Alberto Bianchini
(Orlândia/SP, 15 de janeiro de 1931)
(São Paulo/SP, 26 de janeiro de 2022).
Tito Bianchini foi um ator, produtor e diretor brasileiro com atuação em cinema e TV. Neto de italianos, os pais não queriam que Tito Bianchini viesse para a capital. Mas ele deu uma “fugidinha” e foi sozinho, aos CATORZE anos de idade. Tito Bianchini morou numa pensão, no centro e logo arranjou seu primeiro emprego de auxiliar de serviços gerais. Tito Bianchini foi mudando de emprego, melhorando, e queria estudar medicina. Tito Bianchini fez vestibular em São Paulo, mas não foi aprovado, porém, consegue passar no vestibular para medicina da tradicional “Faculdade de Ciências Médicas da Praia Vermelha”, que hoje pertence a “Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ”. Mas a ligação com a medicina durou apenas UM ano e meio,quando um amigo seu, Hélio Tozzi, o levou a conhecer uma novidade, que surgia no Brasil, a televisão, onde Tozzi trabalhava. E Tito foi e também quis trabalhar lá e esqueceu a medicina, embora, no fundo, não estivesse conformado em não estudar. Tito Bianchini se deu bem, e progrediu. Logo passou a ser diretor de programas, além de ator, em pequenos papéis, quer de TV, como de cinema no filme “O Sobrado”. Tito Bianchini começou como câmera-man na recém inaugurada TV Tupi. Na sequência, Tito Bianchini foi trabalhar na segunda emissora de TV do país, a TV Paulista. De volta à TV Tupi, Tito Bianchini se destacou como diretor de imagens, sobretudo no premiado “TV de Vanguarda”, onde trabalhou com nomes como Cassiano Gabus Mendes, Lia de Aguiar, Antonino Seabra, Percy Aires e Jaime Barcellos, entre outros. Tito Bianchini dirigiu, ao lado de Walter George Dürst e Túlio de Lemos, o programa “O Céu é o Limite”, apresentado pelo pioneiro da TV, Aurélio Campos. Tito Bianchini dirigiu para a série “TV de Vanguarda” o episódio “Crime e Castigo” de Dostoievisky, que foi realizado ao vivo, ocupando vários estúdios, verdadeiro desafio para toda a equipe. Tito Bianchini passou a viajar pelo Brasil, para Porto Alegre, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, sempre lançando e trabalhando em programas de sucesso. Quando a TV Excelsior foi inaugurada, Tito Bianchini se transferiu para lá, mas voltou novamente à TV Tupi pouco antes dela começar a se deteriorar. Tito Bianchini foi o diretor de imagens do programa “Vôo 21”, uma versão carioca de “O Céu é o Limite”, apresentado no Rio de Janeiro por Hilton Gomes com produção de outro pioneiro da TV, Celestino Silveira. Esse trabalho rendeu a Tito Bianchini o “Prêmio Antenas de Prata” da revista “Radiolândia” como o “Melhor Diretor de Imagens Televisivas”. Tito Bianchini fez, com Goulart de Andrade, o famoso programa “Sumaré 24 Horas” e também o “Agro 70”, programa de ecologia. No tempo quase na se fazia externas e os animais eram levados ao estúdio. Tito Bianchini ainda dirige algumas novelas na TV Excelsior em São Paulo. Tito Bianchini foi um dos fundadores da TV Cultura de São Paulo, onde produziu um interessante programa para adolescentes intitulado “Teenagerlandia” com direção artística de Mário Fanucchi. Com apenas TRINTA e CINCO anos, Tito Bianchini é eleito o presidente do “Sindicato dos Radialistas do Estado de São Paulo” sucedendo o ator Carlos Zara. Tito Bianchini fez um trabalho sindical com grande esmero, sendo o seu representante no júri do “Troféu Imprensa” e também no “Prêmio Governador do Estado de São Paulo”, na categoria TV e Radio. Nessa mesma época, Tito Bianchini se forma em Direito pela “Faculdade de Direito” de São José dos Campos, região da Grande São Paulo. Depois de tanta contribuição artística, cultural e profissional na radiodifusão, Tito Bianchini passou a se dedicar mais à “Mosca”, sua empresa de limpeza (que vendia cortinas anti-insetos e que foi sempre crescendo), fundada com auxílio do sogro. A “Mosca” levou Tito Bianchini , com mais de OITENTA anos de idade, a viajar profissionalmente para a China. “Mosca” é hoje uma empresa de porte médio com quase DOIS MIL funcionários e faz coletas de lixo urbano, hidro-semeaduras, limpezas especializadas em represas, entre outros serviços de limpeza pública. Tito Bianchini foi presidente a “Associação Brasileira de Empreiteiros de Limpeza Pública - Abrange”. Tito Bianchini foi casado com uma bailarina, do “Balé IV Centenário”, com quem teve DUAS filhas, Silvana e Sioni. Não são conhecidas as causas que levaram Tito Bianchini à morte.