Alzira Camargo
(São Paulo/SP, 10 de dezembro de 1915)
(São Paulo/SP, 09 de dezembro de 1982).
Alzirinha Camargo foi uma cantora brasileira com atuação em música, rádio, teatro, cinema e TV. Alzirinha nasceu no bairro do Brás e começou a cantar amadoristicamente na “Rádio Record”, assinando contrato com a “Rádio Cruzeiro do Sul” e, depois, com a “Rádio Difusora”. Alzirinha Camargo participou do filme “Coisas Nossas”, considerado o primeiro filme musical brasileiro, junto de Procópio Ferreira, Zezé Lara, Batista Jr., Paraguaçu e outros. Convidada por Sílvia Autuori, Alzirinha Camargo foi procurar alguma oportunidade no Rio de Janeiro e foi contratada pela “Rádio Tupi” quando sua carreira começou a deslanchar. Um ano depois, gravou o primeiro disco na “Victor”, com a marcha “Cinqüenta por Cento” (Lamartine Babo) e o samba “Você Vai Se Arrepender” (Alberto Fadel, Germano Augusto e Kid Pepe). Ao entrar em contato com Alberto Quatrini Bianchi, este a convidou para se apresentar em sua rede de cassinos, espalhada por todo país. No ano seguinte, Alzirinha Camargo se desentendeu com Carmen Miranda, pois esta, logo após gravar a marcha “Querido Adão” (Benedito Lacerda e Oswaldo Santiago), viajou para a Argentina, não podendo lançar a música no rádio. Os compositores então a ofereceram a Alzirinha, que fazia o meso estilo de Carmen e ficou com música que foi enorme sucesso. A partir de então, as duas se tornaram rivais. Alzirinha viajou para Buenos Aires, Argentina, ao lado do “Regional de Benedito Lacerda”, apresentando-se na “Rádio El Mundo”. De volta ao Brasil, Benedito Lacerda compôs para ela a marcha “Meu Buenos Aires Querido”, gravada por eles na “Odeon”. Alzirinha se Apresentou no “Cassino Atlântico” com uma orquestra norte-americana regida por Ciro Rimac. No ano seguinte, a convite do mesmo, viajou para os Estados Unidos da América, com um contrato assinado de seis meses. Lá permaneceu e percorreu pela Península Ibérica, se apresentando no “Casino Estoril”, em Portugal. De volta ao Brasil, Alzirinha foi contratada pela “Rádio Nacional”, para o programa “Gente que Brilha” de Paulo Roberto e voltou a gravar pela “Polydor”. No cinema ainda, Alzirinha fez os filmes “Fazendo Fitas”, “Alô, Alô, Carnaval”, “O Grito da Mocidade” e “Agora é Que São Elas”. Alzirinha trabalhou também em televisão, tanto no Rio como em São Paulo e gravou ainda um disco pelo selo “Guarani”, sem maiores repercussões. Não há maiores detalhes sobre a vida e a morte da cantora Alzirinha Camargo que morreu um dia antes de completar sessenta e sete anos. As causas da morte são desconhecidas.