Nélson Hoineff
(Rio de Janeiro/RJ, 04 de setembro de 1948)
(Rio de Janeiro/RJ, 15 de dezembro de 2019).
Nélson Hoineff foi um jornalista, crítico, diretor e produtor brasileirocom atuação em jornalismo impresso, cinema e TV. Nélson Hoineff se especializou em HDTV e novas tecnologias de distribuição de TV em Nova York, onde fez seu mestrado e doutorado e em Tóquio. Hoineff estagiou na produção de conteúdo em HDTV analógico na NHK. Além de fundador e por QUATRO vezes presidente da “Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro”, Nélson Hoineff é cofundador, da “Associação Brasileira de Produtores Independentes de Televisão“, da qual foi vice-presidente por DUAS gestões. Nélson Hoineff participou ainda da fundação do “Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro” e foi membro do “Conselho Consultivo da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura”, do “Conselho Superior de Cinema da Presidência da República” e do “Conselho Consultivo do Sistema Brasileiro de TV Digital- SBTVD”. Nélson Hoineff foi tesoureiro do “Comitê Nacional de Arte Brasileira – CNAB”. Na TV, Nélson Hoineff dirigiu o “Departamento de Programas Jornalísticos” da TV Manchete e foi diretor de programas jornalísticos no SBT, TV Bandeirantes, GNT, TV Cultura e TVE do Rio, onde também atuou como consultor de programação. Entre as séries e programas que dirigiu se destaca o “Documento Especial”. Premiado várias vezes no Brasil, em Monte-Carlo e em Berlim e que foi ao ar em TRÊS redes abertas, TV Manchete, SBT e TV Bandeirantes e se tornando em líde de audiência em cada UMA delas. Ao todo, QUATROCENTOS E TRINTA programas foram produzidos, OITENTA reprisados (em versões ligeiramente reduzidas) pelo Canal Brasil. Nélson Hoineff Também dirigiu os programas “Primeiro Plano” (sobre as vanguardas artísticas brasileiras), primeiro na GNT e depois na TV Cultura, “Programa de Domingo” da TV Manchete, “Realidade” da TV Bandeirantes, “Curto-Circuito” da TV Educativa e inúmeras séries como, por exemplo “Celebridades do Brasil”, “As Chacretes” e “Vanguarda”, todas do Canal Brasil. Como produtor, Nélson Hoineff realizou “Antes: Uma Viagem Pela Pré-História Brasileira”, o primeiro filme brasileiro inteiramente gravado, editado e exibido em alta definição. Exibido na “Mostra do Redescobrimento” ("Brasil+500") no bairro do Ibirapuera, na capital paulistana, o filme foi visto por mais de UM MILHÃO E OITOCENTAS MIL pessoas. Para tal exibição, Nélson Hoineff criou, com Marcello Dantas, o “Cinecaverna”, um cinema digital temático em forma de caverna para QUATROCENTOS E CINQUENTA espectadores, que se constituiu em um dos CATORZE módulos da exposição. Nélson Hoineff produziu e fez a supervisão geral da série "Trash!" ,dirigida por Cristian Caselli para o Canal Brasil, da série "Marcados Para Morrer" ,dirigida por Luís Santoro para a TruTV, da série "Teoria da Conspiração" ,dirigida por Daniel Camargo e Lúcio Fernandes também para a TruTV. Nélson Hoineff produziu as séries "Televisão e Grandes Autores" e "A Televisão Que o Brasil Está Pensando", ambas para a TV Brasil/EBC, idealizadas pelo “Instituto de Estudos de Televisão” e a série "Cinema de Bordas", dirigida por Leonardo Luiz Ferreira para o Canal Brasil. Ao todo, Nélson Hoineff dirigiu mais de SETECENTOS documentários, seja na forma de séries de televisão, produtos isolados para TV ou filmes de longa-metragem. Dentre os feitos especialmente para televisão, figuram “O Século de Barbosa Lima Sobrinho”, “TV Ano Zero”, “O Filtro da Imprensa” (sobre a modernização da imprensa brasileira a partir do final dos anos 40), “Nilo Machado - um Cineasta Brasileiro” e “Timóteo, Política e Paixão” (parte do programa "Retratos Brasileiros" do Canal Brasil). Nélson Hoineff na mesma série “Retratos Brasileiros” foi também produtor e supervisor-geral de "Antonio Meliande - Pau pra Toda Obra", "Boca do Lixo", ambos dirigidos por Daniel Camargo, "Trash!" e "Cinema de Bordas". O primeiro documentário de Nélson Hoineff foi o longa-metragem foi “O Homem Pode Voar” (contando sobra a obra de Alberto Santos-Dumont), com roteiro do físico brasileiro Henrique Lins de Barros. Nélson Hoineff dirigiu ainda “Alô, Alô, Terezinha!”, exibido inicialmente no “Festival de Cinema do Recife” , onde levantou os prêmios de melhor