João Restiffe                                               

(Caconde/SP, 27 de junho de 1925)                                

(São Paulo/SP, 17 de maio de 2023).

João Restiffe foi um ator, diretor, produtor, locutor, autor, roteirista e garoto-propaganda brasileiro com atuação em rádio, teatro, cinema e TV. João Restiffe era filho dos italianos Paolo Restifo e Saveria Papalia, João Restiffe se instalou em São Paulo com seu irmão mais velho. João Restiffe se destacou como humorista e integrou como ator e produtor na "Cia. Bibi Ferreira" e na "Cia. Jaime Costa", além de trabalhar como Servidor Público. Seu primeiro emprego no meio artístico foi oferecido pelo radialista Blota Jr., que conseguiu algumas pontas para Restiffe na “Rádio Record”. Embora estudando, logo o convidaram também para pequenas pontas nas companhias teatrais da época. E assim, João Restiffe fez viagens pelo Brasil. No “Bar do Juca Pato”, no centro da capital paulista, tradicionalmente frequentado por artistas, João Restiffe conheceu Amácio Mazzaropi que foi quem levou João Restiffe para a televisão. Mazzaropi recebeu uma proposta de da recém-inaugurada TV Tupi para fazer um programa semanal de humor e levou Restiffe para ser coadjuvante no programa “Rancho Alegre” (que já existia no rádio), dirigido por Cassiano Gabus Mendes do qual participou também a atriz Geny Prado. Cassiano percebeu as qualidades de Restiffe e pediu que ele intermediasse as peças de teatro de São Paulo e do Rio, para que montassem um espetáculo na TV, às 2ªs feiras, dias de folga teatral. João Restiffe costurou o esquema e “O Grande Teatro Tupi” ficou muitos anos no ar, levando para a televisão grandes nomes, como Cacilda Becker, por exemplo. Em rádio, João Restiffe trabalhou na “Rádio Três Pontas AM”, onde fez “Programa Caipira” (O caipira e locução), “Programa Histórias e Contos da Noite” (locução) e nas campanhas comerciais de rádio, como locutor e garoto-propaganda para as marcas “Caderneta Mesbla”, “Casa São Nicolau”, “Cerveja Preta Malzebier Brahma”, “Eno Sal de Frutas”, “Midy Pomada e Supositório Contra Hemorróidas” e “Ovamaltine é Saúde”. No teatro, João Restiffe fez as peças “Hotel Imperial”, “O Caipira”, “Beije-me e Verás”, “Diabinho de Saias”, “Divórcio”, “Nascida Para Ser Má” (Dr. Shaw), “O Sonho”, “Pedacinho de Gente”, “Senhorita Barba-Azul”, “Sua Excelência a Prefeita”, “Tarde Demais/A Herdeira”, “Alô, Alô São Paulo”, “Conchita” (Brasil e Portugal), “Depois do Casamento” (Brasil e Portugal), “Pequena Catarina” (Brasil e Portugal), “Senhora” (Brasil e Portugal), “Tudo Por Você”, “Perdoa-me Por me Traíres” (produção), “Do Tamanho de Um Defunto”, do musical “Turnê do Maestro Vicente Paiva”, “O Jeca” (atuação, direção e produção) e “A Dama do Lago” (adaptação, direção e produção). João Restiffe foi garoto-propaganda em campanhas comerciais de TV para as marcas “Nescafé”, “Ovomaltine”, “Casas Pernambucanas” e “Lâmpadas GE”. No cinema, João Restiffe fez os filmes “A Um Passo da Glória”, “Rebelião em Vila Rica”, “O Cantor e o Milionário”, “Moral em Concordata”,         (secretário do juiz), “Dona Violante Miranda” (cabo), o inacabado “Um Mineiro na Cidade Grande” (atuação, direção, produção), o inacabado “O Mineirador” (direção, roteiro e produção) e “Mazaroppi: O Cineasta das Plateias” (ele mesmo). Na TV, João Restiffe participou do programa “Rancho Alegre” (caipira), do episódio “A Viúva Alegre” (Barão Zeta) da série    “Teatro de Operetas”, dos episódios “Eva” (Voisin) e “O Juriti” da série “Teleteatro”, das novelas “Alma Cabocla” e “O Mártir do Calvário” (Anás), do humorístico “As Aventuras de Berloque Kolmes” (Dalton/Managuá), dos episódios “E o Amor é Assim” e “Do Tamanho de um Defunto” da série “Grande Teatro”, dos episódios “De Ratos e Homens”, “Hamlet”, “De Ilusão Também se Vive”, “Gaiola Dourada”, “A Flor Eterna” e “Minha Filha” da série “TV de Vanguarda” e como produtor dos episódios “A Morte do Caixeiro Viajante”, “A Santa Madre”, “Filomena Marturano” e “O Grande Marido” da série “Grande Teatro Três Leões”, tudo na TV Tupi. João Restiffe permaneceu sempre ao lado de Mazzaropi. Mais tarde, porém, Restiffe arranjou um emprego público e deixou a carreira artística. João Restiffe era viúvo de Dagmar Aparecida Restiffe (falecida em 04/04/2009 com SESSENTA E CINCO anos) com que teve duas filhas, Denise e Isabela. João Restiffe teve morte natural devido a senilidade.