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LINCOLN OLIVETTI (60 anos)

ID: h1824 Categoria: Cantores/Músicos Date : Thursday 30th March 2023 9:00:00 pm Tipo : Image / Photo

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Resenha

Lincoln Olivetti Moreira                             

 

(Nilópolis/RJ, 17 de maio de 1954)                               

(Rio de Janeiro/RJ, 13 de janeiro de 2015).

 

Lincoln Olivetti foi um renomado maestro, arranjador, instrumentista, tecladista, produtor musical e compositor brasileiro com atuação em música, teatro e TV. Lincoln Olivetti ficou conhecido pela parceria com o guitarrista Robson Jorge nos gêneros soul, funk, MPB, boogie, AOR e música pop e também como maestro. Filho do casamento de Dr. Milton Olivetti Pereira (advogado e músico amador, ex-proprietário do cartório de Nilópolis) e de Diva Moreira Olivetti, é o mais velho de três filhos do casal. Por influência de seu pai, que era músico amador, Lincoln ingressou na música com apenas QUATRO anos de idade. Aos CINCO anos SE matriculou no “Conservatório de Nova Iguaçu” e, mais tarde, entrou para Escola Nacional de Música. Passados alguns anos, Lincoln iniciou o curso de graduação em regência, mas não chegou a concluir. Com DOZE anos, Lincoln formou um conjunto de bailes de subúrbio de nome "Lincoln Olivetti e Seu Conjunto” apresentando-se no circuito de clubes de subúrbio no final dos anos 60 até o inicio dos anos 70. Lincoln cursou também a faculdade de engenharia eletrônica, mas não a concluiu. No ano de 1970, com DEZESSEIS anos de idade, Lincoln lança o álbum solo de covers instrumentais das canções de sucesso da época sob o nome de “Hot Parade #1”.  Mais tarde, Lincoln Olivetti vende os equipamentos de seu conjunto e viaja para os Estados Unidos, onde compra teclados que só existiam no exterior e tenta a carreira como músico de estúdio, mas sofria preconceito por ser um músico com experiência de baile. Devido a este fato, se muda para São Paulo e recebe ajuda de Chiquinho de Moraes. Aos VINTE E DOIS anos Lincoln retorna para o Rio de Janeiro. Ao voltar para o Rio de Janeiro, a convite do produtor Mauro Motta, Lincoln Olivetti passa a trabalhar para a gravadora “CBS” (atual “Sony Music Entertainment”) e a gravar com as produções de Mauro Motta. Conhece então o músico Robson Jorge e começa uma parceria de sucesso com arranjos de canções como “Fim de Tarde”, gravada por Cláudia Telles. Em parceria com Robson Jorge, arranja o álbum “Nesse Inverno” de Tony Bizarro e também arranja e compõe canções junto a Robson Jorge para o álbum “Robson Jorge”, gravando sucessos como “Tudo Bem” e “Sorriso Falso”. Lincoln Olivetti divide com Sérgio Sá os arranjos do álbum “Vanusa 30 Anos” da cantora Vanusa da “Jovem Guarda”, arranja seis canções do álbum homônimo de Jerry Adriani, o álbum homônimo de Ed Carlos (com Robson Jorge), o compacto simples da cantora Adriana e o álbum Chega de Promessas de Reginaldo Rossi (com produção de Tony Bizarro) pela gravadora “Continental”. Após as vendas satisfatórias de QUINHENTAS MIL cópias do compacto de “Fim de Tarde” de Cláudia Telles, o nome de Lincoln começa a se tornar uma grife na ficha técnica dos discos, seja como músico ou arranjador. Lincoln compõe a canção “Black Coco” para o grupo “Painel de Controle” inspirada na canção “Rock You Baby” de George McCrae. Durante a gravação do disco “Tim Maia Disco Club”, após uma briga de Tim Maia com o arranjador do disco, Miguel Cidras (por conta do arranjo de cordas da canção “Pais e Filhos”), Lincoln é chamado para o arranjo de cordas e acaba finalizando o trabalho de Cidras. Com o movimento da música disco em alta e a sua habilidade como músico especializado na música negra norte americana, Lincoln grava o sucesso “Kitsch Zona Sul” para bailarino, cantor e ator Ronaldo Resedá, o que lhe renderia o convites para criar os arranjos do álbum homônimo do cantor gravado pela “Som Livre”. Lincoln Olivetti faz os arranjos dos álbuns “Nossa Imaginação” do cantor e guitarrista Don Betto pela gravadora “Som Livre”, “Hora Extra” de Zé Rodrix pela gravadora “EMI”, “Adriana” da cantora Adriana, “Táxi “da “Banda Taxi” (junto com Hareton Salvanini), entre outras centenas de canções e compactos lançados na época. Lincoln Olivetti e seu parceiro Robson Jorge são contratados pela “Som Livre”, tornando-se músicos e arranjadores para o cast de artistas da gravadora. Além de composições, fizeram arranjos para numerosos artistas de renome à época como Gal Costa, Gilberto Gil, Tim Maia, Jorge Ben, Rita Lee, Xuxa, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Marcos Valle, Maria Bethânia, Ângela Rô Rô, Zizi Possi, Fagner, Rosanah Fienngo, Biafra, Sidney Magal, Wando, Joanna, entre outros.  