Yara Amaral Goulart                                      

(São Paulo/SP, 16 de setembro de 1936)                             

(Rio de Janeiro/RJ, 31 de dezembro de 1988).

Yara Amaral foi uma atriz brasileira. Nascida no bairro do Belenzinho,  Yara Amaral iniciou a carreira no teatro amador e participou de um dos “Festivais de Teatros de Estudantes” organizados por Paschoal Carlos Magno. Yara Amaral ingressou na “Escola de Arte Dramática de São Paulo” (EAD - USP) onde se formou. Yara estreou profissionalmente na montagem de “Hedda Gabler” de Ibsen. Yara Amaral passou pelo “Teatro de Arena” onde, interpretando um pequeno papel em “O Inspetor Geral” de Gogol foi aplaudida em cena aberta. Yara Amaral se mudou para o Rio de Janeiro e participou do “Grêmio Dramático Brasileiro” de Aderbal Freire Filho, se destacando na peça “Réveillon” de Flávio Márcio ao lado de Regina Duarte e Sérgio Mamberti. Yara Amaral protagonizou outro ambicioso espetáculo experimental, “Avatar” de Paulo Afonso Grisolli, dirigido por Luiz Carlos Ripper. Pelo conjunto desses dois trabalhos, Yara ganhou seu primeiro “Prêmio Moliére”. Yara Amaral contracenou com Fernanda Montenegro em “A Mais Sólida Mansão” de Eugene O’Neill, teve expressivo desempenho em “Os Filhos de Kennedy”, participou do elenco de “Os Veranistas” de Gorki, espetáculo inaugural do “Teatro dos Quatro”, ganhou seu segundo “Prêmio Moliére” protagonizando uma comédia inconsequente, “Eu Posso?” de Reinaldo Loy. Novamente no “Teatro dos Quatro”, Yara fez (Goneril) na montagem de “Rei Lear” de William Shakespeare, dirigida por Celso Nunes. Desde então se tornou atriz convidada permanente do “Teatro dos Quatro” onde fez um trabalho por ano, sempre em papéis de peso, como em “Assim É… Se Lhe Parece” de Luigi Pirandello,“Sábado, Domingo e Segunda” de Eduardo de Filippo, um desempenho comovente, premiado com o seu terceiro “Moliére”, o monólogo “Imaculada” de Franco Scaglia, “Cerimônia do Adeus” de Mauro Rasi e o papel-título em “Filumena Marturano” de Eduardo De Filippo que foi sua última peça, ainda em cartaz quando da sua morte. Yara Amaral estreou na televisão em na TV Tupi, na novela “O Décimo Mandamento” de Benedito Ruy Barbosa, baseada no romance de José Sanches Arcilla. Yara fez uma novela na TV Record, “A Última Testemunha” também de Benedito Ruy Babosa e duas na TV Excelsior, ambas de Teixeira Filho. “A Pequena Órfã” e “O Direito dos Filhos”. Voltou a fazer novela na Tupi, “E Nós, Aonde Vamos?” de Glória Magadan e “Viver a Vida” e “Helena” na TV Manchete. Seu primeiro trabalho na TV Globo foi no grande sucesso “Irmãos Coragem”, de Janete Clair. Yara Amaral só voltou às novelas anos depois num dos papéis de destaque em “Espelho Mágico”, “Dancin’ Days” e fez as novelas “O Amor é Nosso”, “Sol de Verão”, “Guerra dos Sexos”, “Um Sonho a Mais”, “Cambalacho”, “Mandala” e “Fera Radical” e a minissérie “Anos Dourados”, todas na TV Globo. No cinema, teve uma pequena participação em “Tati” e estreou de verdade com “O Rei da Noite” de Hector Babenco e fez também os filmes “Parada 88, o Limite de Alerta”, “Nos Embalos de Ipanema”, “A Dama do Lotação”, “Mulher Objeto”, “Prova de Fogo”, "Tropclip” e “Leila Diniz”. Yara Amaral foi casada com o cineasta Luís Fernando Goulart e deixou dois filhos, Bernardo e João Mário. Yara Amaral morreu no auge de sua carreira, vítima no famoso naufrágio do barco “Bateau Mouche IV” numa noite de réveillon, na Baía de Guanabara, sua mãe estava junto com ela e também morreu no acidente.