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DOMINGUINHOS (71 anos)

ID: h1080 Categoria: Cantores/Músicos Date : Tuesday 24th November 2020 10:00:00 pm Tipo : Image / Photo

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Resenha

José Domingos de Moraes            

 

(Garanhuns/PE, 12 de fevereiro de 1942)          

(São Paulo/SP, 23 de julho de 2013).

 

Dominguinhos foi um instrumentista, cantor e compositor brasileiro. Dominguinhos teve como mestres nomes como Luiz Gonzaga e Orlando Silveira. Em sua formação musical, Dominguinhos teve influências de baião, bossa nova, choro, forró, xote e jazz. Dominguinhos nasceu no agreste pernambucano, oriundo de uma família humilde e numerosa, eram ao todo dezesseis irmãos. O pai, "mestre Chicão", era um conhecido sanfoneiro e afinador de sanfonas e sua mãe era conhecida como "dona Mariinha", ambos alagoanos.  Desde menino, Dominguinhos já se interessava por música, por influência do pai, que lhe deu de presente uma sanfona de oito baixos. Aos seis anos de idade, Dominguinhos aprendeu a tocar o instrumento e começou a se apresentar em feiras livres e portas de hotéis em troca de algum dinheiro, junto com dois de seus irmãos, Moraes e Valdomiro, formando o trio Os Três Pinguins". No início da formação, Dominguinhos tocava triângulo e pandeiro, passando depois a tocar sanfona. Dominguinhos praticava o instrumento por horas a fio e se tornou um exímio sanfoneiro, passando a ser conhecido em Garanhuns como "Neném do Acordeon". Dominguinhos conheceu Luiz Gonzaga quando tocava no hotel em que este estava hospedado, em Garanhuns. O nome do hotel era Tavares Correia” e o trio, que sempre tocava na porta, foi convidado naquele dia a tocar dentro do hotel para Gonzaga e seus acompanhantes. Luiz Gonzaga se impressionou com a desenvoltura do menino e o convidou a ir ao Rio de Janeiro, onde morava. Essa viagem aconteceria anos mais tarde, pois algum tempo depois deste encontro, Dominguinhos foi para Recife estudar. Alguns anos depois, seu pai decidiu ir ao Rio de Janeiro procurar Gonzaga, devido às dificuldades que passavam em Garanhuns. Junto com o pai, foi Dominguinhos então com treze anos de idade, numa viagem de pau de arara que durou onze dias. Foram morar em Nilópolis, onde já estava o seu irmão Moraes. Em pouco tempo foram procurar Luiz Gonzaga, que morava no bairro do Méier, zona norte do Rio de Janeiro. Luiz Gonzaga lhe deu de presente uma sanfona de oitenta baixos logo neste primeiro encontro. A partir de então, o menino passou a frequentar a casa de Gonzaga, o acompanhando em shows, ensaios e gravações. Nos anos seguintes, o menino que ainda era conhecido como Neném do Acordeon,” passou a participar de programas de rádio e se apresentar em casas noturnas, aprendendo outros estilos de música, como o chorinho, samba e outros estilos da época. Anos mais tarde receberia o nome artístico de Dominguinhos dado pelo próprio Gonzaga em homenagem a Domingos Ambrósio. Foi quando Luiz Gonzaga pegou um acordeom 120 baixos pela primeira vez, das mãos do saudoso Domingos em Juiz de Fora, MG. Dominguinhos integra a primeira formação do grupo de forró Trio Nordestino ao lado de Miudinho e Zito Borborema, que haviam deixado o grupo que acompanhava Gonzaga. Dominguinhos se casa com Janete, sua primeira mulher e com ela teve os filhos Mauro e Madeleine. Depois de deixar o “Trio Nordestino”, Dominguinhos, continuou a se apresentar em programas de rádio e casas noturnas, até gravar seu primeiro disco, o LP Fim de Festa”. Depois de mais dois discos gravados, Dominguinhos volta a integrar o grupo de Gonzaga, viajando pelo nordeste e dividindo as funções de sanfoneiro e motorista. Em uma dessas viagens conhece uma cantora de forró, a pernambucana Anastácia, com quem compôs mais de duzentas canções, inclusive um de seus maiores sucessos, “Eu Só Quero Um Xodó” em uma parceria que durou onze anos. Anastácia revelou que se arrependeu de ter destruído cento e cinquenta fitas cassete com melodias inéditas de Dominguinhos, depois de ter sido abandonada por ele. A sua integração ao grupo de Luiz Gonzaga fez com que ganhasse reputação como músico e arranjador, se aproximando de artistas consagrados dos movimentos bossa nova e MPB. Dominguinhos fez trabalhos junto a músicos de renome, como Nara Leão, Gilberto Gil, Gal Costa, Maria Bethânia, Elba Ramalho, Chico Buarque, Toquinho e Roberto Carlos. Dominguinhos acabou por se consolidar em uma carreira musical própria, englobando gêneros musicais diversos como bossa nova, jazz e pop.  Dominguinhos conheceu a também cantora Guadalupe Mendonça, com quem se casou. Com ela, Dominguinhos teve uma filha, a cantora Liv Moraes. Dominguinhos foi vencedor do Grammy Latino com o CD "Chegando de Mansinho". Dominguinhos foi agraciado no "Prêmio TIM" na categoria "Melhor Cantor Regional" no álbum "Conterrâneos".  Dominguinhos foi o grande homenageado do "Prêmio TIM de Música Brasileira". Dominguinhos foi o vencedor do  Prêmio Shell de Música”. Dominguinhos foi novamente agraciado com um "Grammy Latino como Melhor Álbum de Raiz Brasileiro” com Iluminado. Em decorrência de um tratamento contra um câncer de pulmão, que já durava seis anos, Dominguinhos teve problemas relacionados a arritmia cardíaca e infecção respiratória e foi internado em Recife. Um mês depois foi transferido para São Paulo. No decorrer dos meses seguintes seu quadro se agravou, tendo sofrido várias paradas cardíacas. Seu filho Mauro declarou à imprensa que o cantor não deveria mais retornar do coma em que se encontrava, informação não confirmada pelos médicos, que, segundo os boletins divulgados, afirmavam que Dominguinhos estava minimamente consciente e apresentava leve quadro de melhora. Dominguinhos deixou a UTI, mas ainda permaneceu internado, com quadro considerado estável. Com um novo agravamento no seu quadro, voltou para a UTI e morreu após sofrer complicações infecciosas e cardíacas. Devido a uma disputa judicial entre seus familiares, quanto ao local do sepultamento, o corpo de Dominguinhos teve dois sepultamentos. O primeiro em Recife. Dois meses depois, seu corpo foi transferido para Garanhuns, onde houve um novo sepultamento. O desejo de Dominguinhos era ser sepultado na sua terra natal.

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