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INHANA (58 anos)

ID: m2147 Categoria: Cantoras/Músicas Date : Friday 14th June 2024 9:00:00 pm Tipo : Image / Photo

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Resenha

Anna Eufrosina da Silva                     

 

(Araras/SP, 28 de março de 1923)                                

(São Paulo/SP, 11 de junho de 1981).

 

Inhana foi uma cantora brasileira com atuação em circo, música, rádio, teatro, cinema e TV. Inhana entrou para a história da MPB não foi tão somente intérprete de guarânias, Inhana quando fez bem mais que isso. Foram CINQUENTA discos de SETENTA E OITO rotações – SETE deles sozinha e QUARENTA E SETE com Cascatinha, cerca de TREZE compactos e mais de TRINTA LPs, entre álbuns originais e coletâneas. Mais do que detentora de uma consistente carreira fonográfica, Inhana era também dona de uma das mais belas e afinadas vozes da nossa música popular. O talento para o canto surgiu cedo, aos CATORZE anos. A jovem empregada doméstica Anna Eufrosina, se apresentou pela primeira vez na rádio da sua cidade natal, no programa “A Voz de Araras”. Nessa época, Inhana já participava como solista, nas horas vagas, do “Jazz Band Araras”, no qual atuavam seus irmãos mais velhos e uma irmã. Aos DEZESSETE anos, Inhana cantava no serviço de alto-falantes da cidade quando um circo passou por lá, da trupe fazia parte a dupla Chopp e Cascatinha. Foi amor à primeira vista, Anna, então noiva, desfez o compromisso. Ela e Cascatinha namoraram e se casaram no mesmo ano. Com a entrada da nova integrante, a dupla Chopp & Cascatinha virou o “Trio Esmeralda”, que chegou a se apresentar nas rádios cariocas “Mayrink Veiga” e “Nacional”. A sinhá Ana – ou, como se diz em São Paulo, nhá Ana – acabou ganhando seu nome definitivo: Inhana. Chopp (o paraibano Natalício Fermino dos Santos) deixou o grupo em e Cascatinha & Inhana, formaram uma dupla que rodou cidades do interior com os circos “Estrela D’Alva” e “Imperial” e mais tarde foi contratada pelas emissoras paulistas “Bauru Rádio Clube”, “América” (1949) e “Record” como isso começavam a consolidar a fama do duo Cascatinha & Inhana, primeira dupla sertaneja a ganhar o cobiçado troféu “Roquette-Pinto”  (duas vezes). A pouco usual combinação do canto perfeito de Inhana, de voz doce, aguda e afinadíssima, com o timbre rascante de Cascatinha, um craque das segundas vozes, tinha tudo para funcionar e funcionou. Inhana estreou em gravações antes do marido, em dois discos da dupla Raul Torres e Florêncio gravados pela “Todamerica”, participando do coro da toada “Pomba do Mato” e dando voz à pombinha mensageira da moda “Rolinha Correio”. Como Ana Silva, debutou com o baião “Marinheiro” (sua primeira gravação solo) num disco dividido com o cantor Alfredo Simoney, ambos acompanhados pela sanfona (e pelo conjunto) de Mário Zan. Já tendo gravado o primeiro disco da dupla com o marido, Inhana lançou seu segundo disco com o baião “O Segredo Está no Molho” e a toada “Chora Maninho”.  Cascatinha & Inhana formaram uma das principais duplas sertanejas do Brasil. Suas mais famosas músicas foram "Índia" que os levou a um grande sucesso, "Meu Primeiro Amor", "Colcha de Retalhos", “Recordações de Ipacaraí” e "Flor do Cafezal". Ao longo da carreira apresentaram-se em diversos estados brasileiros, cantaram em circos e teatros. Cascatinha & Inhana estrearam em disco pela “Todamérica” cantando a canção "La Paloma" e a toada brejeira "Fonteiriça”. "Índia" era uma das músicas favoritas do presidente Juscelino Kubitschek foi regravada diversas vezes por muitos cantores ao longo do tempo. Cascatinha & Inhana receberam o Prêmio Roquette Pinto, a medalha de ouro da revista "Equipe" e ganharam o slogan de "Os Sabiás do Sertão", devido aos recursos vocais e às agradáveis nuances desenvolvidos pela dupla. Cascatinha & Inhana estiveram no filme "Carnaval Em Lá Maior" de Ademar Gonzaga, onde cantaram "Meu Primeiro Amor", outro grande sucesso, também regravado por diversos artistas ao longo dos tempos. Após o sucesso estrondoso, Inhana gravou sozinha (em paralelo à carreira com Cascatinha) mais três disco SETENTA e OITO rotações. Cascatinha & Inhana ganharam o título de “Favoritos do Rádio Paulista”, segundo informação da “Revista do Rádio”. Cascatinha & Inhana ficaram orgulhosos ao receber a notícia de que a recém-lançada “Despertar do Sertão” seria tocada na BBC de Londres. Cascatinha & Inhana estiveram no filme "Carnaval Em Lá Maior" de Ademar Gonzaga, onde cantaram "Meu Primeiro Amor", outro grande sucesso, também regravado por diversos artistas ao longo dos tempos e Inhana faz uma introdução executando o “pistão nasal”, técnica que aprendeu com o marido, como a própria contou em depoimento ao programa “MPB Especial”, da TV2 Cultura. De estrutura mignon, Inhana ganhou alguns quilos, problemas cardíacos e parecia cansada nos últimos tempos, embora mantivesse o humor e o jeito brejeiro. Mesmo nos dias de maior sucesso e estabilidade financeira, o casal parecia não perder de vista suas origens. A discreta Inhana, de olhar e jeito humildes, que pouco falava nas entrevistas, mãe adotiva de Marcelo José (falecido em decorrência da Covid-19), talvez nunca tenha tido a real dimensão do valor de sua arte. Quando estava marcada uma homenagem aos TRINTA anos de carreira da dupla, chamada A Grande Noite da Viola”, que reuniria no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, os maiores nomes do gênero sertanejo, Inhana sofreu uma parada cardíaca e morreu e a homenagem acabou sendo póstuma.

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