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NÉLSON GONÇALVES (78 anos)

ID: h1090 Categoria: Cantores/Músicos Date : Thursday 26th November 2020 10:00:00 pm Tipo : Image / Photo

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Resenha

Antônio Gonçalves Sobral                     

 

(Santana do Livramento/RS, 21 de junho de 1919)         

(Rio de Janeiro/RJ, 18 de abril de 1998).

 

Nélson Gonçalves foi um cantor e compositor brasileiro. Descendente de portugueses, Nélson Gonçalves é o segundo cantor brasileiro com mais discos vendidos. São setenta e oito milhões de cópias, ficando atrás apenas de Roberto Carlos, com mais de cento e vinte milhões. O maior sucesso de Nélson Gonçalves foi a canção "A Volta do Boêmio".  Nélson nasceu e passou parte da infância no interior do Rio Grande do Sul. Aos sete anos se mudou com seus pais para São Paulo. Estavam em busca de melhores condições de vida e foram viver em uma casa alugada no bairro do Brás. Nesta época, Nélson Gonçalves passou a ajudar seu pai no sustento do lar, quando era levado por ele para praças e feiras, onde, enquanto seu pai tocava violino, Nélson cantava, agradando os transeuntes e ganhando gorjetas. Para sustentar a família, seu pai vendia frutas na feira e fazia serviços de pedreiro.  A família era muito humilde e por isto, Nélson teve que abandonar os estudos no início da adolescência para ajudar, de fato, o pai a sustentar o lar. Nélson Gonçalves trabalhou como jornaleiro, mecânico, engraxate, polidor e tamanqueiro. Querendo ganhar mais dinheiro e seguir uma profissão, Nélson se inscreveu em concursos de luta e venceu, se tornando lutador de boxe na categoria peso-médio, recebendo, aos dezesseis anos de idade, o título de campeão paulista de luta. Após o prêmio, só ficou mais um ano lutando, pois queria investir em seu sonho de infância. Ser artista.  Mesmo com o apelido de "Metralha", por causa da gagueira, Nélson tomou coragem e não se deixou levar pelos preconceitos e decidiu ser cantor, após deixar os ringues. Em uma de suas primeiras bandas, teve como baterista Joaquim Silva Torres. Nélson Gonçalves foi reprovado duas vezes no programa de calouros de Aurélio Campos. Finalmente foi admitido na rádio “PRA-5”, mas dispensado logo depois, passando a trabalhar como pedreiro. Nessa época, aos vinte anos, Nélson Gonçalves se casou com a noiva, Elvira Molla, paulistana de família de operários, descendente de italianos. Com Elvira teve um casal de filhos, Marilene Molla Gonçalves e Nélson Antônio Molla Gonçalves. Nélson Gonçalves ficou desempregado após o nascimento dos filhos e após alguns dias procurando, começou a trabalhar como garçom no bar de seu único irmão. Em busca de uma vida melhor, Nélson partiu com a esposa e os filhos para o Rio de Janeiro, onde trilhou mais uma vez o caminho dos programas de calouros, se apresentando em diversas emissoras. Nélson Gonçalves foi reprovado novamente na maioria deles, inclusive no de Ary Barroso, que o aconselhou a desistir. Mesmo muito desolado, Nélson não desistiria fácil do seu sonho de ser cantor. Nélson voltou a trabalhar como garçom em bares do Rio para sustentar a casa. Para ajudar nas despesas da família, que vivia no subúrbio carioca, sua esposa começou a trabalhar em casa como costureira. Nas horas vagas, Nélson começou a cantar por conta própria em bares, conseguindo gorjetas. Nélson voltou a tentar se apresentar em programas de calouro, sendo enfim aprovado.  Nélson Gonçalves foi chamado para gravar um disco de 78 rotações, que foi bem recebido pelo público. Passou a crooner do “Cassino Copacabana” (do “Hotel Copacabana Palace”) e assinou contrato com a “Rádio Mayrink Veiga”, iniciando uma carreira de ídolo do rádio, da escola dos grandes, discípulo de  Orlando Silva Francisco Alves. Alguns de seus grandes sucessos foram Maria Bethânia”, Normalista”,Caminhemos”, Renúncia”, “Última Seresta”, Meu Vício é Você“ e a emblemática A Volta do Boêmio” Seu casamento com Elvira estava abalado, por muitas brigas conjugais por conta dos ciúmes de Elvira devido às traições de Nélson. Em uma turnê por Minas Gerais, Nélson conheceu Maria, uma fã, que se declarou apaixonada por ele. Não resistindo à jovem, os dois passaram a ter um romance, e Nélson sempre ia visitá-la no interior de Minas. A moça engravidou, mas não revelou a Nélson, por medo de a família saber que ela se envolveu com um homem casado, pois Maria sabia que Nélson jamais largaria a esposa para ficar com ela. Ele até poderia assumir o bebê, mas a família de Maria não aceitaria vê-la sendo mãe solteira. Assim, a jovem terminou o relacionamento e Nélson ficou sem entender por quê. Ela se casou rapidamente com um homem mais velho, amigo de seu pai, que assumiu a criança, para preservar a honra