Maria Amália Feijó
(Pelotas/RS, 05 de abril de 1916)
(Porto Alegre/RS, 21 de abril de 2008).
Carmen Silva foi uma roteirista e atriz brasileira. Carmen Silva adotou o nome artístico quando ingressou na carreira de atriz, na "Rádio Cultura" de sua cidade. Carmen Silva viajou com a “Companhia Iracema de Alencar” com a peça “Peg do Meu Coração” de John Hartley Manners. Em seguida se mudou para Porto Alegre e faz os espetáculos “Romeu e Julieta” e “Otelo” ambas de William Shakespeare com produções de Ribeiro Cancella pai de seu futuro marido, o humorista Cancellinho. No Paraná atua na “Companhia Totó”, em São Paulo faz radionovelas nas rádios "Tupi", "América" e "Record". Carmen Silva, além de representar, escreveu programas femininos, humorísticos e infantis com destaque para “Sequência Alegre” e “Nós, As Mulheres” que tinha como principal estrela a atriz Nair Bello. Carmen Silva entrou para a “Companhia Dulcina de Moraes” e esteve na peça “Vivendo em Pecado” de Terence Rattigan. Ainda com Dulcina de Moraes apareceu em “O Imperador Galante” de Raimundo Magalhães Júnior e em “Chuva” de Somerset Maugham. Ainda no Rio Grande do Sul, quando circulava com espetáculos teatrais, atuava como atriz nas peças "La Cantante Carmen Silva" e nos atos variados da companhia de que participava. Atos variados eram atos apresentados após as peças, eram praticamente obrigatórios e, como diz o nome, poderiam ser de mágica, música ou outra manifestação artística. Carmen Silva, já na “Companhia Maria Della Costa” foi para a Europa com os espetáculos “Manequim” de Henrique Pongetti, “O Canto da Cotovia” de Jean Anouilh e “Rosa Tatuada” de Tennessee Williams. Carmen passou a integrar o “Teatro Brasileiro de Comédia” (TBC), trabalhando em “A Escada” de Jorge Andrade, “Yerma” de Garcia Lorca, entre outras. Carmen Silva entrou para a “Cinédia” e fez seu primeiro filme. “Estudantes” de Wallace Downey com Aurora Miranda e Mesquitinha. Em cinema Carmen Silva esteve presente nos filmes “Café da Tarde”, “A Festa de Margarette”, “Lembra, Meu Velho?”, “Até Logo, Mamãe“, “Idolatrada”, “Amor de Perversão”, “Contos Eróticos”, “Guerra Conjugal”, “Elas”, “O Grande Momento”, “Rebelião em Vila Rica” e “Carnaval em Lá Maior”. Carmen Silva participou também do último musical dirigido por Adhemar Gonzaga, “Quase no Céu” ao lado de Walter D'Ávilla e Renata Fronzi. Carmen Silva ganhou o “Prêmio Molière”, por sua atuação na peça “Mais Quero Asno que me Carregue que Cavalo que me Derrube”, escrita por Gil Vicente. Carmen Silva trabalhou em produções da TV Record, TV Tupi, TV Globo, TV Bandeirantes e SBT. A primeira aparição foi em “Anos de Ternura” na TV Record. Depois em “Pigmalião 70” na TV Globo, ao lado de Tônia Carrero e Sérgio Cardoso. Na TV Record fez “Cela da Morte”, “Quero Viver”, “Vendaval”, “Venha Ver o Sol na Estrada” e “Vidas Marcadas”. Na TV Tupi esteve no elenco das novelas “Signo da Esperança”, “Bel-Ami”, “Ídolo de Pano” e “A Viagem”. Na TV Bandeirantes fez parte das seguintes novelas “Cara a Cara”, “Pé de Vento”, “Os Adolescentes”, “Ninho da Serpente”, “Campeão” e “Sabor de Mel”. Carmen Silva fez no SBT a novela “Meus Filhos, Minha Vida” e participou ainda de outras novelas importantes da TV Globo, “A Próxima Atração”, “Minha Doce Namorada”, “Os Ossos do Barão”, “Locomotivas”, “Sinal de Alerta”. Carmen fez também a minissérie “Primo Basílio”, o humorístico “Zorra Total” e dois episódios “Aquela da Chuva” e “Marinete Não Chega” do seriado “A Diarista”. Mas foi como (Dona Flora) em “Mulheres Apaixonadas”, novela de Manoel Carlos que fez grande sucesso ao lado de Oswaldo Louzada. Carmen Silva reuniu seus textos radiofônicos no livro “Comédias do Coração e Outras Peças para Rádio e TV” e teve sua história registrada pela jornalista Marilaine Castro da Costa em "Carmen Silva, a Dama dos Cabelos Prateados". A atriz foi casada duas vezes, teve uma filha, seis netos, dez bisnetos e um trineto. Carmen Silva atuou no filme “Valsa Para Bruno Stein” e foi esse o seu último trabalho. Carmen Silva morreu por falência múltipla de órgãos.