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MUSSUM (53 anos)

ID: h620 Categoria: Humoristas Date : Monday 3rd August 2020 9:00:00 pm Tipo : Image / Photo

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Resenha

Antônio Carlos Bernardes Gomes       

 

(Rio de Janeiro/RJ, 07 de abril de 1941)                

(São Paulo/SP, 29 de julho de 1994).

 

Mussum foi músico, cantor, compositor, ator, e humorista brasileiro. Como músico, Mussum foi membro do grupo “Os Originais do Samba” e como humorista do grupo “Os Trapalhões”. Mussum teve origem humilde, nasceu no Morro da Cachoeirinha, zona norte do Rio de Janeiro. Mussum estudou durante nove anos num colégio interno, onde obteve o diploma de ajustador mecânico. Mussum serviu na Força Aérea Brasileira” (FAB) durante oito anos, ao mesmo tempo em que aproveitava para participar na "Caravana Cultural de Música Brasileira" de Carlos Machado. Mussum iniciou a carreira artística tocando reco-reco no grupo “Os Modernos do Samba”. Mussum foi apresentado a Chico Anysio e começou a participar da "Escolinha do Professor Raimundo", na TV. Mussum foi um dos fundadores do grupo “Os Sete Modernos” posteriormente chamado de Os Originais do Samba”. O grupo teve vários sucessos, as coreografias e roupas coloridas os fizeram muito populares na TV e se apresentaram em diversos países. Antes,  Mussum foi convidado para participar de um show de televisão como humorista. De início recusa o convite, se justificando com a afirmação de que pintar a cara, como é costume dos atores, não era coisa de homem. Finalmente estreia no programa humorístico “Bairro Feliz” da TV Globo. Consta que foi nos bastidores deste show que Grande Otelo lhe deu o apelido de Mussum, que se origina de um peixe sul-americano, escorregadio e liso que consegue facilmente sair de situações estranhas. O diretor de Os Trapalhões”, Wilton Franco, o vê numa apresentação de boate com seu conjunto musical e o convida para integrar o grupo humorístico na época na TV Excelsior. Mais uma vez, recusa, entretanto, o amigo Dedé Santana consegue convencê-lo e Mussum passa a integrar a trupe que na época ainda era um trio, pois Zacarias entrou depois. A participação no grupo acabou por fazer Mussum muito mais famoso em todo o país. Mussum era o único, entre “Os Trapalhões” oficiais que era afro-brasileiro. Jorge Lafond e Tião Macalé, apesar de também afrodescendentes e atuarem em vários quadros com o grupo, durante vários anos, eram coadjuvantes e não faziam parte do grupo oficial. Apenas quando Os Trapalhões” já estavam na TV Globo e o enorme sucesso o impedia de cumprir seus compromissos é que Mussum deixou os “Originais do Samba”. Mas não se afastou da indústria musical, tendo gravado discos com “Os Trapalhões” e outros três álbuns solo dedicados ao samba, alguns, inclusive, de sua autoria. Uma de suas paixões era a escola de samba Estação Primeira de Mangueira”. Todos os anos sua figura pontificava durante os desfiles da escola, no meio da Ala de Baianas” da qual era diretor de harmonia. Dessa paixão veio o apelido (Mumu da Mangueira). Mussum era flamenguista fanático. Mussum foi considerado por muitos o mais engraçado dos “Trapalhões”. No programa, popularizou o seu modo particular de falar, acrescentando as terminações "is" ou "évis" a palavras arbitrárias como forévis, cacíldis, coraçãozis e pelo seu inseparável (mé) uma gíria por ele criada para cachaça. O personagem que vivia em “Os Trapalhões” tinha como característica principal o consumo constante de bebidas alcoólicas, em especial a cachaça. Mussum se celebrizou por expressões onde satirizava sua condição de negro, tais como "negão é o teu passádis" e "quero morrer prêtis se eu estiver mentindo", além de recorrentes piadas sobre bebidas alcoólicas. Mussum criou outras frases hilariantes, que se popularizaram rapidamente, como "eu vou me pirulitazis" quando fugia de uma situação perigosa, ou "traz mais uma ampolis", pedindo cerveja, ou "casa, comida, três milhão por mês, fora o bafo!", passando uma cantada em uma mulher bonita, ou ainda "faz uma pindureta" pedindo fiado. Seu personagem constantemente brincava com os outros membros do grupo, inclusive inventando apelidos divertidos. (Didi) era chamado de "cardeal" ou "jabá", (Zacarias) era chamado de "mineirinho de Sete Lagoas". Mussum também era alvo de gozações por parte dos demais membros do grupo, recebendo apelidos como "cromado", "azulão", "grande pássaro" entre outros, sempre ficando evidente, entretanto, que as brincadeiras e gozações eram feitas num ambiente de amizade entre os quatro, uma vez que, na maioria dos quadros do programa de TV, “Os Trapalhões” eram sempre quatro amigos que dividiam uma casa ou apartamento, sendo normal, portanto, que eles constantemente dirigissem gozações e criassem apelidos entre si. Mussum era um dos poucos artistas negros populares na TV. O humorista nunca foi esquecido pelo grande público que conquistou, permanecendo até hoje muito vivo e presente na memória de seus admiradores, principalmente na cidade do Rio de Janeiro. Mussum foi lembrado em uma série de camisetas lançadas no Rio de Janeiro, com a imagem sua estilizada e a inscrição "Mussum Forevis". Após o Rio de Janeiro ser escolhido sede dos Jogos Olímpicos de 2016”, vários internautas satirizaram o pôster de campanha do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama com a foto do humorista e sob ela a frase "Yes, We Créu". Uma sátira a "Yes, We Can" (sim, nós podemos) frase de campanha do presidente norte americano. Também foram produzidas camisetas com a palavra "Obamis". Mussum foi casado com Lani Castro dos Santos e com ela teve o filho Augusto. Mussum teve um romance com Maria Francisco de Santana que gerou seu filho Mussunzinho, também ator. Mussum era casado com Neila da Costa Bernardes Gomes mãe de seu filho Sandro. Mussum teve ainda mais uma filha chamada Paula. Desde o nascimento, Mussum tinha problemas no coração e morreu não resistindo a um transplante. Mussum deixou um legado de vinte e sete filmes com Os Trapalhões” além de mais de vinte anos de participações televisivas. Uma rua de São Paulo, no bairro Campo Limpo, ganhou o nome “Comediante Mussum” em sua homenagem. O Largo do Anil em Jacarepaguá, Rio de Janeiro, teve o seu nome mudado para "Largo do Mussum".

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