da jovem. Nélson, então, já não mais feliz no casamento com Elvira, entrou com o pedido de divórcio, que foi dado pela esposa. Nélson conheceu a filha que teve com a amante, Maria, mas esta já havia falecido. Após exame de DNA, se comprovou que Lílian realmente era sua filha. Sendo assim, ele aceitou feliz essa nova filha, que conheceu seus meio-irmãos, sendo bem aceita por eles. Além de shows em todo o Brasil, Nélson chegou a se apresentar em países como Uruguai, Argentina e Estados Unidos, no “Radio City Music Hall”. Logo após seu divórcio, conheceu Lourdinha Bittencourt, substituta de Dalva de Oliveira no “Trio de Ouro”. Os dois se apaixonaram e, após alguns anos de namoro se casaram. O casal passou os primeiros anos em lua-de-mel viajando pelo mundo. Lourdinha era uma jovem extremamente vaidosa e apesar de ser apenas quatro anos mais nova que o marido, se considerava jovem demais para ter filhos e optou por não tê-los, apesar da insistência do marido, que queria ser pai novamente. Apesar da felicidade no início do casamento, com os anos a união foi se deteriorando e o casamento durou até quando Lourdinha pediu o divórcio, devido às traições de Nélson. Após relacionamentos sem compromisso, Nélson conheceu a empregada doméstica Maria Luiza da Silva, durante seu show. Ela era sua fã e foi pedir-lhe um autógrafo no camarim. Logo, ambos começaram a namorar. Após um ano de namoro, noivaram e se casaram. O casal teve dois filhos, Ricardo da Silva Gonçalves e Maria das Graças da Silva Gonçalves. Em homenagem à filha, sua caçula tem seu apelido (gogó gugu) no refrão da música “Até 2001”. Em pouco mais de três anos, o casamento passou por grandes tribulações, quando Nélson entrou em depressão, tentando o suicídio e pensando em desistir da carreira. Ele se tornou alcoólatra e usuário de cocaína, tendo tido uma overdose que quase o matou. Nélson usou drogas por mais de vinte anos, mas sua esposa se manteve ao seu lado até o fim e sempre lutou contra o vício de Nélson, que, apesar disso, foi preso em flagrante por porte de drogas e passou um mês na “Casa de Detenção”, o que lhe trouxe problemas pessoais e profissionais. Por todo esse tempo sua esposa o visitou no presídio e juntava as economias que pagavam seu tratamento e seu advogado. Após sair da cadeia, Nélson iniciou trabalho psicoterápico e psiquiátrico, fazendo tratamento de desintoxicação, diminuindo aos poucos o uso de drogas, voltou a cantar e lançou o disco “A Volta do Boêmio nº 1”, um grande sucesso. Nélson conseguiu abandonar de vez seu vício, sempre com o apoio da mulher e dos filhos. Totalmente recuperado, Nélson retomou a carreira, cada vez mais bem sucedida. Mesmo com tantos problemas pessoais, Nélson continuou gravando regularmente, reafirmado a posição entre os recordistas nacionais de vendas de discos. Além dos eternos antigos sucessos, Nélson Gonçalves sempre se manteve atento a novos compositores, e chegou a gravar canções de Ângela Rô Rô (“Simples Carinho”), “Kid Abelha” (“Nada Por Mim”), “Legião Urbana” (“Ainda É Cedo”) e Lulu Santos (“Como Uma Onda”). Nélson gravou "A Deusa do Amor", que está no álbum Nós”, em parceria com Lobão, tocando com ele essa música no Globo de Ouro”. Ganhador de um prêmio “Nipper” da “RCA”, dado aos que permanecem muito tempo na gravadora, sendo somente Elvis Presley o outro agraciado. Durante sua carreira, Nélson Gonçalves gravou mais de duas mil canções, cento e oitenta e três discos em 78 rpm, cento e vinte e oito álbuns, vendeu cerca de setenta e cinco milhões de discos, ganhou trinta e oito discos de ouro e vinte de platina. Nélson Gonçalves teve um romance com a cantora Vera Alves Guimarães “Betty White'” com Maria Gonçalves, uma filha, Lílian e com a atriz Bibi Ferreira. Namorou com a atriz Nancy Montez e foi casado com Elvira Molla, dois filhos, Marilene e Nélson Antônio, com a cantora Lourdinha Bittencourt, quatro filhos, Margareth, Ricardo (adotivo), Maria das Graças (adotivo) e mais um e com Maria Luiza da Silva. Margareth é filha natural do cantor com outra mulher, mas que Lourdinha adotou como sua. Betty White se envolveu em incidente doméstico ao derramar álcool sobre o próprio corpo e atear fogo, numa tentativa de suicídio por causa do fim do relacionamento com o cantor, falecendo quatro dias depois. A vida de Nélson Gonçalves teve sua biografia dramatizada no musical Metralha” e no documentário Nélson Gonçalves”, contando a sua trajetória, com direção de Elizeu Ewald e protagonizado por Alexandre Borges e Júlia Lemmertz e tendo a sua filha Margareth Gonçalves como produtora executiva. Nélson Gonçalves morreu em decorrência de um infarto agudo do miocárdio, no apartamento de sua filha Marilene, enquanto a visitava.

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