Eleonor Bruno Xavier
(Niterói/RJ, 06 de outubro de 1913)
(Rio de Janeiro/RJ, 24 de dezembro de 2004).
Eleonor Bruno foi uma atriz e cantora brasileira. Eleonor fez uma sólida carreira no teatro, no cinema e na televisão. Filha de pais imigrantes italianos, Eleonor é mãe da famosa atriz Nicette Bruno, fruto de seu casamento com Sinésio Campos Xavier e avó das atrizes Bárbara Bruno, Beth Goulart e do ator e coreógrafo Paulo Goulart Filho. Eleonor Bruno começou a carreira cantando em espetáculos amadores e beneficentes, muitos deles dentro do “Cassino Copacabana Palace” e chegou a cantar árias como ”La Bohème” também no “Cassino Copacabana Palace”. Eleonor Bruno trabalhou nos filmes “Dona Violante Miranda”, “A Marcha” e “O Menino Arco-Íris”. Em teatro, pela ordem, Eleonor Bruno fez as peças “Copacabana Royalle”, “Sinuca”, “Meu Bijou”, “La Bohéme”, “Já é Manhã no Mar”, “Amada Amante”, “Dorotéia”, “Week-End”, “A Hora Proibida”, “Dona Rosita: a Solteira”, “Aquele Amor”, “Aumenta o Volume”, “Próxima Quadra”, “Prisioneiro da Quinta Avenida”, “Violeta”, “Efeitos dos Raios Gama nas Margaridas do Campo”, “O Diário de Anne Frank”, “Marfim”, “Trair e Coçar é Só Começar” e “Meia Volta”. Na TV, Eleonor Bruno fez diversos “Grande Teatro Tupi”, diversos “TV de Vanguarda” e as novelas “Beto Rockfeller”, “João Juca Jr.”, “A Gordinha”, “Toninho on the Rocks”, “O Preço de Um Homem”, “Bel Amy”, “Uma Rosa Com Amor”, “As Divinas... e Maravilhosas”, “A Volta de Beto Rockfeller”, “Um Dia, o Amor” e “Papai Coração”. Eleonor (conhecida como Nonoca pelos íntimos) conheceu Nélson Rodrigues quando levou Nicette, então com treze anos, para o “Teatro Phoenix”, no Rio. A filha estreava como atriz e Eleonor ia levá-la ao teatro e ficar de olho nela. Mal sabia que era ela quem seria alvo do olhar do próprio Nélson. Eleonor e Nélson tiveram um romance que durou dois anos. Para ela, Nélson escreveu a peça “Doroteia”, que estreou no mesmo “Teatro Phoenix”. Como Nélson era casado, o romance entre os dois minguou. Na biografia do dramaturgo, Ruy Castro descreve Eleonor Bruno como "um bijou, um biscuit: pequenina, cabelos castanhos claros, cheinha de corpo, tímida e - o que deve ter tocado uma nota plangente nos músculos cardíacos de Nélson - soprano lírico". Beth Goulart interpretou a peça “Doroteia Minha”, baseada nas cartas de amor trocadas entre sua avó e Nélson Rodrigues . Sua bisneta Vanessa Goulart a interpretou na minissérie “Dercy de Verdade”. Eleonor Bruno sofria do "Mal de Alzheimer" e morreu, depois de quase um mês internada, de insuficiência respiratória.