Sylvio Luiz Pérez Machado de Souza
(São Paulo/SP, 14 de setembro de 1934)
(São Paulo/SP, 16 de maio de 2024).
Sílvio Luiz foi um radialista, narrador, repórter, jornalista, ator, locutor, comentarista, diretor, redator, apresentador, sonoplasta e ex árbitro de futebol brasileiro com atuação em rádio, teatro, cinema, TV e internet. Sílvio Luiz era descendente de portugueses e espanhóis. Sílvio Luiz era filho do engenheiro eletricista Ademar Machado de Souza que faleceu cedo e da locutora Elizabeth Darcy (cujo nome real era Natalia Pérez) e meio-irmão da atriz Verinha Darcy. Sílvio Luiz começou a se interessar pelo esporte na infância, quando acompanhava a mãe, Elizabeth Darcy (uma das mulheres pioneiras na locução), durante seu trabalho na “Rádio Tupi”. Entusiasmado pela carreira de atriz da irmã, Verinha Darcy, Sílvio Luiz estreou como ator na primeira versão de “Éramos Seis”, na TV Record, como (Julinho), filho dos protagonistas. Logo depois esteve no elenco de “Cela da Morte” na mesma emissora, sua última telenovela. Sílvio Luiz se formou como árbitro de futebol na ”Escola de Árbitros” da “Federação Paulista de Futebol”, na mesma turma que Dulcídio Wanderley Boschilia e José de Assis Aragão. Sílvio Luiz atuou alguns anos como árbitro e chegou a ser um dos assistentes na partida que inaugurou o “Estádio do Morumbi”. Sílvio Luiz começou a carreira na “Rádio São Paulo” fazendo sonoplastia, assistência de produção, locuções e como ator das radionovelas “A Esperança” (também sonoplastia), “Destinos Separados” (também sonoplastia) e “Em Nome do Amor” (também sonoplastia). Sílvio Luiz trabalhou na “Rádio Record” como locutor e repórter esportivo nos programas “Futebol Rayovac Baterias”, “Mesa Redonda Rádio” e como narrador e locutor esportivo e na “Copa do Mundo” de 1982. Sílvio Luiz teve passagem pela “Rádio Bandeirantes”, como repórter esportivo e locutor esportivo. Sílvio Luiz foi apresentador, locutor e narrador também da “Rádio Transamérica FM”. No teatro, Sílvio Luiz fez as peças “As Sombras do Mar”, “Antes do Grande Momento” e “O Regresso”, todas no projeto “Histórias de Beira-Mar”. No cinema, Sílvio Luiz esteve nos filmes “Luta nos Pampas” (Lucas), “A Morte Transparente” (Dingo), “O Mundo Segundo Sílvio Luiz” (ele mesmo), “A Oitava Cor do Arco-Íris”, “Boleiros 2: Vencedores e Vencidos” (Aurélio) e a locução do filme de animação “Carros 3”. Na TV, Sílvio Luiz começou pela antiga TV Paulista, se tornando o primeiro repórter de campo da TV esportiva no Brasil no programa “Voto de Minerva” (também redação). Sílvio Luiz foi jurado do programa “Quem Tem Medo da Verdade” comandado por Carlos Manga e “É Proibido Colocar Cartazes” comandado por Pagano Sobrinho, ambos na TV Record. Sílvio Luiz foi ator do episódio “Cela da Morte com Edgard” da série “Teleteatro” também da TV Record, da qual foi ainda diretor de programação. Sílvio Luiz trabalhou também na TV Excelsior. Além de narrador esportivo, Sílvio Luiz foi apresentador dos programas “Record nos Esportes”, “Clube dos Esportistas” na TV Record, “Gol Show” no SBT, “Esporte Total” na TV Bandeirantes, “Especial Canal BandSports: Copa do Mundo da FIFA 2002”, “Programação Esportiva”, “Especial Canal BandSports: Copa do Mundo da FIFA 2006” no Canal BandSports e “Bola Dividida” e “Bola na Rede” da RedeTV! Sílvio Luiz foi entrevistado nos programas “Pró-TV Museu da Televisão Brasileira” (cinema e televisão), “Infortúnio” da MTV, “Roda-Viva” da TV Cultura e “Luciana By Night” da Rede TV, “Benja me Mucho” e “Bolívia Talk Show”, ambos no Youtube da Internet. Como narrador, função em que mais se consagrou, Sílvio Luiz imprimiu características que não existiam em narradores da época, como humor, descontração, ironia e a convicção de que não era preciso narrar o que o telespectador já estava assistindo. Foi o rompimento do estilo do rádio na TV. Sílvio Luiz criou célebres bordões como "Pelas Barbas do Profeta", "Pelo Amor dos Meus Filhinhos", "Olho no Lance", "Balançou o Capim no Fundo do Gol", "Vai Mandar Lá no Meio do Pagode", “Meteu Uma Sapatada”, “Esse Nem Minha Vó Perdia”, “Foi, Foi, Foi, Foi Ele”, "Queimou o Filme", "Agora é Fechar o Caixão e Beijar a Viúva". Devido à fama dos bordões, Sílvio Luiz participou da gravação da música “Futebol, Mulher & Rock 'n' Roll” da banda “Dr. Sin”, na qual ele narra uma partida ao longo da música com os seus inconfundíveis bordões. Sílvio Luiz narrou SEIS “Copas do Mundo” e NOVE “Olimpíadas”. Explosivo, caloroso, firme, sincero, o que Sílvio Luiz mais odiava era falsidade e puxa-sacos. Sílvio Luiz em forma de protesto concorreu à presidência da “Federação Paulista de Futebol” em duas ocasiões,ambas com o jornalista Flávio Prado como seu vice. Sílvio Luiz emprestou sua voz para o serviço de “GPS” do “Waze”. A voz de Sílvio Luiz ficou disponível no aplicativo apenas durante o período da “Copa do Mundo” realizada no Brasil. O último trabalho de Sílvio Luiz foi na RedeTV!, como comentarista no telejornal “RedeTV! News”, no site da emissora e nos portais R7 e PlayPlus. Sílvio Luiz era casado com a cantora Márcia, com quem teve três filhos, Alexandre, Andréa e André. Sílvio Luiz recebeu do então Presidente da República Itamar Franco a “Comenda da Ordem Nacional do Mérito Educativo”, devido ao seu incentivo na televisão aberta em prol do “Plano Real”. Sílvio Luiz sofreu um derrame durante a transmissão digital pelos da partida Palmeiras x Santos, válida pela final do “Campeonato Paulista”, enquanto trabalhava ao lado dos humoristas Bola e Carioca. Sílvio Luiz foi imediatamente hospitalizado, mas se recuperou em poucos dias voltou para casa. Depois de sentir um novo mal estar, voltou a ser internado. O quadro piorou uma semana antes do falecimento, e ele chegou a ficar um dia na UTI, mas não resistiu a piora do quadro e acabou morrendo.