José Tavares de Miranda
(Vitória de Santo Antão/PE, 16 de novembro de 1916)
(São Paulo/SP, 20 de agosto de 1992).
Tavares de Miranda foi um jornalista, escritor e colunista social brasileiro com atuação em imprensa escrita e TV. Tavares de Miranda nasceu em família católica, mas se tornou ateu e comunista na juventude e, posteriormente, retornou ao seio do catolicismo. Tavares de Miranda frequentava a missa todos os dias na “Igreja de Santa Terezinha” na capital paulista. Ao chegar em São Paulo, Tavares de Miranda trabalhou por CINCO anos como repórter policial no jornal “Diário da Noite”. Tavares de Miranda se transferiu, posteriormente, para a “Folha de S.Paulo”, onde trabalhou por QUARENTA E DOIS anos, desde quando o matutino ainda se chamava “Folha da Manhã”, assinando a coluna social que o notabilizou. Em São Paulo, Tavares de Miranda também concluiu os estudos de Direito na “Faculdade de Direito” do Largo de São Francisco. Tavares de Miranda se tornou uma lenda viva do jornalismo. Tavares de Miranda lançava novas expressões, gírias, moda (foi Tavares de Miranda, por exemplo, quem lançou a moda do blazer clássico sobre o jeans), modismos, divulgava furos de reportagem, selecionava as mais elegantes de São Paulo e sua importância era equivalente a de Maneco Muller/Jacinto de Thormes e Ibrahim Sued na imprensa de São Paulo. Tavares de Miranda foi defensor contumaz da ditadura militar brasileira e de suas políticas e obras na sua coluna, que chegou a ocupar uma página inteira do jornal na época. Tavares de Miranda que se denominava como (O Repórter Zé) era apaixonado por poesia e escreveu SEIS livros de poesia, DOIS romances, “O Nojo”, entre eles e UM guia de etiqueta intitulado “Boas Maneiras e Outras Maneiras”. Sua saída da “Folha de S.Paulo” foi o culminar de um processo de transformação editorial que apontava para um colunismo mais contemporâneo, mais ágil, segundo a nova filosofia da direção, fato que o deixou muito deprimido. Tavares de Miranda foi nome histórico da TV Gazeta de São Paulo, onde apresentou vários programas e dirigiu o “Departamento de Jornalismo”. Tavares de Miranda que também apresentou programas na TV Paulista e na TV Excelsior. Tavares de Miranda foi jurado do “Troféu Imprensa” trabalhando na “Revista Vogue”, pouco depois de ter saído da “Folha de S. Paulo”. Tavares de Miranda fez uma série de reportagens históricas com os grandes nomes das “Artes Plásticas” da época. Tavares de Miranda foi membro da “Academia Paulista de Jornalismo” e da “Academia Paulista de Letras”. A prefeitura de São Paulo homenageou Tavares de Miranda batizando uma rua com seu nome no bairro de Perdizes. Tavares de Miranda foi casado com Emerentina Lúcia de Oliveira Ribeiro Tavares de Miranda, (dona Nini), por QUARENTA E CINCO anos com quem teve e teve TRÊS filhas, Hercília, Maria Tereza e Ana Elisa (que foi, durante muitos anos, assessora de imprensa do ex Presidente Fernando Henrique Cardoso). Não há informações sobre os motivos que levaram à morte o jornalista Tavares de Miranda.