Zaé Mariano Carvalho do Nascimento Júnior

(Botucatu/SP, 08 de junho de 1929)                            

(São Paulo/SP, 20 de agosto de 1920).

Zaé Júnior foi um autor, compositor, professor, escritor, publicitário, jornalista, produtor e roteirista brasileiro com atuação em publicidade, jornalismo impresso, rádio, teatro, cinema e televisão. Com o pai poeta, Zaé Júnior aprendeu o amor pelas letras e com os conterrâneos famosos aprendeu o amor pela música brasileira, em especial a música caipira. Zaé Júnior adorava a desenhar desde os DEZ anos. Zaé Júnior foi morar em São Paulo, no bairro do Itaim Bibi e foi testemunha do desenvolvimento do bairro. Zaé Júnior trabalhou na Imprensa, na “Gazeta Juvenil” e na “Rádio Kosmos”, no Programa do amigo Anisio Fares. No mundo radiofônico, Zaé Júnior faz grandes amigos como Fernandes Soares, Mauro Pires e Henrique Lobo. Zaé Júnior se formou em Letras na “Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras” da “Universidade de São Paulo - USP”, onde foi aluno de Soares Amora, Italo Bettarello e Fidelino de Figueiredo. Zaé Júnior foi professor da rede estadual de São Paulo. Nesses tempos, Zaé Júnior estréia na Literatura com o livro infantil chamado “A Gruta Misteriosa”, publicado pela “Editora do Brasil” e elogiado pela critica Maria de Lourdes Teixeira da “Folha da Manhã” (hoje “Folha de São Paulo”). Zaé Júnior começou a trabalhar com publicidade, no escritório da renomada agência de propaganda “McCann Erickson” e trabalhou com contas de importantes empresas como “Nestlé”, “Esso” e “Kolynos”. Pela agência,  Zaé Júnior e teve a oportunidade de supervisionar um horário de telenovelas na TV Excelsior, chamado “Telenovelas Kolynos”, que legou para a história da televisão grandes sucessos como “A Deusa Vencida”, texto de Ivani Ribeiro com direção de Walter Avancini.  Zaé Júnior foi ainda o pioneiro em compor trilhas de novelas.  Zaé Júnior foi contratado pela TV Tupi, onde passou a produzir o seriado juvenil “Capitão Estrela” (que teve uma versão em quadrinhos pela “Editora Outubro”) protagozinado Henrique Martins, o cientista Dionisio Azevedo, o vilão Lima Duarte, David José, as mocinhas Maria Valéria e depois Wania Martini e Neuza Azevedo. Tal programa foi um grande sucesso de audiência e ganhou DOIS importantes prêmios, o “Troféu Imprensa” (em sua primeira edição) e o “Prêmio Tupiniquim”. Grande apreciador do cinema brasileiro, Zaé Júnior sempre reverenciou o talento de Mazzaropi e a qualidade na direção cinematográfica de Egídio Ecccio. No teatro, Zaé Júnior exaltou os talentos de Procópio Ferreira, Bibi Ferreira e Sérgio Cardoso e na música foi ouvinte e admirador das vozes de Orlando Silva, Morgana e Tonico e Tinoco. Saindo da “McCann Erickson”, Zaé cria a sua própria agência de publicidade, a “Promark”, que chegou a estar entre as CINQUENTAmaiores do Brasil. Também Mestre da Educação, Zaé Júnior foi docente na “Escola Superior de Propaganda e Marketing” e na “Faculdade Casper Líbero”, além de ter sido professor da primeira turma da “Escola de Comunicações e Artes - ECA” na “Universidade de São Paulo – USP”. Também histórico nome da imprensa, Zaé Júnior fez importantes reportagens para a revista “O Cruzeiro” e escreveu nos jornais paulistanos “A Época” e teve criações literárias como o conto “O Bonde da Rua Joaquim Floriano” publicadas no jornal “O Estado de São Paulo”.  Um dos fundadores do “Museu da Televisão”, ao lado da amiga Vida Alves. Zaé Júnior sofria de mal de Alzheimer, mas nunca se entregou à doença e chegou aos NOVENTA anos em plena atividade profissional, lançando pela “Editôra Espaço Editorial”, o livro de poesias intitulado “Fugaz Eternidade”, uma verdadeira antologia de textos líricos. Zaé Júnior é autor também do livro “O Pássaro Aprendiz” e do livro de poesia “O Homem e Seu Quintal”. Zaé Júnior era viúvo e teve UMA filha. Zaé Júnior morreu vitimado por broncopneumonia.