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CARLOS GALHARDO (72 anos)

ID: h1272 Categoria: Cantores/Músicos Date : Thursday 4th February 2021 10:00:00 pm Tipo : Image / Photo

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Resenha

Catello Carlos Guagliardi                         

 

(Buenos Aires/ARGENTINA, 24 de abril de 1913)   

(Rio de Janeiro/RJ, 25 de julho de 1985).

 

Carlos Galhardo foi um dublador, apresentador, ator e um dos principais cantores (da “Era do Rádio”) argentino radicado no Brasil com atuação em música, rádio, teatro, cinema e TV. Filho dos italianos da Calábria, Pietro Guagliardi e Saveria Novelli, Carlos Galhardo teve três irmãos, dois nascidos na Itália e uma no Rio de Janeiro. Dois meses depois de seu nascimento, a família se mudou de Buenos Aires para São Paulo e três meses depois, para o Rio de Janeiro. Quando Carlos Galhardo tinha oito anos de idade morre sua mãe e o pai se casa novamente, tendo outros cinco filhos (todos nascidos no Rio). A esta altura, a família residia no bairro do Estácio. Alguns meses depois da morte da mãe, Catelllo foi morar com um tio-avô no mesmo bairro e aprendeu o ofício de alfaiate. Aos quinze anos se torna um oficial, apesar de não gostar do ofício. Carlos Galhardo chega a abandonar os estudos (completou o primário) para se dedicar à profissão. Quando Getúlio Vargas tomou o poder, ele contratou a alfaiataria onde Galhardo trabalhava para lhe confeccionar um jaquetão e coube ao então futuro cantor tirar as medidas do novo presidente e criar a peça de roupa.  Carlos Galhardo passou por várias alfaiatarias e numa delas trabalhou com o barítono Salvador Grimaldi, com quem costumava ensaiar duetos de ópera. Apesar de em casa e para amigos cantarolar cançonetas italianas e árias de ópera, sua carreira iniciou em uma festa na casa de um irmão, onde se encontravam presentes personalidades como Mário Reis, Francisco Alves, Lamartine Babo, Jonjoca e, ali, cantou para os convidados "Deusa", de Freire Junior, canção do repertório de Francisco Alves - este último ficou incumbido de dar a palavra final, que se limitou a um "É, leva jeito...".  Frustrado com a recepção fria, Catello voltou a focar no ramo da alfaiataria. Contudo, uma das convidadas da festa contou do cantor a um amigo de Bororó e, através deste, Catello conseguiu uma oportunidade na “Rádio Educadora do Brasil” onde cantou "Destino", de Nonô e Luiz Iglesias. No dia seguinte foi procurado e convidado a fazer um teste na “RCA Victor”. Aprovado, passa a fazer parte do coro que acompanhava as gravações da gravadora.  Não se sabe ao certo a o momento exato, tampouco o motivo pelo qual Catello passou a adotar o nome artístico Carlos Galhardo, mas este nome já era utilizado por ele desde o seu primeiro disco solo, com os frevos "Você Não Gosta de Mim" dos “Irmãos Valença” e "Que É Que Há?” de Nélson Ferreira. Conhecendo o compositor Assis Valente, Carlos Galhardo gravou muitas canções suas tais como "Para Onde Irá o Brasil", "É Duro de Se Crer" (em dueto com Carmen Miranda), "Pra Quem Sabe Dar Valor" e "Boas Festas", esta última seu primeiro grande sucesso. Carlos Galhardo registrou seu primeiro sucesso carnavalesco, "Carolina" de Bonfiglio de Oliveira e Hervé Cordovil. Carlos Galhardo passou cantando por várias emissoras de rádio do Rio de Janeiro, “Mayrink Veiga”, “Rádio Clube”, “Philips”, “Sociedade”,“Cruzeiro”, “Cajuti”, “Tupi”, “Nacional” e “Mundial”. Carlos Galhardo foi