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CHACRINHA (70 anos)

ID: h185 Categoria: Apresentadores Date : Tuesday 28th July 2020 9:00:00 pm Tipo : Image / Photo

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Resenha

José Abelardo Barbosa de Medeiros  

 

(Surubim/PE, 30 de setembro de 1917)              

(Rio de Janeiro/RJ, 30 de junho de 1988).

 

Chacrinha foi um comunicador e apresentador de rádio e TV brasileiro. Chacrinha  foi apresentador de programas de auditório de grande sucesso. Foi ele o autor da célebre frase: "Na televisão, nada se cria, tudo se copia". Em seus programas de televisão, foram revelados para o país inteiro cantores como Roberto Carlos, Clara Nunes, Paulo Sérgio, Raul Seixas, Perla, Sidney Magal, entre tantos outros. Chacrinha era chamado de “Velho Guerreiro”, conforme homenagem feita a ele pelo cantor Gilberto Gil que assim se referiu a Chacrinha numa conhecida letra de canção que compôs chamada "Aquele Abraço". Ainda na infância Chacrinha se mudou com a família para Caruaru, também em Pernambuco e depois para Campina Grande na Paraíba. Mais tarde Chacrinha foi estudar em Recife, capital pernambucana. Chacrinha começou a cursar medicina e teve o seu primeiro contato com o rádio na Rádio Clube de Pernambuco, ao dar uma palestra sobre alcoolismo. Chacrinha, apesar de sucessivas crises financeiras na família, teve uma infância tranquila. Em Recife, ponto de chegada, Chacrinha prosseguiu seus estudos e todos os caminhos pareciam indicar a faculdade de medicina para o jovem Abelardo. Não pretendendo passar um ano inteiro no quartel, falsificou a data de nascimento na cédula de identidade e acabou ingressando no Tiro de Guerra. Após esta experiência, Chacrinha foi tocar bateria. Dois anos depois de começar seus estudos de medicina, Chacrinha caiu nas mãos de colegas já formados que o salvaram de uma apendicite supurada e gangrenada. Ainda convalescente da delicada cirurgia, ele, como percussionista do grupo “Bando Acadêmico”, decidiu viajar, como músico no navio Bagé rumo à Alemanha. Porém, naquele dia estourou a Segunda Guerra Mundial que agitaria o mundo e o fez desembarcar na então capital federal, o Rio de Janeiro, onde se tornou locutor na Rádio Tupi. Na “Rádio Clube Fluminense” Chacrinha lançou um programa de marchinhas de carnaval chamado “Rei Momo na Chacrinha”, que fez muito sucesso. Passou então a ser conhecido como Abelardo "Chacrinha" Barbosa. Chacrinha comandaria o programa Cassino da Chacrinha”, lançando ali vários sucessos da música brasileira como Estúpido Cupido” de Celly Campelo  e Coração de Luto” do artista gaúcho Teixeirinha. No Cassino da Chacrinha” ele fingia, com sons e ruídos, que lá aconteciam enormes festas e lançamentos de discos. Chacrinha estreou na televisão com o programa Rancho de Mister Chacrinha, uma série de faroeste infanto-juvenil, onde interpretava o papel do xerife, na TV Tupi, onde começou a fazer também a Discoteca do Chacrinha. Seu programa foi exibido na TV Paulista, TV Rio e TV Excelsior. Chacrinha foi contratado pela TV Globo onde chegou a fazer dois programas semanais, Buzina do Chacrinha que apresentava calouros, distribuía abacaxis e onde ele perguntava "Vai para o trono, ou não vai?" e Discoteca do Chacrinha”. Alguns anos depois Chacrinha voltou para a TV Tupi. Chacrinha teve uma breve passagem pela TV Record, retornando em seguida para a TV Tupi. Chacrinha transferiu-se para a TV Bandeirantes e, finalmente retornou à TV Globo, onde ocorreu a fusão de seus dois programas num só, o Cassino do Chacrinha que fez grande sucesso nas tardes de sábado. Chacrinha alcançou grande popularidade com os seus programas de calouros. Chacrinha se apresentava com roupas engraçadas e espalhafatosas, acionando uma buzina de mão para desclassificar os calouros e empregando um humor debochado, utilizando bordões e expressões que se tornariam