Celeste Aída Cruz
(Rio de Janeiro/RJ, 01 de setembro de 1915)
(Rio de Janeiro/RJ, 11 de junho de 1984).
Celeste Aída foi uma radialista, dançarina, cantora, diretora, produtora e atriz brasileira com atuação em rádio, teatro, cinema e TV. Sua mãe era amante da ópera e foi num gênero semelhante, o da opereta, que Celeste Aída estreou na peça “Algemas Quebradas” ao lado de Grande Otelo, Índia do Brasil, Pérola Negra e Apolo Corrêa. Por sua performance foi chamada de “A Flor da Companhia” por Mário Nunes, crítico do jornal “O Globo”. Em seguida, Celeste foi convidada por Álvaro Pinto a participar da revista “Camisa Amarela” no Recreio. Ela executava o principal quadro, o samba de Ary Barroso, que dava nome ao espetáculo. Novamente Celeste foi a figura mais destacada de um elenco com nomes consagrados, Oscarito, Eva Todor, Margot Louro e Pedro Dias. Após a temporada no Recreio, Celeste alcançou o status de vedete. Celeste Aída fez sua primeira excursão artística, uma turnê pelos Estados Unidos. Na época, chegou a ser confundida com Carmen Miranda, que ainda não era muito conhecida dos americanos. Celeste Aída era muito amiga da atriz Zaquia Jorge. Celeste Aída foi casada com o ator Colé Santana. Celeste e Colé Santana assinaram com a companhia de Geysa Bôscoli, atuando em mais de uma dezena de espetáculos e participando de uma bem-sucedida turnê pela Argentina. “Brotinhos e Tubarões”, “Olha a Boa!”, “Bonde do Catete”, “Rabo de Peixe” e “Boca de Siri” são alguns espetáculos dessa fase. Celeste Aída pediu o desquite (divórcio) a Colé Santana, pois já era notícia em todo o país o romance extraconjugal dele com Nélia Paula, amiga de Celeste. Celeste estava em um bom ano de trabalho, mas teve que amputar uma perna em decorrência de uma gangrena causada por diabetes que atriz não sabia possuir. Desde então, Celeste Aída passou a residir no “Retiro dos Artistas” até o seu falecimento. Novamente por problemas de saúde, foi-lhe amputada a outra perna. Por sua luta e vontade de viver, recebeu o título de artista símbolo do “Ano Internacional do Deficiente Físico”. Celeste Aída voltou às manchetes dando uma longa entrevista para “O Globo”, com o título “Sem Amor, Sem Pernas e Sem Dinheiro”. Na reportagem só pedia que lhe concedessem um nova oportunidade para voltar aos palcos. Poucos meses antes de sua morte, a Rede Globo apresentou um programa sobre sua vida, o “Caso Verdade”, “Amar a Vida” com direção de Milton Gonçalves, toda a carreira da atriz era narrada e interpretada por outros atores, entremeando depoimentos de colegas, como Renata Fronzi, Dercy Gonçalves e o crítico Jota Efegê. Celeste Aída foi encontrada morta em sua residência no "Retiro". O motivo da morte teria sido complicações pela diabetes.