Dora Teixeira
(São Paulo/SP, 21 de janeiro de 1929)
(Rio de Janeiro/RJ, 21 de maio de 2025).
Dorinha Duval foi uma atriz, humorista, apresentadora, bailarina, cantora, vedete, escritora e artista plástica brasileira com atuação rádio, teatro, cinema e TV. Dorinha Duval nasceu artista. Desde menina gostava de declamar poesias, tocar piano e dançar. O pai a incentivava e foi ele que a influenciou. Dorinha Duval estreou em palcos ao lado de Cauby Peixoto, estrelando musical de José Vasconcelos e Otello Zeloni, grandes comediantes da época, no “Teatro de Alumínio”, em São Paulo, onde Dorinha Duval nasceu como vedete e se consagrou logo que começou a participar da TV Tupi de São Paulo, a emissora pioneira. Dorinha Duval cantava e tocava maracás, na orquestra do maestro Robledo e foi estrela dos teatros de revista de Walter Pinto, Juan Daniel, Carlos Lisboa e outros diretores de sucesso. No teatro, Dorinha Duval foi vedete nos shows “Carlos Lisboa Show” e esteve nas peças (quase sempre como vedete) “Oásis”, “Um Milhão de Mulheres”, “O Que é Que o Bikini Tem?”, “Paris à Meia-Noite”, “Rei Momo de Toca”, “Carroussel Paulista”, “Quem Inventou a Mulata?”, “Tudo é Lucro”, “De Vassoura e Chevrolet”, “Piu-Piu Pra Você”, “Abril em Portugal”, “Botando Pra Jambrar”, “Ponha a Mulher no Seguro”, “Pif-Paf”, “Copasambando”, “12 Biquínis”, “Caindo de Touché” e “Mangue Story” (Edna). No cinema, Dorinha Duval participou de filmes, com astros como Mazzaropi e Grande Otelo. Dorinha Duval esteve nos filmes “Veneno” (Celi), “Vou te Contá...” (Rosa), “As Aventuras de Pedro Malazartes” (esposa), “O Homem Que Roubou a Copa do Mundo” (Paula), “Pobre Príncipe Encantado” (Beatrice), “Meus Filhos” (Irma), “As Quatro Chaves Mágicas” (Teresa), “Feliz na Ilusão” (Cotinha) e “Feminino Plural” (Bete). Dorinha Duval fez uma proeminente carreira em humorísticos, novelas ou apresentando programas nas extintas TV Tupi, TV Excelsior e TV Rio. Grande atriz, ótima comediante, Dorinha Duval pode ser lembrada por suas participações no rádio, em novelas de TV ou como apresentadora de programas de TV. Na “Rádio Record”, ao lado de Chico Anysio, Dorinha Duval fez o programa humorístico “Hotel Estação” (Cláudia). Na TV Tupi em primeira passagem, Dorinha Duval fez vários episódios das séries “Retrospectiva do Teatro Brasileiro” e “TV de Comédia”, no seriado “Doce Lar Teperman” (Eleonora) e no humorístico “Rua do Ri Ri Ri” (Bebete) e na segunda passagem, Dorinha Duval esteve em vários episódios das séries “A Brasa da Casa”, nos programas “O Espetáculo Continua” e “Tupi em Black White”, no episódio “Piloto” (Dra. Vânia) do seriado “I Love Lúcio” e nos humorísticos “O Riso Mora ao Lado”, “Os Comediantes” e “Tô Aí, Tupi”. Na TV Rio, Dorinha Duval esteve em vários episódios da série “Nunca aos Domingos”, no humorístico “O Riso é o Limite” e como apresentadora dos programas “Noite de Gala” e “Noites Cariocas”. Na TV Excelsior, Dorinha Duval apresentou os programas “Dois no Balanço”, “Garson Garante o Domingo”, “Adoro a Dora” (Dora Dumont), “My Fair Show” e “Time Square Show” e participou do episódio “Dora” (Dora Dumont) no seriado “Vovô Deville”, do episódio “Lá Vem Dora” (Dora Dumont) no seriado humorísitico “Hospital Tan-Tan” e dos programas humorísticos “A Cidade se Diverte” e “Show Riso”. Na TV Globo, Dorinha Duval fez as novelas “Verão Vermelho” (Naná), “Irmãos Coragem” (Carmen Valéria), “Minha Doce Namorada” (Maura), “Selva de Pedra” (Diva), “O Bem-Amado” (Dulcinéa Cajazeira), uma das divertidas “irmãs Cajazeira” que a consagrou, “O Espigão” (Zilda), “Cuca Legal” (Nilzete), “O Feijão e o Sonho” (Noca), “Maria-Maria” (Ana Maria), “Sinal de Alerta” (Ofélia) e “Belíssima” (ela mesma) em participação especial, os episódios “Mirandolina” (Helena) e “Feliz na Ilusão” (Eliete) na série “Caso Especial”, o episódio piloto (Ana) do seriado “Malu Mulher”, o episódio “O Homem Que Veio do Brás” (Sueli) no seriado “Plantão de Polícia” e o especial de fim de ano “Azambuja & Cia” (Nega Brechó). Dorinha Duval foi a primeira e mais famosa (Cuca) a qual deu vida durante CINCO temporadas no “Sítio do Pica-Pau Amarelo”. Dorinha Duval foi casada com o ator e diretor Daniel Filho com quem teve uma filha, a também atriz Carla Daniel e com o publicitário Paulo Sérgio Garcia Alcântara a quem ela assassinou com TRÊS tiros. A própria Dorinha que ligou a amigos pedindo ajuda para o marido. Mais tarde, enquanto Paulo Sérgio era operado, Dorinha, muito abalada, saía de cena. Sem saber que o marido morrera na mesa de cirurgia, foi para a casa de um amigo e só se entregou à polícia DOIS dias depois. Entre goles de água com açúcar e crises de choro, apresentou uma versão que a acabou transformando, aos olhos de muita gente, também em vítima. Dorinha Duval alegou que havia sido agredida havia sido ferida física e moralmente e atirou em legítima defesa. O homicídio ocorreu na madrugada de 5 outubro de 1980, quando a atriz disparou os tiros durante uma briga que seria publicamente esmiuçada a partir de então. Pelo crime, Dorinha Duval foi condenada, por SETE votos a zero, a pena de UM ano e MEIO de prisão, no primeiro julgamento. Posteriormente, foi submetida a novo julgamento e condenada a SEIS anos de prisão e abandonou a carreira de atriz. Algum tempo depois, Dorinha Duval conseguiu que sua pena fosse abrandada e, desde então, se enclausurou epassou a se dedicar às artes plásticas e a boas ações. Dorinha Duval lançou um livro com suas memórias intitulado "Em Busca da Luz". Na obra, Dorinha Duval narra como foi a experiência de ter sido violentada aos QUINZE anos de idade, ter sofrido um aborto e se prostituído. Dorinha também revela que tentou o suicídio depois da separação de Daniel Filho, além de contar por que matou seu segundo marido, o produtor publicitário Paulo Sérgio Garcia Alcântara, durante uma discussão. Segundo Dorinha Duval, Paulo Sérgio a maltratava por querer mulheres mais jovens, já que ela tinha DEZESSEIS anos a mais que ele. A família da vítima, todavia, contestou as alegações de maus tratos e levantou a possibilidade de que o crime tivesse sido premeditado. Até seu último dia de vida, Dorinha Duval se dedicava a temas esotéricos e mantinha um contrato de trabalho com a Rede Globo. Dorinha Duval teve morte natural devido à senilidade.