filme do júri oficial, melhor filme do júri popular, melhor montagem e o “Troféu Gilberto Freire”. O filme foi um dos indicados ao prêmio de melhor documentário do ano da “Academia Brasileira de Cinema”. Nélson Hoineff dirigiu “Caro Francis” (sobre Paulo Francis), lançado em DVD durante a entrega do “Prêmio Esso de Jornalismo” no Rio de Janeiro. A versão para cinema, ligeiramente modificada, foi exibida pela primeira vez no “Festival de Cinema de Paulínia”, onde conquistou o prêmio de Melhor Documentário pelo Júri do Público. O filme foi também exibido no “Festival do Rio”, na “Mostra Internacional de São Paulo” e em outras mostras antes de ser lançado nacionalmente. Nélson Hoineff filmou “Cauby - Começaria Tudo Outra Vez”, sobre o cantor Cauby Peixoto. O filme ficou DEZESSEIS semanas em cartaz, um recorde para documentários independentes. Nélson Hoineff iniciou a produção de um novo documentário de longa-metragem, "82 Minutos", sobre os preparativos do carnaval da “Portela”. O filme foi concluído e convidado para participar do “FIPA”, em Biarritz. Nélson Hoineff fez o longa-metragem “Eu, Pecador” baseado no cantor, compositor e político Agnaldo Timóteo. Nélson Hoineff foi, entre outras atividades, editor-executivo do “Jornal do Brasil”, editor, redator, colunista, crítico de cinema ou articulista, em veículos como “Veja”, “O Globo”, “Folha de S.Paulo”, “Bravo!”, “Última Hora”, “Diário de Noticias”, “O Jornal”, “O Cruzeiro”, “Manchete”, “Filme Cultura”, “IstoÉ”, “A Notícia”, “O Dia”, e “Observatório da Imprensa”. No “Jornal do Brasil” e no “Observatório da Imprensa”, Nélson Hoineff publicou mais de OITOCENTOS artigos sobre televisão, políticas do audiovisual e cultura brasileira. Nélson Hoineff foi editor-chefe dos “Cadernos de Televisão”, revista quadrimestral sobre estudos avançados de televisão, publicada pelo IETV. Nélson Hoineff foi crítico e correspondente no Brasil do “Variety”, dos EUA. No início da carreira, Nélson Hoineff teve passagem pela imprensa esportiva, como repórter, redator e editor de esportes no “O Jornal” e “Última Hora”, para onde cobriu a “Copa do Mundo de 1974”. Nélson Hoineff foi editor de cultura, editor internacional, secretário de redação e editor-chefe. Nélson Hoineff foi autor de vários livros sobre televisão, muitos deles antecipando em anos o advento de novas tecnologias, descrevendo-as e discutindo o seu futuro impacto sobre o meio. Neste caso figuram “TV em Expansão – Novas Tecnologias, Segmentação, Abrangência e Acesso na Televisão Moderna”, (onde já discutia temas como TV por Assinatura, operações satelitais domésticas e TV de Alta Definição – HDTV) e “A Nova Televisão – Desmassificação e o Impasse das Grandes Redes” (debatia assuntos como a iminência da convergência de meios e a implantação das plataformas digitais). Nélson Hoineff foi coordenador do curso de Radialismo/Audiovisual da “Faculdade de Comunicação Helio Alonso – Facha” e, na mesma instituição, fundou e coordenou a “Faculdade de Cinema e Audiovisual”. Nélson Hoineff lecionou durante TRINTA anos na instituição. Nélson Hoineff lecionou “Televisão Digital em MBAs” na “Fundação Getulio Vargas - FGV” e na “Universidade Cândido Mendes”, ambas no Rio e foi professor de jornalismo na “Sociedade Barramansense de Ensino Universitário - SOBEU”. Nélson Hoineff criou o “Instituto de Estudos de Televisão – IETV” do qual foi presidente. O “IETV” promove eventos permanentes como o “Festival Internacional de Televisão”, o “Fórum Internacional de TV Digital” e o “Seminário Esso-IETV de Telejornalismo”. Nélson Hoineff foi curador de uma grande retrospectiva de Nam June Paik no “Oi Futuro”, no Rio de Janeiro, eleito pelo "Jornal do Brasil" como uma das melhores exposições do ano. Nélson Hoineff criou as séries em episódios para celulares: “E Aí, Dr Py?”, “Por Onde Andam as Chacretes?” e “É Com Você, JP”. Nélson Hoineff realizou, também para o Canal Brasil, a série de quatro episódios “As Vanguardas”, sobre as vanguardas brasileiras contemporâneas e "Primeiro Mundo". Nélson Hoineff foi supervisor-geral do documentário "Hijas del Monte", sobre a vida das mulheres que abandonam as “Farcs”, dirigido por Patrizia Landi. Nélson Hoineff era casado e teve filhos. Nélson Hoineff era diabético e morreu em função de complicações da doença.