da “RCA” para a “Columbia” a convite de Moacyr Fenelon. Pela nova gravadora, lançou onze discos, emplacando dois sucessos, "Mariana" e "Cortina de Veludo". Posteriormente, voltou à RCA Victor” onde permaneceu por trinta e cinco anos. Em sua carreira, além da “RCA Victor” e da “Columbia”, Carlos Galhardo gravou também na Odeon e na Continental”. Além das canções carnavalescas, Galhardo cantou temas de datas festivas, "Boas Festas", "Boneca de Papai Noel", "Lá no Céu" e "Não Mudou o Natal" para o Natal, "Bodas de Prata", para a celebração de mesmo nome, "Mãezinha Querida", "Imagem de Mãe", "Dia das Mães", "Aniversário de Mãezinha" e "Mamãezinha" para o Dia das Mães,  "Papai do Meu Coração" para o Dia dos Pais”, "Tempo de Criança" para o Dia das Crianças”,  "Subindo, Vai Subindo", "Olha Lá Um Balão" e "Balão do Amor" para as festas juninas, "Valsa dos Noivos",  "Para os Noivos", "Brinde Aos Noivos" e "Valsa dos Padrinhos" para noivos, “Valsa dos Namorados”  para o Dia dos Namorados”,  "Quarto Centenário" para o aniversário de São Paulo, "Dentro da Lua" e "23 de Abril" para o dia de São Jorge e a "Canção doTrabalhador" para o Dia do Trabalhador”. Carlos Galhardo grava juntamente com Dalva de Oliveira e Os Trovadores” a adaptação de Braguinha para a história infantil Branca de Neve e os Sete Anões com canções de Radamés Gnattali. No filme, Carlos Galhardo dubla a voz do príncipe. Carlos Galhardo passa um ano apresentando-se em Portugal. A Revista do Disco lhe deu o slogan "Rei do Disco". Carlos Galhardo também ficou conhecido como "O Rei da Valsa", título dado pelo apresentador Blota Jr. e "O Cantor que Dispensa Adjetivos". Daí pra frente, Carlos Galhardo começou a se apresentar por todo o Brasil, inclusive através da televisão. Carlos Galhardo enfrentou o mesmo problema que outros cantores de rádio da época, a substituição gradual do rádio pela televisão como principal meio de comunicação, o declínio das boates e as investidas da ditadura militar contra artistas considerados comunistas. Neste período, Carlos Galhardo lutou pelo direito dos intérpretes, defendendo leis que garantissem os direitos destes no que dizia respeito à venda de discos.  Carlos Galhardo fez a sua última apresentação no espetáculo “Allah-lá-ô” de Ricardo Cravo Albin, dedicado ao compositor Antônio Nássara, realizado na “Sala Funarte - Sidney Miller”. No total, Galhardo gravou trezentos e três discos de 78 RPM, totalizando seiscentas e seis músicas. É, portanto, o segundo cantor mais gravado do Brasil, atrás apenas de Francisco Alves. Ambos ocupam, na mesma ordem, o topo de outro ranking: o de cantores que mais gravaram músicas de carnaval.  Além da música, Galhardo se dedicava ao turfe, tendo sido dono de diversos cavalos vencedores. Carlos Galhardo era torcedor do América Futebol Clube”. Ao lado de Francisco Alves, Orlando Silva, Vicente Celestino e Sílvio Caldas, formou o quadro dos grandes cantores da era do rádio. Carlos Galhardo participou do filme “Banana da Terra”, das peças “Chuva de Estrelas” e “Garçom” e foi apresentador do programa de TV, “Cantinho da Saudade” na TV Continental. Carlos Galhardo teve um primeiro relacionamento quando teve um filho. Carlos Galhardo namorou a cantora Neide Fraga. Carlos Galhardo era casado com Eulália Salomon Guagliardi com quem teve três filhos, Carla Maria, Sandra Maria e Eduardo César. Carlos Galhardo morreu de causas desconhecidas.

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