Fernando Abílio de Faro dos Santos
(Aracajú/SE, 27 de junho de 1927)
(São Paulo/SP, 25 de abril de 2016).
Fernando Faro foi um jornalista, produtor musical e diretor de televisão com atuação em jornal, rádio e TV. Fernando era neto de dono de engenho. Quando criança, Fernando perdeu o pai, Abílio da Costa Santos. Abílio, mesmo já estando casado, gostava muito de jogar futebol. E foi numa partida de futebol, na cidade de Laranjeiras (para onde a família havia se mudado), que houve um grande acidente. Abílio chocou-se com outro jogador de tal jeito, que morreu horas depois. A mãe de Fernando Faro, dona Maria do Carmo, colocou luto e nunca mais tirou, em toda a sua vida. A família se mudou para Salvador (BA). Mais tarde, Faro se mudou para São Paulo para cursar a “Faculdade de Direito do Largo São Francisco” da “Universidade de São Paulo - USP”. Faro abandonou o curso no terceiro ano para trabalhar como jornalista. Já estava trabalhando no jornal “A Noite” e no “Jornal de São Paulo”. Daí foi para a “Rádio Cultura”. Fernando Faro gostava mesmo de escrever e nessa função que foi para a TV Paulista. Fernando Faro estreou na TV Paulista, onde foi diretor, escreveu teleteatros e produziu shows e programas de TV para artistas como Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Elis Regina e Gal Costa. Seu maior sucesso foi o programa “Ensaio” na TV Cultura de São Paulo. O programa possuía um formato único no qual apenas o entrevistado aparecia, mesclando respostas a perguntas do entrevistador (as quais não eram ouvidas e feitas pelo próprio Faro) e performances. Além de “Ensaio”, Faro idealizou programas como “Móbile”, “Hora da Bossa”, “TV de Vanguarda” e “Divino Maravilhoso” em suas passagens por emissoras como TV Tupi, TV Excelsior, Rede Globo, Rede Bandeirantes e TV Record. Faro foi diretor do auditório do “Memorial da América Latina” quando foi criada a entidade e também do “Museu da Imagem e do Som - MIS”, de São Paulo, Para comemorar os oitenta anos de Faro, a “Fundação Padre Anchieta” lançou sua biografia, "Baixo - Fernando Faro", cujo título é uma referência ao termo que ele usava para chamar qualquer um à sua volta: "Ô, BAIXO!" e também ao apelido que lhe foi dado por Cassiano Gabus Mendes pela sua altura que era um metro e sessenta e cinco centimetros e também pela fala tranquila. Fernando Faro foi casado com Yara. Apaixonaram-se à primeira vista e ficaram casados durante cinquenta anos. Fernando Faro morreu, após ficar internado por três meses, vítima de uma infecção pulmonar.