populares, como "Teresinha!", "Vocês Querem Bacalhau?", "Eu vim para confundir, não para explicar!" e "Quem não se comunica, se trumbica!". Os jurados ajudavam a criar o clima de farsa. Nessa função destacaram-se, entre muitos outros, Carlos Imperial, Aracy de Almeida, Rogéria, Elke Maravilha e Pedro de Lara. Outro elemento para o sucesso dos programas eram as chacretes - dançarinas profissionais de palco - que faziam coreografias quase sempre sensuais para acompanhar as músicas e animar o programa. No início eram conhecidas como as "vitaminas do Chacrinha" e "tevezinhas". Além da coreografia ensaiada, as dançarinas recebiam nomes exóticos e chamativos como Rita Cadillac, Índia Amazonense, Fátima Boa Viagem, Suely Pingo de Ouro, Sandra Mattera, Fernanda Terremoto, Cristina Azul e muitas outras. Chacrinha apareceu em vários filmes brasileiros, geralmente interpretando ele mesmo. No filme Na Onda do Iê-Iê-Iê, ele encena seu programa de calouros "A Hora da Buzina", exibido na TV Excelsior. No filme, entre os calouros, estavam os cantores Paulo Sérgio (como ele mesmo) e Sílvio César (que interpretava o personagem César Silva). Chacrinha diz, no filme, diversos de seus famosos bordões: "Como vai, vai bem? Veio a pé ou veio de trem?", "Cheguei, baixei, saravei". Há também outras frases engraçadas, quando ele diz que "Graças a Deus o programa acabou". Chacrinha participou também dos filmes de Três Colegas de Batina”, A Opinião Pública”, Pobre Príncipe Encantado” e As Aventuras de um Paraíba”. Quando o bacalhau encalhou nas Casas da Banha, seu patrocinador na TV Tupi, Chacrinha arrumou um jeito de reverter a situação. Durante o programa, virava-se para o auditório: "Vocês querem bacalhau?" e atirava o peixe para o auditório, onde a plateia disputava a tapa o produto. As vendas explodiram e ele explicou: "Brasileiro adora ganhar um presentinho". Chacrinha era um dos mais ilustres e notórios torcedores do "Vasco da Gama", chegando a se apresentar em seu programa com a camisa do time ou um quepe estilizado com o escudo do clube. O termo "Terezinha" não era homenagem a alguma mulher de nome Tereza. O termo surgiu em substituição ao antigo patrocínio de seu programa no rádio, a "Água Sanitária Clarinha". Chacrinha contava que durante seus tempos de rádio, seu programa era patrocinado pela “Clarinha”, uma marca fabricante de água sanitária. Com a falência da empresa, Chacrinha queria continuar usando o nome, mas não podia. Então na busca por um nome que substituísse o “Clarinha” surgiu o “Terezinha”, que possuía uma sonoridade igual. Chacrinha foi homenageado pela escola de samba Acadêmicos do Grande Riocom o enredo "Vai para o trono ou não vai". Anualmente, Chacrinha lançava em seu programa uma marchinha para o carnaval. Chacrinha foi homenageado também pela escola de samba carioca Império Serrano com o enredo "Com a boca no mundo - Quem não se comunica se trumbica", foi a única vez que desfilou numa escola de samba. Chacrinha surgiu no último carro alegórico, que reproduzia o cenário de seu programa, rodeado de chacretes, de Russo, seu famoso assistente de palco e de Elke Maravilha. Chacrinha recebeu dos professores Annita Gorodicht e Paulo Alonso, o título de "doutor honoris causa" da “Faculdade da Cidade”, no Rio de Janeiro. Seu aniversário de setenta anos foi comemorado em setembro com um jantar oferecido em sua homenagem pelo então Presidente do Brasil, José Sarney. Já doente, foi substituído em alguns programas por Paulo Silvino. Ao voltar à cena, comandou a atração com João Kléber, até que pudesse se sentir forte novamente. Chacrinha foi casado com Florina Barbosa e teve três filhos, José  “Nanato” Renato (falecido em 2014), José Amélio “Leleco” Barbosa e Jorge Abelardo Chacrinha morreu de infarto do miocárdio e insuficiência respiratória, consequências de um câncer de pulmão.

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