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DIAS GOMES (76 anos)

ID: h238 Categoria: Autores Date : Tuesday 28th July 2020 9:00:00 pm Tipo : Image / Photo

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Resenha

Alfredo de Freitas Dias Gomes       

 

(Salvador/BA, 19 de outubro de 1922)                    

(São Paulo/SP, 18 de maio de 1999).   

 

Dias Gomes foi um romancista, dramaturgo, autor de novelas e membro da Academia Brasileira de Letras. Conhecido pelo seu casamento com a também escritora Jenete Stocco Emmer mais conhecida como Janete Clair. Dias Gomes era filho de Alice Ribeiro de Freitas Gomes e Plínio Alves Dias Gomes, um engenheiro. Dias Gomes fez o curso primário no “Colégio Nossa Senhora das Vitórias” dos Irmãos Maristas e iniciou o secundário no “Ginásio Ipiranga”. Dias Gomes se mudou com a família para o Rio de Janeiro, onde prosseguiu o curso secundário no “Ginásio Vera Cruz” e posteriormente no “Instituto de Ensino Secundário”. Aos vinte e dois, Dias Gomes ingressou na Faculdade de Direito” do Rio de Janeiro, abandonando o curso no terceiro ano. Foi no ambiente radiofônico que Dias Gomes travou contato pela primeira vez com aquela que viria a se tornar sua primeira esposa, a então desconhecida Janete Clair. Com ela teve os filhos Alfredo Dias Gomes, Guilherme Dias Gomes, Marcos Plínio (falecido) e Denise Emmer. Viúvo de Janete Clair, Dias se casa com a atriz Bernadeth Lyzio, com quem tem as filhas Mayra Dias Gomes (escritora) e Luana Dias Gomes. Essencialmente um homem de teatro, Dias Gomes escreveu sua primeira peça, A Comédia dos Moralistas, com a qual ganharia o prêmio do “Serviço Nacional de Teatro” e pela União Nacional dos Estudantes - (UNE)”. A peça Amanhã Será Outro Dia, de sua autoria, chega às mãos do ator Procópio Ferreira que, empolgado com a qualidade do texto, chama o autor para uma conversa. Embora tivesse gostado do que lera, tratava-se de um drama antinazista e Procópio achava arriscado levar à cena um espetáculo desse porte em plena Segunda Guerra Mundial. Quando questionado se não teria outra peça, uma comédia talvez, Dias lembrou-se de “Pé de Cabra, uma espécie de sátira ao maior sucesso de Procópio até então e não hesitou em levá-la ao grande ator que, entusiasmado, comprometeu-se a encená-la. Sob a alegação de que a peça possuía alto conteúdo marxista, “Pé de Cabra” seria proibida no dia da estreia. Curioso notar que, embora, anos depois, o autor viesse a se filiar ao Partido Comunista Brasileiro, até então Dias Gomes nunca havia lido uma só linha de Karl Marx. Graças à sua influência, Procópio consegue a liberação da peça, mediante o corte de algumas passagens e a mesma é levada à cena com grande sucesso. No ano seguinte, Dias Gomes assinaria com Procópio aquele que seria o primeiro grande contrato de sua carreira, no qual se comprometia a escrever com exclusividade para o ator. Desse período nasceram Zeca Diabo”, “João Cambão”, “Dr. Ninguém”, “Um Pobre Gênio e Eu Acuso o Céu. Infelizmente nem todas as peças foram encenadas, pois logo Dias e Procópio se desentenderam por sérias divergências políticas. Refletindo o pensamento da época, Procópio não concordava com as preocupações sociais que Dias insistia em discutir em suas peças. Tais diferenças levariam o autor a se afastar temporariamente dos palcos e ele passou a se dedicar ao rádio. Em duas décadas Dias Gomes adaptou cerca de quinhetas peças teatrais para o rádio, o que lhe proporcionou apurado conhecimento da literatura universal. Dias Gomes volta aos palcos com aquele que viria a ser o maior êxito de sua carreira: a peça teatral O Pagador de Promessas. Adaptada para o cinema por Anselmo Duarte, O Pagador de Promessasseria o primeiro filme brasileiro a receber uma indicação ao Oscar e o único a ganhar a Palma de Ouro em Cannes. Dias Gomes assiste, perplexo, à proibição de sua peça O Berço do Herói, no dia da estreia. Adaptada para a televisão com o nome de Roque Santeiro, a mesma seria proibida uma década depois, também no dia de sua estreia. Somente com o fim do Regime Militar, o público iria poder conferir a Roque Santeiro - que, diga-se de passagem, viria a se tornar uma das maiores audiências do gênero. Com a implantação da Ditadura Militar no Brasil, Dias Gomes passa a ter suas peças censuradas, uma após a outra. Demitido da Rádio Nacional, graças ao seu envolvimento com o “Partido Comunista”, não lhe restou outra saída senão aceitar o convite de Boni, então presidente da TV Globo, para escrever para a televisão. Durante toda uma década Dias Gomes dedica-se exclusivamente ao veículo, no qual demonstra incomum talento. Dias Gomes levaria o povo do subúrbio carioca para a TV quando ambientou ali a trama da novela Bandeira 2. Dias Gomes escreveu a primeira novela em cores da televisão brasileira, o estrondoso sucesso O Bem Amado. Quando já se falava em ecologia e no crescimento desordenado da cidade fez a novela O Espigão. Em “Saramandaia abordaria o realismo fantástico, então em moda na literatura. O fracasso de Sinal de Alerta leva Dias Gomes a se afastar do gênero novela temporariamente. Dias Gomes voltaria a se dedicar ao teatro, escrevendo para a televisão esporadicamente. Datam desse o período os seriados “O Bem Amado” e Carga Pesada - apenas no primeiro ano - e as novelas “Roque Santeiro” e Mandala, das quais escreveria apenas parte. Dias Gomes viraria as costas de vez para as novelas, se dedicando única e exclusivamente às minisséries. Dias Gomes foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. Dias Gomes escreveu diversas obras para o teatro, literatura, cinema e televisão. Dias Gomes estreou na televisão com a novela A Ponte dos Suspirose fez também as novelas “Verão Vermelho”, “Assim na Terra Como no Céu”, “Araponga” e o remake de “Irmão Coragem” (orinalmente de Janete Clair) e o argumento de “Saramandaia” e “O Fim do Mundo”. São de sua autoria também as minisséries Expresso Brasil”, a ainda inédita Um Tiro no Coração”, “O Pagador de Promessas”, “As Noivas de Copacabana”, “Decadência”, Dona Flor e Seus Dois MaridoseO Bem Amado. Algumas obras de Dias Gomes como “Assim na Terra Como no Céu” e O Bem Amadoforam adaptadas para outros países. Dias Gomes morreu num acidente automobilístico em um táxi.

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