Otávio Henrique de Oliveira                    

(Espírito Santo do Pinhal/SP, 05 de dezembro de 1919)   

(Rio de Janeiro/RJ, 09 de fevereiro de 1983).

Blecaute foi um cantor e compositor brasileiro, especialista em sambas e marchas de carnaval. Blecaute também era conhecido por "General da Banda", devido a seu maior sucesso, a marcha de carnaval homônima. Aos seis anos, órfão de pai e mãe, Blecaute foi para São Paulo onde trabalhou como engraxate e jornaleiro. Blecaute participou do programa de calouros “A Peneira de Ouro” na “Rádio Tupi” e anos depois já cantava na “Rádio Difusora”, adotando o nome artístico de Blecaute, uma sugestão do Capitão Furtado, que lia na imprensa diária sobre “blackouts” na Inglaterra. O governo inglês cortava a energia elétrica para dificultar o bombardeamento de Hitler contra Londres. Apesar de ser um apelido francamente racista devido a cor da pele de Octavio, ele aceitou como já tinha aceitado anteriormente coisas ainda piores. Contratado pela “Rádio Tamoio”, Blecaute foi para o Rio de Janeiro. Lá se apresentou também na “Rádio Mauá” e na “Rádio Nacional”. Blecaute participou, como cantor, do filme “Tristezas Não Pagam Dívidas” e gravou o primeiro disco, “Eu Agora Sou Casado”. O carnaval trouxe os grandes sucessos "O Pedreiro Valdemar"  e "General da Banda" que lhe valeria um apelido que carregaria para o resto da vida. Blecaute fez participações, como ator, nos filmes “Malandros em Quarta Dimensão” e “O Rei do Movimento”. Blecaute gravou pelos selos “Continental”, “RCA Victor”, “Copacabana”, “Odeon” e “Polydor”. Blecaute gravou mais de setenta musicas e as principais foram "Maria Tereza", "Opa, Opa", "Moreninha, Moreninha, "Eu Agora Sou Casado", "Oito  Mulheres", Ave Maria", Leilão de Ali Babá", "Joãozinho Boa-Pinta", "Aí Cachça", Mambo no Samba", "Borboleta Dourada", "Maria Candelária', "General da Banda" (sendo essa o seu maior sucesso, como já dito), "Pedido a São João", "Santo Antônio Sabe", "Batuque dos Meninos", "Linguagem do Povo", "Está Chegando o General" e "Natal de Jesus". Blecaute foi casado com a letrista Jesuína Rosa de Oliveira. Blecaute sofria de hipertensão arterial e de problemas cardíacos. Blecaute morreu depois de uma semana de internação e no atestado de óbito constam como causas da morte, hipertensão, choque cardogênico, cardiopatia hipertensiva, insuficiência renal crônica e hemorragia subaracnóide.