Dora Freitas Lopes
(Rio de Janeiro/RJ, 06 de novembro de 1922)
(São Paulo/SP, 24 de dezembro de 1983).
Dora Lopes foi uma cantora e compositora brasileira com atuação em música, rádio, teatro, cinema e TV. Dora Lopes era conhecida como “A Loira Atômica” Dora Lopes começou a carreira escondida da família que não permitia que ela fosse cantora. Dora era balconista em uma casa de modas no Rio de Janeiro e na hora do lanche fugia para participar dos shows de calouros. Foi numa dessas fugidinhas que ela foi para o show de calouros de Ary Barroso, com o nome falso de Silvinha Barreto para não ser reconhecida pela família. Após cantar "Da Cor do Pecado", Silvinha Barreto recebeu nota cinco de Ary Barroso, o que a deixou muito emocionada. Mas isso não foi tudo, pois o “Rei da Voz”, Francisco Alves chegou com um buquê de rosas para presenteá-la, dizendo que tinha gostado muito da apresentação. Dora Lopes começou a se apresentar em casas noturnas e se profissionalizou. Não demorou muito e a cantora resolveu se lançar no mundo. Dora Lopes viajou e cantou em vários países. Dora esteve na França, na Suíça, na Itália, na Venezuela, no México, nos Estados Unidos. No Brasil conviveu com cantoras e artistas muito importantes, como Dolores Duran, Syilvinha Telles, Dalva de Oliveira, Pixinguinha, Ataulfo Alves, Ary Barroso e outros. Dora Lopes ganhou o “Prêmio Chico Viola” como compositora com a música “Samba da Madrugada”. Em seguida, Dora Lopes lançou o LP “Enciclopédia da Gíria” com várias composições suas como “Dicionário da Gíria”, “Nega Odete”, “Baiúca do Leleco”, “Galã Continental”. Dora Lopes gravou “Minhas Músicas e Eu”, ”Madrugada Nota Zero”, “Com Dolores no Céu”, “Se Eu Morrer Amanhã Está Tudo Certo” e “Tomando Mais Uma”. A vida inteira Dora Lopes conviveu nas rodas de boemia de Copacabana. Dora Lopes foi uma das primeiras cantoras assumidamente homossexuais do Brasil. Dora Lopes teve uma filha. São desconhecidas as causas que levaram a cantora Dora Lopes à morte.