Dalmo Pessoa de Almeida
(Bauru/SP, 1942)
(São Paulo/SP, 06 de outubro de 2020).
Dalmo Pessoa foi um jornalista e cronista esportivo brasileiro, considerado um dos maiores nomes do jornalismo esportivo, tendo marcado época quando participava do programa “Mesa Redonda” na TV Gazeta. Dalmo era natural de Bauru. Não por acaso, sua primeira paixão foi o “Noroeste”, embora o “Palmeiras” tenha preenchido seu coração desde a adolescência. Dalmo se tornou famoso por sua atuação no jornalismo esportivo escrito, falado e televisado, com passagens por vários veículos da imprensa da cidade de São Paulo. Na rádio, passou pelas "Rádio Tupi", "Rádio Bandeirantes" e "Rádio Record". Vale destacar que no rádio sua melhor fase foi fazendo dupla com o narrador Fiori Gigliotti, na “Rádio Bandeirantes”. Na TV, atuou na Rede Vida e Rede Gazeta, além de jornais como “Notícias Populares” e “A Gazeta Esportiva”. Foi, porém, na TV Gazeta que Dalmo Pessoa se consagrou, ao participar do “Mesa Redonda”, resenha esportiva dominical que reunia nomes como Roberto Avallone, Fernando Solera e Chico Lang, entre outros. Dalmo Pessoa cobriu sete “Copas do Mundo”. Dalmo tinha um estilo próprio, direto, irônico, com termos que achava e aplicava nos comentários como “justiça de fancaria”, “parti pris” e as “raposas felpudas”, suas fontes. Sua história de vida tem personagens de todo tipo. Dois se destacam. Na adolescência, em Bauru, jogou futebol com o Édson, que depois virou Pelé. Quando trabalhava na “Gazeta Esportiva” ficou sabendo que um colega, de esquerda, seria preso pelo regime militar. Ele ficou de plantão na rua até avisar o colega Rui que ele precisava fugir. O colega era o Rui Falcão, que foi presidente do “PT”. Dalmo Pessoa, magoado com algumas situações, se demitiu da Gazeta, abandonou o jornalismo esportivo e atuou, por uma década, como diretor comercial do “Hospital Igesp” e diretor administrativo do plano de saúde “Trasmontano”. Dalmo chegou a se eleger vereador, para dois mandatos, por São Paulo pelo “PMDB”. Dalmo Pessoa deixou esposa, filhos e netos. Dalmo Pessoa morreu de pneumonia.