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CLÁUDIA TELLES (62 anos)

ID: m1062 Categoria: Cantoras/Músicas Date : Sunday 22nd November 2020 10:00:00 pm Tipo : Image / Photo

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Resenha

Cláudia Telles de Mello Mattos                      

 

(Rio de Janeiro/RJ, 26 de agosto de 1957)        

(Rio de Janeiro/RJ, 21 de fevereiro de 2020).

 

Cláudia Telles foi uma cantora, compositora e instrumentista brasileira, de ascendência portuguesa e francesa, intérprete de canções românticas, dentre elas as mais tocadas foram "Fim de Tarde" e "Eu Preciso Te Esquecer". Filha do violonista, compositor e advogado Candinho e de uma das precursoras da "Bossa Nova", a cantora Sylvinha Telles, Cláudia Telles, ainda menina, foi convidada pela mãe para subir ao palco do “Teatro Santa Rosa”, no Rio, no último show da temporada do espetáculo "Reencontro", que reuniu Sylvinha Telles, Edu Lobo, “Trio Tamba” e “Quinteto Villa-Lobos” para cantar "Arrastão" (de Edu Lobo e Vinícius de Moraes). Cláudia ficou órfã de mãe aos nove anos, tendo sido criada por seus avós maternos e pouco contato com o pai. Aos dezesseis anos, após ter perdido os avós, Cláudia foi viver sozinha no apartamento que era de sua mãe, em Copacabana. Nesta época trabalhava em musicais no teatro. Cláudia iniciou a carreira fazendo coro para artistas famosos em suas gravações, entre eles The Fevers, Roberto Carlos, José Augusto, Gilberto Gil, Jerry Adriani, Jorge Ben, Belchior, Simone, Rita Lee, Fafá de Belém, entre vários outros. Sua chance de brilhar veio, entretanto, quando a amiga, Regina do “Trio Esperança”, precisou se afastar do grupo por causa da gravidez, Cláudia a substituiu em gravações e shows, ganhando experiência com o público. Daí para frente ela se dedicaria completamente à arte musical. Além das gravações em estúdio, Cláudia foi crooner do conjunto de Chiquinho do Acordeon, um dos mais conceituados da época, durante um ano. Saiu quando Walter D'Ávila Filho, ao escutar uma música nova de seu parceiro e também produtor na época da “CBS” (hoje Sony Music”) Mauro Motta, se lembrou dela e de sua voz - um pouco parecida com a da mãe, mas com um timbre metálico, diferente das vozes que havia no mercado e lhe deu, a título de experiência, a tal música para gravar. O sucesso foi estrondoso. A música logo passou aos primeiros lugares das paradas. Todos queriam saber de quem era aquela voz suave e vieram os diversos convites para programas de televisão. O público jovem se identificou imediatamente com a menina de cabelos escorridos, tímida, que lhes derramava versos de amor. "Fim de Tarde" foi tema do casal de personagens (Milena) de Aracy Balabanian e (Fábio) de Walmor Chagas na novela ”Locomotivas” de Cassiano Gabus Mendes com direção de Régis Cardoso na TV Globo e um dos grandes sucessos daquele ano.  Agora menina-mulher, amadurecida pelo tempo e pelas circunstâncias, conhecia a fama. Mais de quinhentas mil cópias do compacto simples foram vendidas o que lhe valeu o primeiro disco de ouro da carreira, oportunidades para excursionar e também para gravar a música em inglês e espanhol. Aos dezenove anos, Cláudia se projetava nos mesmos caminhos antes trilhados com incomparável êxito pela mãe. Passou então a ser requisitada para shows, cantando do samba ao bolero. Mas sua paixão era a “Bossa Nova”, chegando a ser considerada a mais perfeita intérprete de "Dindi", uma das muitas músicas que havia feito de sua mãe uma celebridade e unanimidade nacional, ultrapassando as fronteiras do Brasil. No seu primeiro LP, Cláudia regrava “Dindi” de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira, grande sucesso na voz de sua mãe. Cláudia faz mais dois grandes sucessos, “Eu Preciso Te Esquecer” e “Aprenda a Amar”. Cláudia nunca escondeu de ninguém o prazer que sentiu ao gravar "Dindi”. Ela sentia como se estivesse fazendo uma homenagem à mãe. A homenagem foi além, veio em forma de batalha. A mesma batalha empreendida por Sylvinha para mostrar o que queria e do que era capaz, apenas com uma diferença, a dura comparação do seu trabalho com o da mãe, a eterna luta para provar que chegou onde quis sem nunca contar apenas com o fato de ser mais uma filha da mãe famosa. Quatro anos após o sucesso de "Fim de Tarde", em entrevista à revista O Cruzeiro”, Cláudia Telles contou do seu desejo de resgatar à memória os sucessos da Bossa Nova. Seria um tributo a sua mãe e ao maior movimento da história da música brasileira. Cláudia entrou em contato com sua gravadora e discutiram esta possibilidade. A ideia, entretanto, nunca saiu da gaveta, deixando seu sonho adormecido por algum tempo. Cláudia Telles namorou o cantor Mário Corrêa e o apresentador Wagner Montes. Cláudia Telles foi casada  e teve três filhos, João, Leonardo e Bruno. Separada conheceu o fotógrafo Amadeu Bocatios Jr. com quem estava casada. Cláudia Telles sofria de insuficiência cardíaca e disfunção da válvula aórtica. Estava internada há mais de um mês para tratamento de uma endocardite quando teve uma parada cardíaca e morreu.

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