PAULO HENRIQUE AMORIM (76 anos)
Paulo Henrique dos Santos Amorim
(Rio de Janeiro/RJ, 22 de fevereiro de 1943)
(Rio de Janeiro/RJ, 10 de julho de 2019).
Paulo Henrique Amorim também conhecido pela sigla PHA, foi um jornalista, blogueiro, empresário e apresentador de televisão brasileiro. Paulo Henrique Amorim atuou no ramo de jornalismo por mais de cinco décadas. PHA escrevia para diversos jornais e revistas do país e mantinha o blog “Conversa Afiada". Paulo Henrique Amorim foi apresentador e repórter do “Domingo Espetacular” pela TV Record. Nascido no Rio de Janeiro, formado em “Sociologia” e “Política”, filho do jornalista e estudioso do espiritismo Deolindo Amorim e de Delta dos Santos Amorim, Paulo Henrique tem dois irmãos. Seguindo os passos do pai, estudou em escolas da cidade onde nasceu e começou a trabalhar com imprensa ainda na adolescência. Paulo Henrique trabalhou em jornais, revistas, televisão, internet e publicou os livros “De Olho no Dinheiro”, “A Peleja de Brizola Contra a Fraude Eleitoral” tendo nessa publicação, Maria Helena Passos com coautora, “O Quarto Poder - Uma Outra História” e “Manual Inútil da Televisão e Outros Bichos”. PHA cobriu eventos com repercussão internacional como a eclosão do vírus ebola na África, a eleição e posse do então novo presidente norte-americano Bill Clinton, os distúrbios raciais e o terremoto de Los Angeles, a guerra civil de Ruanda e a rebelião zapatista no México. O primeiro emprego como jornalista foi no jornal “A Noite” do Rio de Janeiro, ano em que fez a cobertura para o jornal, da renúncia do presidente Jânio Quadros e a tentativa do governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, que formou a “Cadeia da Legalidade” para garantir a posse do vice, João Goulart, que seria derrubado depois. Paulo Henrique trabalhou em Nova Iorque, nos Estados Unidos como correspondente internacional. PHA foi contratado pela “Editora Abril” para ser repórter e correspondente internacional, o primeiro da revista “Realidade” e depois da revista “Veja”, sendo também, nesse caso, o primeiro correspondente internacional. Em televisão Paulo Henrique passou pela TV Manchete e TV Globo, tendo aberto sucursais para esses veículos em Nova Iorque, passando parte da sua vida trabalhando no exterior. Paulo Henrique trocou a TV Globo pela TV Bandeirantes, onde passou a apresentar o “Jornal da Band” e o programa político “Fogo Cruzado” que por adotar postura independente produziu, ao vivo, desentendimentos com diversos políticos. Amorim acusou no “Jornal da Band”, o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva de adquirir apartamento e carro por meio ilegal, em meio à campanha eleitoral presidencial. No entanto, investigações comprovaram a legalidade e Lula entrou com processo contra o apresentador, mas a TV Bandeirantes conseguiu direito de resposta. Paulo Henrique Amorim deixou de comparecer à emissora e foi substituido na apresentação do telejornal. Segundo a imprensa, o não comparecimento foi por conta do protesto contra direção da emissora de implantar a “Unidade Produtora de Jornalismo” da emissora, planejada para gerar reportagens padronizadas para os noticiários da rede, o que tiraria a autonomia e a diferença do “Jornal da Band”. Quando a emissora decidiu demiti-lo por abandono de emprego, passou acusar a emissora, por meio de imprensa. Tais acusações renderam a ele cinco processos. Amorim também processou o canal por multa contratual, tendo vencido em primeira instância. A TV Cultura contratou Paulo Henrique que passou a apresentar o talk-show “Conversa Afiada”, produzido por sua empresa “PHA Produções”, o programa chegou ser exibido também pela TVE Brasil e pela TV NBR. O jornalistíco durou até quando terminou o contrato de PHA com a TV Cultura. Paulo Henrique Amorim foi contratado pela TV Record, onde apresentou o telejornal noturno “Jornal da Record 2ª Edição” e o “Edição de Notícias”. Depois, Paulo Henrique passou a apresentar a revista eletrônica exibida no final de tarde “Tudo a Ver”, com Janine Borba e posteriormente com Patrícia Maldonado. Paulo Henrique assumiu a apresentação do programa “Domingo Espetacular” ao lado de Fabiana Scaranzi, Janine Borba e Adriana Araújo. Depois de alguns anos, Amorim foi afastado do comando da atração. PHA trabalhou no WebTV, do extinto ZAZ e inaugurou o “UOL News” no UOL. Paulo Henrique Amorim foi contratado pelo portal “iG” para ser blogueiro do “Conversa Afiada” no mesmo molde que tinha na época da TV Cultura, mas em versão on-line, em cuja página principal tinha um quadro de destaque permanente. Diversos políticos e jornalistas tinham estreado os seus blogs na época. No entanto foi demitido pouco mais de um ano meio depois e relançou o blog “Conversa Afiada” no mesmo dia, precariamente, apenas em um link provisório, posteriormente mudado para um definitivo e afirmou que o contrato havia sido encerrado devido às críticas que fez ao suspeito processo de fusão da “Brasil Telecom” e a “Oi” formando a “Br Oi” segundo o qual o jornalista afirmava que várias personalidades políticas se beneficiaram ilicitamente no processo, sob tolerância pelo “Governo Federal”. Paulo Henrique Amorim contratou o advogado Marcos Bitelli para entrar na “Justiça” contra o site a fim de obter mandado de segurança, almejando recuperar todos os arquivos e posts publicados. Paulo Henrique Amorim ganhou diversos prêmios na carreira, o “Prêmio Esso” pela reportagem “A Renda dos Brasileiros” na revista “Veja”, o de melhor telejornal com o “Jornal da Band”, o “Prêmio APCA” de melhor programa jornalístico com “Fogo Cruzado” e o “Prêmio Influenciadores Digitais” na categoria "Economia, Política e Atualidades" com “Conversa Afiada”. Paulo Henrique Amorim era um forte crítico da imprensa, comportamento que o levou a ser condenado por injúria e difamação por profissionais da imprensa. Um dos seus maiores alvos na imprensa era a TV Globo. PHA era um crítico da “Operação Lava Jato”. Num vídeo que publicou no “YouTube”, PHA acusou a “Polícia Federal do Brasil” de atuar de forma "golpista", "irresponsável", "subversiva" e "criminosa”, sugerindo que a então presidente Dilma Rousseff demitisse todos os servidores do órgão, do diretor-geral ao contínuo que serve cafezinho. Paulo Henrique Amorim foi condenado a indenizar por injúria e difamação diversas pessoas, como, por exemplo, Nélio Machado, Daniel Dantas, Lasier Costa Martins, Gilmar Mendes, Ali Kamel, Sérgio Menezes e Merval Pereira e por injúria racial ao jornalista Heraldo Pereira. Paulo Henrique Amorim era casado com a jornalista Geórgia Cardoso Pinheiro com quem teve a filha Maria. Paulo Henrique Amorim morreu em casa, enquanto dormia, vítima de um infarto fulminante.