Murilo Antunes Alves               

(Itapetininga/SP, 28 de abril de 1919)           

(São Paulo/SP, 15 de fevereiro de 2010).

Murilo Antunes Alves foi um jornalista brasileiro com atuação em jornalismo impresso, rádio e TV. Murilo chegou a ser um dos mais antigos profissionais em atividade nessa área. Sua mãe, Florisa Piedade Alves, foi professora de desenho e o pai, Antônio Antunes Alves, professor de história. Murilo teve uma irmã chamada Marília.  Murilo começou a escrever aos catorze anos no jornal estudantil “O Arauto” em Itapetininga. Murilo Antunes Alves foi correspondente do jornal “O Estado de S.Paulo” no qual o pagamento era assinatura do jornal. Seu primeiro emprego foi no jornal “A Tribuna Popular”.   Murilo Antunes Alves se torno bacharel em Direito pela “Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo”. Murilo Antunes Alves iniciou a carreira na “Rádio São Paulo”, quando se tornou locutor e comentarista esportivo, em parceria com Geraldo José de Almeida. Seu primeiro programa foi o “Broadway Melody” de música americana. Murilo Antunes Alves foi para a “Rádio Bandeirantes” sendo o primeiro locutor esportivo da emissora. Posteriormente, Murilo trabalhou nas “Rádio Cultura”, “Rádio Gazeta” e “Rádio Tupi”, cobrindo o “Estado Novo”, e a “Segunda Guerra Mundial”, entre outros eventos da época. Murilo Antunes Alves chegou a “Rádio Record”, onde cobriu vários eventos, entre eles as eleições italianas e fez a última entrevista de Monteiro Lobato, apenas dois dias antes da morte do escritor. Murilo Antunes Alves ajudou a inaugurar a TV Record. Lá, cobriu os mais variados eventos, como a morte de John Kennedy, o primeiro homem na Lua, o casamento do princípe Charles com Lady Di, entre outros. Murilo apresentou ao lado de Hélio Ansaldo o programa “Record em Notícias”, popularmente conhecido como "Jornal da Tosse", durante os vinte e três anos em que o jornal esteve no ar. Por sua marcante atuação profissional, Murilo Antunes Alves ganhou sete vezes o “Prêmio Roquette Pinto” como melhor repórter do rádio. Murilo Antunes Alves permaneceu na Rede Record após Silvio Santos e o espólio de Paulo Machado de Carvalho venderem suas participações acionárias na emissora para Edir Macedo, bispo da “Igreja Universal”.  Até sua morte, Murilo Antunes Alves era o contratado mais antigo da emissora, onde trabalhava na produção dos telejornais. Murilo Antunes Alves foi eleito vereador por São Paulo pelo “PMDB”, onde foi também o primeiro vice-presidente da “Câmara Municipal”.  Murilo foi o autor do projeto que obrigava o uso do cinto de segurança na cidade de São Paulo Anos antes, Murilo Antunes Alves havia sido candidato a deputado estadual pelo “PSD”, mas as eleições foram adiadas. Murilo Antunes Alves foi o primeiro chefe do cerimonial da “Assembléia Legislativa de São Paulo”, onde se aposentou como Diretor do Cerimonial e Relações Públicas. Murilo Antunes Alves foi nomeado Oficial do Gabinete da “Presidência da República”, pelo presidente Jânio Quadros e Chefe do Cerimonial do Governo do Estado de São Paulo, na gestão do governador Laudo Natel. Murilo Antunes Alves foi casado e teve um filho. Não há informações sobre os motivos que levaram o jornalista Murilo Antunes Alves à morte.