Leonor Bonilha Esper              

(São Paulo/SP, 19 de junho de 1901)        

(São Paulo/SP, 09 de agosto de 1980).

Leonor Navarro foi uma atriz brasileira. De família de artistas, Leonor começou em rádio, quando Oduvaldo Vianna, que vinha do cinema, implantou uma novidade no rádio brasileiro, a rádio-novela. E Leonor entrou na “Rádio São Paulo”, que se lançou inteiramente nesse mercado. Ao seu lado estava também o marido e a filha Nara, ainda bem jovem, e que além de atriz, também se tornou novelista. Nara Navarro foi nome importante, pois as novelas de rádio viraram uma coqueluche no rádio. A “Rádio São Paulo” foi a principal emissora a lançar o estilo radiofônico. Ao mesmo tempo, no Rio de Janeiro, a “Rádio Nacional” fez a mesma coisa e o Brasil todo foi tomado pela febre de ouvir histórias de rádio em capítulos. Leonor Navarro, por sua voz grave, era figura central, como se dizia. Leonor  fazia papeis de mães, avós, professoras, sempre muito respeitadas. Quando veio a televisão para o Brasil, e a princípio para São Paulo, Leonor começou a se interessar pelo novo veículo. Leonor foi para a TV Excelsior, e participou da novela ”Redenção”, a novela mais longa de todos os tempos. Na mesma TV Excelsior fez a novela “Legião dos Esquecidos”. Entre uma e outra, esteve na TV Record onde fez a novela “Ana”. Leonor Navarro ingressou na TV Tupi, onde ficou por vários anos. Lá ela fez as novelas “Simplesmente Maria”, ”Hospital”, ”Signo da Esperança” (durante as gravações dessa novela, seu marido, Augusto Barone que também estava no elenco, morreu de infarto), ”Na Idade do Lobo”, “Vitória Bonelli”, (grande sucesso do novelista Geraldo Vietri), ”A Barba Azul”, “Um Dia, o Amor”, “Meu Rico Português”, ”O Velho, o Menino e o Burro”, ”Tchan!, a Grande Sacada”, ”Um Sol Maior” e “Pecado Rasgado”, essa última na TV Globo. Leonor Navarro também participou do cinema brasileiro. Fez vários filmes com Amácio Mazzaropi. ”O Jeca Contra o Capeta”, ”Jecão, um Fenômeno no Céu”, ” O Jeca e Seu Filho Preto”. E fez um bonito papel no filme “Senhora”. Leonor fez ainda os filmes “Caiçara”, “A Madona de Cedro” e “Que Estranha Forma de Amar”. Leonor Navarro estreou no teatro na “Companhia Mesquitinha-Alma Flora” e esteve na “Companhia de Declamação Maria Castro” no espetáculo "Amor de Perdição", trabalhando com Dercy Gonçalves, Nino Nello, Pedro Celestino, seu marido Augusto Barone entre outros. Leonor Navarro era viúva do tenente Antônio Esper, conhecido como "Dudu", que foi um dos participantes da “Revolução de 1924” e morreu em combate lutando pela “Coluna de Prestes”. Com ele teve a filha Nara Navarro. Leonor Navarro também foi casada com o ator Augusto Barone, com quem teve quatro filhos, Alfredo, Ivair Miguel, Maria e Ubirajara. Ao lado de sua família, Leonor Navarro foi um nome prestigiado até morrer. Leonor Navarro morreu de infarto.