Ayres Kruger da Senna Campos                  

(Uberaba/MG, 26 de maio de 1923)                               

(São Paulo/SP, 11 de julho de 2003).

Ayres Campos foi um ator, cantor e radialista brasileiro com atuação em rádio, cinema e TV. Ex-lutador de boxe e luta livre, Ayres Campos foi empresário do ramo de fantasias de super-heróis americanos e japoneses. Seu pai, sempre ligado aos esportes, era adido militar em Bombaim, na Índia e teve cinco filhos com a esposa Hermilha. Francisco Kruger da Piedade dos Reis Magos da Costa Campos (um homem culto, que estudou até em Oxford e sabia muitos idiomas, inclusive vinte e um dialetos hindus) trouxe gado hindu para Uberaba, pensando ficar rico. Os negócios, porém, não deram certo e a família foi para Santos. Francisco foi trabalhar nas docas do porto. Todos os filhos estudaram. Ayres começou a cantar na igreja e cantou na “Rádio PRC-6”. Ayres era alto e loiro e se parecia com o ator Errol Flynn. Ayres chegou a cantar no “Teatro Municipal de São Paulo” com César Fronzi, na “Rádio Bandeirantes” e na “Panamericana” (atual “Jovem Pan”). Seu gênero era de músicas italianas, americanas e até japonesas. Ayres Campos fez curso de química e iniciou o de odontologia, fez curso de aviação nos Estados Unidos. Viajou para a Europa. Em Paris se fixou e se interessou por perfumes e suas essências e cosméticos. De volta para o Brasil, Ayres Campos montou um laboratório e fazia fragrâncias que vendia para as principais farmácias da capital paulista. Ayres Campos atuou em filmes da “Empresa Cinematográfica Vera Cruz”. Ayres Campos fez os filmes “Quase no Céu”, “Também Somos Irmãos”, “ Tico-Tico no Fubá”, “João Gangorra”, “Meu Destino é Pecar”, “Veneno”, “ Sai da Frente”, “Candinho”, “É Proibido Beijar”, “A Pensão da D. Stela”, “O Gato de Madame”, “Curucu, o Terror do Amazonas”, “A  Lei do Sertão” e “Escravos do Amor das Amazonas”. Ayres Campos se candidatou a uma vaga na TV Record - Canal 7 de São Paulo, para fazer o papel de um herói infantil e fez a série de aventuras “Capitão 7”, junto com Idalina de Oliveira. A produção foi esmerada, roupa desenhada especialmente, hino do (Capitão 7) que tinha até fã-clube: os meninos se vestiam iguais ao personagem do programa. Até que foi criada a revista “Capitão 7“. O programa ficou no ar durante quase treze anos. Com o fim do programa “Capitão 7”, Ayres Campos fez na TV Paulista, como apresentador o “Programa Zás-Trás” que durou cerca de quatro anos. Ayres Campos foi casado e teve dois filhos, Maria Luiza e Ayres Campos Filho e dois netos. Ayres Campos morreu de pneumonia.