha do açúcar, que se apaixonou pelo galã. Seu casamento com Maria Helena inaugurou a fase de festas e esbanjamento, mas com o fim da união, após vinte e dois anos, enfrentou crises de alcoolismo e a desilusão na carreira. Hélio Souto se recuperou ao conhecer Mara Cedro, sua última mulher, com quem teve dois filhos, os atores Hélio e Júlio. Com Mara, fundou a “Marélio Produções Artísticas” e voltou à ativa com o bangue-bangue "Sertão dos Homens Sem Lei", no papel de vilão. Hélio Souto voltou ao teatro com um nu frontal em "Hélio Souto, Eu te Amo" provando que a fama de galã antiquado não o impedia de vencer o medo da nudez. Depois foi mais longe ao aparecer travestido nos palcos na peça "Viva Sem Medo Suas Fantasias Sexuais" Mesmo após a juventude, conservou o charme e sustentou a “persona” de galã maduro, em pornochanchadas como “Viúvas Precisam de Consolo”. Hélio Souto trabalhou em todas as emissoras de TV aberta do país e a lista de trabalhos na televisão é extensa e inclui as novelas “Helena” da TV Paulista, “É Proibido Amar”, “A Moça que Veio de Longe”, “Pecado de Mulher” e “Sublime Amor” da TV Excelsior, “O Mestiço”, “Olhos que Amei”, “Um Rosto Perdido”, “A Inimiga”, “A Ré Misteriosa”, “Os Irmãos Corsos”, “A Intrusa”, “A Ponte de Waterloo”, “Super Plá”, “A Fábrica”, “Salário Mínimo” e “Como Salvar Meu Casamento” da TV Tupi, “Dulcinéia Vai à Guerra”, “A Filha do Silêncio” e “Serras Azuis” da TV Bandeirantes, “Nem Rebeldes, Nem Fiéis” da TV Cultura, “O Tempo Não Apaga”, “Vendaval”, “Vidas Marcadas” e “O Espantalho” da TV Record, “Acorrentada”, “Meus Filhos, Minha Vida” e “Uma Esperança no Ar” no SBT, “Olho Por Olho” e “A História de Ana Raio e Zé Trovão” da TV Manchete, “A Grande Mentira”, “Locomotivas”, “Te Contei?”, “Guerra dos Sexos” e “Brega & Chique”, da TV Globo, além das minisséries “Floradas da Serra” e “O Fantasma da Ópera” na TV Manchete e “La Mamma” e “Memorial de Maria Moura” da TV Globo sua última participação em TV. E os filmes “O Comprador de Fazendas”, “Luzes nas Sombras”, “Agulha no Palheiro”, “O Homem dos Papagaios”, “Armas da Vingança”, “Três Garimpeiros”, “Dioguinho”, “O Cabeleira”, “Mord in Rio” (“Noites Quentes em Copacabana”), “Os Desclassificados”, “Bacalhau”, “Já Não se Faz Amor Como Antigamente”, “A Noite das Fêmeas”, “Mulher Desejada”, “O Cinderelo Trapalhão”, “Desejo Selvagem”, “Noite de Orgia”, “Motel, Refúgio do Amor”, “Mulher Objeto”, “A Volta de Jerônimo”, “Pecado Horizontal”, “Um Casal de 3” e “Sonhos de Menina Moça”. Já afastado do meio artístico, Hélio Souto morreu de infarto no seu sítio.