Fernando Monteiro Torres
(Guaçui/ES, 14 de novembro de 1927)
(Rio de Janeiro/RJ, 04 de setembro de 2008).
Fernando Torres foi um ator, diretor e produtor brasileiro. Fernando era casado com a atriz Fernanda Montenegro e pai do cineasta Cláudio Torres e da atriz Fernanda Torres. Fernando era filho de uma família tradicional e histórica da sua cidade natal. Seu pai Manuel Monteiro Torres foi o primeiro prefeito da cidade, sendo uma personagem importante para a história do município. Hoje na sede da prefeitura de Guaçuí é possível ver uma foto da família, na qual Fernando aparece ainda criança. Fernando era formado em Medicina, mas, desde cedo, sua grande paixão foi o teatro, onde atuou, produziu e dirigiu diversas peças. No cinema fez os filmes “A Mulher de Longe”, “La Duquesa del Tepetate”, “Estrella Sin Luz”, “Engraçadinha Depois dos Trinta”, “Em Busca do Tesouro”, “Jerry - A Grande Parada”, “A Penúltima Donzela”, “Golias Contra o Homem das Bolinhas”, “Matei Por Amor”, “Eu Transo... Ela Transa”, “Os Inconfidentes”, “O Descarte”, “Marília e Marina”, “Tudo Bem”, “Inocência”, “O Beijo da Mulher Aranha”, “Veja Esta Canção”, “A Ostra e o Vento”, “Ação Entre Amigos” e “Redentor”, este último, obra de estreia de seu filho Cláudio Torres. Na TV brilhou como o médico aposentado (Plínio Miranda) na novela “Baila Comigo” de Manoel Carlos e o sábio e misterioso (Tio Romão) da novela “Amor com Amor se Paga” de Ivani Ribeiro. Fernando esteve ainda em “Minha Doce Namorada”, “A Morte Sem Espelho”, “Pouco Amor Não é Amor”, “Vitória”, “Dez Vidas”, “A Gordinha”, “Simplesmente Maria”, “Terras do Sem-Fim”, “Sétimo Sentido”, “Louco Amor”, “Zazá” e “Laços de Família”. Fernando iniciou sua carreira no teatro aos vinte e dois anos, na peça "A Dama da Madrugada" de Alejandro Casona, onde estreou também Nathália Thimberg. Como diretor, sua primeira montagem foi "Quartos Separados" com o “Teatro Brasileiro de Comédia”. Fernando fundou o “Teatro dos Sete” junto com Fernanda Montenegro, Sérgio Britto, Ítalo Rossi e Gianni Ratto e foi premiado como diretor revelação por sua montagem de "O Beijo no Asfalto" de Nélson Rodrigues. O teatro municipal da cidade de Guaçuí no Espírito Santo leva o nome de Fernando Torres em homenagem a ele, tendo em seu salão principal as assinaturas de Fernando e Fernanda Montenegro. Há ainda o "Teatro Fernando Torres" que se localiza no bairro do Tatuapé. Fernando Torres morreu em sua casa, vítima de enfisema pulmonar.