Cacilda Becker Iaconis
(Pirassununga/SP, 06 de abril de 1921)
(São Paulo/SP, 14 de junho de 1969).
Cacilda Becker foi um dos maiores mitos dos palcos nacionais. Filha do imigrante italiano Edmondo Iaconis e de Alzira Becker, Cacilda tinha apenas nove anos quando seus pais romperam o casamento e sua mãe viu-se obrigada a criar três filhas, uma delas a também atriz Cleyde Yáconis. Por este motivo, fixaram-se na cidade de Santos, onde Cacilda ainda jovem frequentou os círculos boêmios e vanguardistas, já que por ser filha de pais pobres e separados não podia estabelecer amizade com pessoas da alta sociedade. Cacilda começou no teatro paulista como atriz amadora. Nydia Lícia recusou um papel na peça "Mulher do Próximo", de Abílio Pereira de Almeida, produzida pelo “Teatro Brasileiro de Comédia” (TBC), para não ter que beijar nem dizer "amante" em cena, o que poderia lhe custar o emprego numa importante loja. Cacilda, que a substituiu, exigiu ser contratada como profissional, acabando com o velho preconceito de que artista sério deveria ser diletante. Em trinta anos de carreira, Cacilda encenou sessenta e oito peças, fez os filmes “Luz dos Meus Olhos”, “Caiçara” e “Floradas na Serra” e uma novela “Ciúmes” na TV Tupi, além de participações em teleteatros na televisão. Cacilda inaugurou o “Teatro Municipal” de São Carlos com “Esperando Godot”. Cacilda provocava paixões avassaladoras e teve três maridos. Com o último, Walmor Chagas adotou sua única filha, Maria Clara Becker Chagas. Cacilda Becker já foi retratada no cinema e na televisão, interpretada por Camila Morgado na minissérie "Um Só Coração" e por Ada Chaseliov no filme "Brasília 18%“. Cacilda Becker também foi homenageada na peça “Cacilda!”, escrita por José Celso Martinez Corrêa. Cacilda Becker foi interpretada, na peça, por Bete Coelho e posteriormente por Leona Cavalli. Cacilda Becker volta a ser homenageada pela “Associação Teatro Oficina Uzyna Uzona” na peça “Cacilda!”, interpretada por Anna Guilhermina. O primeiro casamento de Cacilda foi com o jornalista Tito Lívio Fleury Martins com quem teve o filho Luís Carlos. Durante a apresentação do espetáculo “Esperando Godot”, que encenava com o marido Walmor Chagas, na capital paulista, Cacilda passou mal e foi internada às pressas. Ela havia tido um aneurisma cerebral Cacilda Becker ficou em coma durante trinta e nove dias e morreu em consequência do derrame cerebral.