Além de artistas brasileiros, gravaram com artistas internacionais, como Jon Lucien, Ana Belén e Luther Vandross. Lincoln se torna famoso e requisitado por diversos artistas e passa a compor também temas instrumentais para as novelas e programas da Rede Globo com produções e direções de Max Pierre e Guto Graça Mello sob o selo da “Som Livre”. Como músico, Lincoln acompanha artistas como Jorge Ben Jor no programa “Jorge Ben Especial”, gravado com um público de VINTE mil pessoas na praia do Arpoador, Rita Lee no programa Grandes Nomes” da Rede Globo e no primeiro “Rock in Rio”  e no espetáculo inovador, exibido no Canecão, “Fantasia” da cantora Gal Costa. Com a marca de TREZENTOS E SESSENTA arranjos por ano e, em parceria com Robson Jorge, Lincoln Olivetti abre a editora musical “Asfra” e a locadora de teclados “Linke”, faturando cerca de TRÊS a DEZ milhões de cruzeiros mensais. Em Jacarepaguá, monta um moderno estúdio caseiro com equipamentos de última geração, incluindo mesas de mixagem de DEZESSEIS canais. Lincoln Olivetti compõe trilhas sonoras instrumentais para filmes como “Menino do Rio” e “Rio Babilônia” de Neville d'Almeida, além da canção “Samba e Alegria” para o filme “Not Two, But Four” de Bud Spencer e Terence Hill. Sob a direção de Max Pierre, Olivetti gravou “Robson Jorge e Lincoln Olivetti”, um álbum quase inteiramente instrumental com somente alguns scats e canções com poucas letras. Apesar de ser um álbum focado no instrumental, era tocado nas rádios e em bailes da época de seu lançamento devido à qualidade artística e de produção do disco que se tornou referência internacional, chegando a ser ser tocado por DJs estrangeiros e se transformar num dos vinis mais raros e caros da música brasileira. Apesar do sucesso financeiro e profissional, a crítica musical especializada acusou Lincoln e Robson de pasteurizar e estilizar a música popular brasileira, dando às canções um padrão artístico americanizado, com uso constante de instrumentos eletrônicos, como o sintetizador. Por usar ganchos de outras canções famosas, era considerado um plagiador, como no caso do andamento e acordes de “What a Fool Believes” da banda americana “The Doobie Brothers”. Pouco eram os críticos ou jornalistas que escreviam a favor de seu trabalho, sendo um deles o crítico, compositor e produtor Nélson Motta. A excentricidade, as críticas negativas e o temperamento fechado avesso a entrevistas e a fotos tornaram a figura pública de Lincoln uma pessoa apática, o que resultou em um período de reclusão por uma década trancado em casa, quando passou boa parte desse tempo trabalhando em seu estúdio. Apesar de sua reclusão, Lincoln não parou de gravar enquanto se mantinha em seu estúdio, trabalhando tanto para artistas como Roberto Carlos quanto para artistas de público alvo infantil, como Angélica, Xuxa, “Trem da Alegria”, “Dominó” e Patricia Marx. Lincoln gravou diversas canções e singles com sua então esposa Claúdia Olivetti e parcerias com Robertinho de Recife e Márcio Montarroyos. Seu estúdio caseiro era tão moderno que diziam ser superior ao estúdio da RCA Victor (considerado por décadas como o maior e melhor estúdio da América Latina), tanto que a própria “RCA” fez diversas parcerias com o mesmo, nas quais artistas, como Fagner, Joanna, Fafá de Belém e muitos outros, gravavam as bases instrumentais no estúdio do Lincoln e a voz no estúdio da gravadora. Tudo isso acontecia quando, segundo Tim Maia, o estúdio ainda estava na fase da manivela. Durante a produção do disco “Assim Caminha a Humanidade” de Lulu Santos, Lincoln foi chamado pelo produtor e DJ Memê para criar o arranjo de cordas da canção título do álbum. Todos duvidaram que Lincoln apareceria no estúdio, mas acabaram surpreendidos pela sua presença. Mais tarde, Lincoln seria chamado por Ed Motta para criar o arranjo de cordas da faixa “Daqui Pro Méier” do disco “Manual Prático Para Festas, Bailes e Afins”. Lincoln Olivetti trabalhou com nomes como “Sandy & Junior”, “Fat Family” e “Karametade”. Lincoln Olivetti trabalhou em álbuns como "Acústico MTV - Jorge Ben Jor" de Jorge Ben Jor, "Acústico MTV - Engenheiros do Hawaii" da banda “Engenheiros do Hawaii”, "De Corpo e Alma Outra Vez" de Marina Elali, “Soul Brasileiro” do cantor D' Black e “Infinito Paraíso” de Guto C. Junto do produtor e baixista Alexandre Kassin, Lincoln Olivetti voltou aos palcos executando faixas do álbum “Robson Jorge & Lincoln Olivetti” ao vivo no “Solar de Botafogo” na quarta edição do “CopaFest”. Ainda à pedido Alexandre Kassin, Lincoln Olivetti, realizou os arranjos Estratosférica de Gal Costa. Um dos seus últimos trabalhos foi como líder da Big Band do programa The Voice Brasil na Rede Globo.  Lincoln Olivetti recebeu uma homenagem através do documentário “O Mago do Pop” lançado e exibido em 2019 no canal por assinatura “Music Box Brazil”. Lincoln Olivetti morreu de infarto.

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