Roberto Petri                               

(São Paulo/SP, 10 de fevereiro de 1936)               

(São Paulo/SP, 19 de setembro de 2021).

Roberto Petri foi um apresentador e jornalista esportivo brasileiro com atuação em jornalismo impresso, rádio e TV. Petri começou a carreira na “Rádio Bandeirantes”, passou pela TV Tupi e pelas rádios “Difusora” e “Excelsior”, além dos jornais “Última Hora”, “Diário da Noite”, “Diário de São Paulo”, “Mundo Esportivo”, “Popular da Tarde”, “Jornal Equipe” e na “Revista Player”. Quando Petri chegou à televisão, ainda era época das imagens em preto e branco, sem videoteipe e sem transmissões internacionais. Petri viveu a evolução tecnológica da TV, mas insistia em manter o modelo jornalístico de ser fiel aos fatos e autêntico nas críticas e elogios. O jornalista foi criador do concurso que lançou nomes como Galvão Bueno, Flavio Prado, Jota Júnior e Osvaldo Maciel. Com o entusiasmo de um adolescente e com a sabedoria de um veterano, Petri nunca abriu mão de seu estilo independente, ao apresentar opiniões diante das câmeras. Apaixonado pelo futebol e pelos esportes olímpicos, Petri sempre defendeu a necessidade de o público ser informado com precisão. A personalidade autêntica e revolucionária fez com que Petri participasse de uma rica experiência no futebol e criasse da categoria “Dente-de-Leite”, pela qual garotos disputam campeonatos com regras ousadas, como a cobrança de lateral com os pés e não com as mãos, algo que levaria os cartolas da “FIFA” a refletirem sobre os antigos padrões. Muitos jogadores, incluindo Muricy Ramalho, foram revelados pela categoria cujo bordão era "craque na bola, craque na escola". A saudável experiência em torno do futebol de garotos, desenvolvida ao lado dos amigos Eli Coimbra, Sérgio Baklanos e José Astolphi, deu a Petri inúmeros prêmios, como o “Roquette Pinto” e o “Gandula”.  Em dezembro de 2003, Roberto Petri foi homenageado pela “Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo - ACEESP” ao completar cinquenta anos de jornalismo esportivo. Petri cobriu várias copas do mundo, a começar pela de 1962, no Chile, onde o Brasil tornou-se bicampeão mundial. Roberto Petri era viúvo de Carmelina com quem teve quatro filhos, Cláudia Regina, Roberto Carlos, Mônica Maria e Bruno José. A mais velha, Cláudia Regina Petri foi brutalmente assassinada pelo ex-marido, em 2007. Roberto Petri não mediu esforços e investimento de dinheiro e de tempo para reunir provas para que o assassino de sua filha fosse condenado. O ex-marido de Cláudia Regina foi condenado a vinte e oito anos de prisão. Em 2017, Roberto Petri teve dois AVCs (acidentes vasculares cerebrais) e ficou com sequelas motoras (dificuldade para caminhar) e de fala. Roberto Petri optou, desde então, a por morar numa clínica de repouso. Roberto Petri já estava muito fraco e infecção urinária e um AVC bronquicefálico, que o debilitou, ele não conseguiu resistir e morreu.