João Batista Acaiabe
(Espírito Santo do Pinhal/SP, 14 de maio de 1944)
(São Paulo/SP, 31 de março de 2021).
João Acaiabe foi um ator, locutor, diretor, contador de histórias, radialista, produtor e professor de interpretação brasileiro com atuação em rádio, teatro, cinema e TV. João Acaiabe ficou bastante conhecido do grande público ao interpretar o (Tio Barnabé) no seriado “Sítio do Pica-Pau Amarelo” e o (Chico) no remake da telenovela “Chiquititas”. João Acaiabe iniciou a carreira artística, ainda adolescente, como locutor de rádio. Em televisão, o ator começou na TV Tupi, na novela “A Viagem” (Damião). João Acaiabe fez as novelas “O Profeta” (Pai Romão), “Cinderela 77” (Tião/Destino), “Salário Mínimo” (Padre Lírio) e “Gaivotas” (Inácio) e a série “Casa Fantástica” na TV Tupi. Acaiabe se transferiu para a TV Cultura e contava histórias infantis para as crianças da platéia, dentro do programa “Bambalalão”, como ele mesmo. Foi o Antônio Abujamra quem o convenceu a se tornar um contador de histórias, como a tradição dos griôs africanos e o contratou para participar do “Bambalalão” na TV Cultura. Ainda pela TV Cultura, João Acaiabe fez as novelas, “O Fiel e a Pedra” (João Amadeu), “O Pátio das Donzelas” (Miguel) e “O Tronco do Ipê” (Benedito). Depois, João Acaiabe passou para a TV Bandeirantes onde fez o (Osmar) na novela “Maça do Amor” e o humorístico “Praça Brasil” (jornaleiro). Em seguida, Acaiabe fez as minisséries “Tenda dos Milagres” (Benedito), “Meu Marido” (Sebastian) e “Dona Flor e Seus Dois Maridos” (Sampaio) da TV Globo. Na TV Globo, João Acaiabe fez também as novelas “Alma de Pedra”, (Benjamim), “Vila Madalena” (Delegado), “Eterna Magia” (Afonso) e “Segundo Sol” (Pai Didico/Alaor do Nascimento) e seu maior sucesso na TV, o (Tio Barnabé) do “Sítio do Pica-Pau Amarelo”. No SBT, João Acaiabe fez as novelas “Uma Rosa com Amor” (Pimpinoni), na versão original feio pelo ator Grande Otelo e “Chiquititas” (Francisco Santos de Oliveira/Chico), na versão original feito pelo ator Gésio Amadeu, além do quadro “Os Velhinhos Se Divertem” no “Programa Silvio Santos”. Na TV, João Acaiabe fez também “Telecurso 2000” e a minissérie “Irma Catarina” (Delegado Osvaldo Moreira) no canal CNT, a série “Prenda Minha” (Amâncio Souza) na TV Metropolitana (Canal de Internet), a série “Unidade Básica” (Pastor Abelardo), lançada exclusivamente pelo serviço de streaming e seu último trabalho foi na minissérie brasileira produzida pelos Estúdios Globo e lançada exclusivamente pelo serviço de streaming “Se Eu Fechar os Olhos Agora” (Sinval). No cinema, João Acaiabe estrelou o curta-metragem “O Dia em que Dorival Encarou a Guarda” (Dorival), que lhe rendeu o prêmio de melhor ator e o “Kikito” no “Festival de Gramado”. Acaiabe fez também, entre outros, os filmes “Elas São do Baralho” (Investigador), “Ouro Sangrento” (Embaixador Arnold), “Eles Não Usam Black-Tie” (Companheiro),“A Próxima Vítima” (Irmão de Nêgo), “Chico Rei” (Hermes), “Beijo 2348/72”, “El Viaje” (Motorista), “Irmã Catarina” (Delegado), “Boleiros - Era Uma Vez o Futebol” (Ari), “Transa Brutal” (Boquinha), “Gênesis 22” (Pai), “Mário” (Senhor), “Cronicamente Inviável” (Líder da União), “A Selva” (Tiago), “Casa de Areia” (Pai de Massu), “Bróder” (Seu Antônio), “Bom Dia, Eternidade” (Clementino), “Família Vende Tudo” (Chiclete), “Cara ou Coroa”, “O Dia de Jerusa” (Sebastião), “Diamante, o Bailarina” (Cezão), “O Rei Leão” (voz de Rafiki) e “M8: Quando a Morte Socorre a Vida” (Francisco), seu último trabalho. João Acaiabe estudou teatro na “Escola de Arte Dramática de São Paulo - EAD” e foi na época o único aluno negro da classe. No teatro, entre tantas peças, João Acaiabe esteve em “Balada de Manhattan”, “A Parede”, “Barrela” de Plínio Marcos e também de Plínio, “Jesus-Homem”, uma peça polêmica, que apresenta um Jesus negro, contestador e nada cordato e que foi representado por João Acaiabe. Ao longo de sua carreira, João Acaiabe realizou diversos trabalhos sócio-culturais, como, por exemplo, aulas de teatro para adolescentes da “FEBEM” e participação em movimentos de igualdade racial. João Acaiabe foi também professor de teatro do “Colégio Santo Américo” em São Paulo. Em 2016, João Acaiabe foi o artista do ano homenageado no “I Prêmio AATA” de Teatro Amador. João Acaiabe foi casado com Lenice Damazio Acaiabe com quem teve dois filhos, Carlos Augusto e Thays. João Acaiabe era casado com Ana Maria Pascuini Bertuchi, tendo três enteados, Érika, Ricardo e Wilson. João Acaiabe é tio do ator Eduardo Acaiabe. João Acaiabe morreu após sofrer uma parada cardíaca por conta da COVID-19.