Paulo Epaminondas Ventania Porto         

(Muriaé/RJ, 01 de setembro de 1917)       

(Rio de Janeiro/RJ, 03 de julho de 1999).

Paulo Porto foi um ator brasileiro com atuação em rádio, teatro, cinema e televisão. Porto trabalhou também como diretor, roteirista e produtor. Paulo Porto se radicou no Rio de Janeiro e foi um dos pioneiros do rádio e da televisão. Paulo Porto tinha voz grave, bonita, além de ser alto e moreno. Porto era uma bela figura e o começo, no rádio, foi muito bem. Paulo Porto ficou muitos anos na “Rádio Nacional” que era a emissora mais importante do Brasil. Paulo Porto era o galã brasileiro mais querido. Aos vinte anos estreou em teatro, como protagonista de uma montagem de "Romeu e Julieta" de Shakespeare. Nessa mesma época começou a lecionar português. Seu principal sucesso foi quando protagonizou "O Avarento" de Moliére. Mas, apesar de dizer amar o teatro, sua carreira encaminhou-se para o cinema e foi ali que ganhou fama nacional. Paulo Porto estreou com o filme “Asas do Brasil” dirigido por Moacyr Fenelon. Sua filmografia é bastante extensa. Porto fez "Inconfidência Mineira", "Dominó Negro", "O Homem que Passa”, "Milagre de Amor", "Uma Ramo Para Luiza". Nesse filme, Paulo Porto não foi apenas ator, mas produtor e roteirista, o que, aliás, se repetiu por quase toda a sua carreira. Paulo Porto fez ainda "Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa", "Fome de Amor", "A Penúltima Donzela", "O Bravo Guerreiro", "Pra Quem Fica, Tchau", "Em Família", "Os Herdeiros", "Como Ganhar na Loteria Sem Perder Esportiva", "As Moças Daquela Hora", "Os Primeiros Momentos", “A Noiva da Cidade", "Fim de Festa",” As Borboletas Também Amam", "O Bom Burguês', "Pra Frente Brasil", "Memórias do Cárcere", "Com Licença, Eu Vou à Luta", "Os Fantasmas Trapalhões" e “Dedé Mamata" que foi seu último filme. Foram todos filmes importantes, entre os quais se distinguiram dois filmes que Paulo Porto protagonizou baseados na obra de Nélson Rodrigues  “Toda Nudez Será Castigada” e “O Casamento” dirigidos por Arnaldo Jabor. Paulo Porto também fez TV. Teve um programa com seu nome "Teatro Paulo Porto" na TV Tupi do Rio de Janeiro. Porto já havia estrelado, ao lado de Yoná Magalhães, o teleteatro "A Moreninha" e, antes disso, aconteceu a primeira novela carioca de nome "Drama de Uma Consciência" escrita por J. Silvestre com direção da Bob Chust. Novela que alternava-se, no horário, com outra, que ia ao ar às terças e quintas feiras e que começou com uma adaptação dos textos de Edgar Allan Poe com o nome "Coração Delator" e direção de Chianca de Garcia em que Paulo também estava no elenco, ao lado Lourdes Mayer, Ida Gomes e Fregolente, entre outros. Paulo Porto era um dos principais galãs do rádio e da televisão dos primeiros tempos, no Rio de Janeiro. Dizia gostar mais de cinema, mas assim mesmo participou de novelas famosas, como  "Vale Tudo", "Brilhante", "Trágica Mentira", "Primavera" e "As Professoras". Paulo Porto morreu de pneumonia.