Carlos Roberto de Oliveira
(Nova Iguaçu/RJ, 14 de fevereiro de 1946)
(Magé/RJ, 25 de abril de 2012).
Dicró foi um humorista, cantor e compositor brasileiro de sambas satíricos. Ao lado de Moreira da Silva, Osmar do Breque, Germano Mathias e Bezerra da Silva é considerado um dos principais sambistas da linha. Seu grande amigo Jovelino conhecido como Jovem foi o primeiro a ouvir sua música humorística. Entre suas letras bem-humoradas, se destacam aquelas em que ele falava mal da própria sogra. Filho de mãe de santo, Dicró cresceu na favela do bairro de Jacutinga, na cidade de Mesquita. Desde cedo frequentava as rodas de samba organizadas por sua mãe em seu próprio terreiro. Eventualmente se tornou compositor, integrando a ala das escolas de samba “Beija-Flor” em Nilópolis e “Grande Rio” em Duque de Caxias. É dessa época o surgimento do apelido Dicró. De acordo com o poeta Sérgio Fonseca, os sambas da autoria de Carlos Roberto eram impressos com as iniciais de seu nome, "CRO". Com o tempo, a pronúncia e os erros tipográficos, o "De CRO" mudou para "Di CRO", para no fim se tornar DICRÓ. Dicró estreou como dramaturgo com o texto "O Dia em Que Eu Morri". Durante o governo de Anthony Garotinho no Rio de Janeiro, Dicró foi um dos principais incentivadores da criação do “Piscinão de Ramos”. Dicró compôs diversas músicas para o projeto, passando a ser considerado "Prefeito do Piscinão". Dicró manteve um trailer no local, que se tornou ponto de encontro de sambistas e grupos de pagode. Dicró assinou contrato com a Rede Globo para apresentar um quadro no programa “Fantástico”, antes, todavia, já tinha sido personagem no humorístico “Escolinha do Professor Raimundo” comandado por Chico Anysio. Portador de diabetes, Dicró passou a enfrentar sérios problemas de saúde. Um dia, voltando para casa após uma sessão de hemodiálise, Dicró se sentiu mal e acabou internado. Dicró morreu poucas horas depois, em decorrência de um infarto.