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RENATO MURCE (86 anos)

ID: h957 Categoria: Locutores Date : Thursday 15th October 2020 9:00:00 pm Tipo : Image / Photo

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Resenha

Renato Floriano Murce                    

 

(Rio de Janeiro/RJ, 07 de fevereiro de 1900)         

(Rio de Janeiro/RJ, 26 de janeiro de 1987).

 

Renato Murce foi um ator, roteirista, cantor, produtor, diretor, escritor, autor, locutor, apresentador e radialista brasileiro com atuação em rádio, cinema, teatro e TV. Diretamente do Morro do Pão de Açúcar foi proferido discurso pelo presidente da república Epitácio Pessoa e que foi ouvido no pavilhão central na “Esplanada do Castelo”, durante as comemorações do “I Centenário da Independência” do Brasil. Roquette Pinto escutando emocionado a primeira transmissão radiofônica, ficou apaixonado pela invenção e resolveu montá-lo com toda a sua coragem. Renato Murce foi um dos que angariaram sócios contribuintes para manter a “Rádio Clube, depois “Rádio Sociedade, que sobreviviam com doações e associados. Murce era muito ligado aos movimentos líricos do Brasil, tendo estudado com a professora italiana Climene Baroni. Foi Murce quem organizou o primeiro programa folclórico no rádio do país. Seus companheiros foram Patrício Teixeira, Gastão Formenti, Rogério Guimarães e Mozart Bicalho. Renato Murce formou um conjunto típico regional, “Os Gaturamos”. Murce trabalhou como jornalista em jornais como “A Rua”, “A Notícia”, ”Rio Jornal”, ”O Imparcial” e o “Diário Carioca”. Murce venceu o concurso organizado pelo jornal ”Diário Popular” para eleger o “Príncipe dos Cantores Regionais” do Brasil. Renato Murce se apresentou pela primeira vez no palco das escolas de samba “Mangueira”, “Vai Como Pode”, “Portela” e “Unidos da Tijuca”. Na ocasião teve a presença de Paulo da Portela. Renato Murce cria na “Rádio Nacional” - PRE-8, atual CBN, do Rio de Janeiro o programa “Cenas Escolares”, o personagem central se chamava (Manduca), um garoto problema, que aprontava todo tipo de confusão na sala de aula. Por falarem de forma tão clara e explícita sobre os problemas escolares da época, o programa foi vetado pelo “Departamento de Imprensa e Propaganda - (DIP)” do governo federal do então presidente Getúlio Vargas. Murce não se deu por vencido, fazendo algumas alterações no roteiro e o rebatizando de “Piadas do Manduca”, conseguindo ficar "no ar" por vinte anos. No elenco estavam o próprio Murce como (Dr. Leão), um professor que sabia de tudo, Brandão Filho como (Dr. Fagundes), Castro Barbosa (Seu Ferramenta) e Lauro Borges como (Sr. Alcebíades, um gago) e o herói (Manduca). A radionovela “Em Busca da Felicidade” de Renato Murce, foi a primeira radionovela a ser gravada no Brasil e ficou no ar durante três anos.  Foi a radionovela que conseguiu parar o país, depois vieram o Repórter Esso”, a radionovela “O Direito de Nascer”, adaptado do texto cubano de Félix Caignet. Havia séries tais como “Anjo: o Homem Atômico”, Jerônimo - o Herói do Sertão, ”Presídio de Mulheres” e "Felicidade”. O elenco era composto pelos radioatores Renato Murce, Yara Salles, Dayse Lúcidi, Floriano Faissal, Roberto Faissal, Celso Guimarães, Abigail Maia, Sônia Maria, Nélio Pinheiro, Vida Alves, Lima Duarte, Lolita Rodrigues e Mário Lago, entre outros. Murce foi convidado para dirigir a “Rádio Transmissora” (emissora com vida curta), voltando para a “Rádio Nacional” onde ficou até a sua aposentadoria. O programa de rádio Almas do Sertão” era cheio de poesias, músicas sertanejas, moda de violas, descobrindo Manezinho Araújo, o Rei das Emboladas”, Catuloda Paixão Cearense e muitos poetas e compositores nordestinos como Luiz Vieira e interioranos. O programa ficou no ar por mais de trinta anos, sendo suas gravações distribuídas para as emissoras de rádio do interior do Brasil. A veia humorística de Murce esteve presente na televisão com Papel Carbono” comoPiadas de Manduca” pela TV Rio nos programas de Flávio Cavalcanti e  J. Silvestre . Parte dos programas  exibidos em TV se inspiraram nos tipos e situações criados por Renato Murce. São os casos de programas como Escolinha do Professor Raimundo” da TV Globo ou Escolinha do Goliasda TV Rio e depois do SBT. O programa Papel Carbono” foi inspirado num filme antigo assistido por Murce, que o adaptou para o rádio e que contava com Ary Barroso. Renato acumulava a função de animador e tratava o iniciante com grande respeito, como também encaminhava os vitoriosos na vida artística. Murce chamava os calouros de ilustres desconhecidos. Assim, Renato Murce acabou revelando artistas como Os Cariocas, Dóris Monteiro, Alaíde Costa, Ângela Maria, Ellen de Lima, Claudete Soares, Ivon Curi, Ademilde Fonseca, Baden Powell, Chico Anysio, Agnaldo Rayol, Roberto Carlos, Luiz Vieira, José Vasconcelos, Luiz Gonzaga e César de Alencar, entre outros. Esse sucesso fez com que chamassem Renato Murce de ”Ziegfeld Brasileiro”, o grande descobridor de talentos. Ely Macedo de Souza Murce, nome de Eliana Macedo, atriz do cinema brasileiro. O nome artístico foi uma homenagem a uma amiga que se chamava Ana. Eliana se casou com Murce, causando muitos comentários na época, pela diferença de idade entre os dois e por ela ser a namoradinha do Brasil e a estrela dos musicais da “Atlântida” (as chanchadas) sob a direção do tio dela,  Watson Macedo. Renato Murce apresentou o programa de TV “Show Sem Limite” da TVS, do Rio de Janeiro e fez os filmes Futebol em Família”, “Loucos Por Música”, “Amei Um Bicheiro”, “Doutora é Muito Viva”, “Rio Fantasia”, “Aí Vem a Alegria” e “Três Colegas de Batina”. Murce continuou a trabalhar depois da aposentadoria, quando sofreu um infarto, do qual jamais se recuperou totalmente. Murce apresentou o programa de rádio Ontem, Hoje e Sempre” ao lado da mulher Eliana Macedo com material produzido de arquivo, por muitos anos. Renato Murce lançou o livro ”Bastidores do Rádio - Fragmentos do Rádio de Ontem e de Hoje”. Renato Murce recebeu inúmeros prêmios. Renato Murce era casado com a atriz Eliana Macedo com quem teve a filha Neyde (já falecida) e era avô de Lays, Leyla, Celso e Ney. Depois da morte de Eliana Macedo, o acervo de Renato Murce foi doado ao “Instituto Cravo Albin”, pelo seu neto mais velho Ney Murce. Renato Murce morreu de infarto.

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