Nas artes não é diferente. A nossa TV, por exemplo, está repleta de exemplos de filhos dando continuidade à arte dos pais. Por quê? É mais fácil para alguém se tornar artista por ser filho de artistas? A sensibilidade que um artista precisa é herança genética? A paixão dos pais contagia os filhos? Êxito e sucesso tem relação? Fracasso e fama são antagônicos? Arte vicia?
Tantas perguntas de importância menor! O que importa, de verdade, é que a arte transforma. E que eles continuem nos transformado por meio da emoção, nos fazendo rir, chorar, refletir. Que Paloma Duarte continue a me emocionar, como o avô Lima Duarte, a avó Marisa Sanches, a mãe Débora Duarte, o pai Antônio Marcos já me emocionaram, que sua irmã Daniela Duarte também o faça como já fizeram seu avô Paulo Gracindo, seu pai Gracindo Jr. e seu irmão Gabriel Gracindo.
Que eu ria muito com o Carlos Alberto, o Marcelo e a Dalila como eu ri com Manuel de Nóbrega. Que eu possa ver outro Guto seguindo os passos de um Moacyr Franco. Que novos Brunos Mazzeos e Lucinhos estejam sempre juntos como eram Chico Anysio e Lúcio Mauro. Que Gianfrancesco Guarnieri, Flávinho Guarnieri e Paulo Guarnieri, Raul Cortez, Lígia Cortez e Célia Helena, os Abravaneis, os Parisis, os
Celestinos, os Stuarts se somem aos Mendonças, Gabus Mendes, Silvinos, Vittis e Lins. Que Daniel e Nelson Dantas, Milton e Maurício Gonçalves, Regina e Gabriela Duarte, Reginaldo, Régis e Marcelo Faria, Reinaldo e Castro Gonzaga, Lineu Dias, Lilian Lemmertz e Júlia, Fábio Jr. e Fiuk, Monah e Cristiane, Dennis e Leonardo Carvalho, Lupe Giglioli, Cininha de Paula, Maria e Wolf Maya, Marieta Severo e Silvia Buarque,
Rômulo Arantes e Rômulo Neto, Antônio Carlos Pires, Glória Pires, Cléo Pires e irmãs, nunca deixem de existir. Que surjam um novo Fernando Torres, outra Fernandona e muitas Fernandinhas para eu acompanhar.
Que não seja única a família de Nicette e Bárbara Bruno, Vanessa, Beth, Paulinho e Paulo Goulart
Que Tarcisão, Glória, Tarcisinho e tantos, tantos e tantos outros continuem me fazendo acreditar que pode haver um mundo melhor.