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TAIGUARA (50 anos)

ID: h1031 Categoria: Cantores/Músicos Date : Monday 16th November 2020 10:00:00 pm Tipo : Image / Photo

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Resenha

Taiguiara Chalar da Silva                

 

(Montevideu/URUGUAI, 09 de outubro de 1945)            

(São Paulo/SP, 14 de fevereiro de 1996).

 

Taiguara foi um cantor, compositor e instrumentista uruguaio radicado no Brasil. Taiguara nasceu em Montevidéu, no Uruguai, durante uma temporada de espetáculos de seus pais, o bandoneonista e maestro Ubirajara Silva e sua mãe, Olga Chalar, também uruguaia, cantora de tango. Taiguara se mudou para o Rio de Janeiro ainda criança e para São Paulo, posteriormente. A primeira vez em que se apresentou em público foi acompanhado por Vinícius de Moraes. Radicado no Brasil, Taiguara estabeleceu seu nome na Música Popular Brasileira, junto a nomes como Chico Buarque e Toquinho, após participar, ser finalista e ganhar uma série de festivais, lançando álbuns com canções que marcaram sua primeira fase, como "Helena, Helena, Helena" e "Hoje", nos álbuns Taiguara!” e Taiguara.  Mostrando aptidão para a música, decide largar o curso de Direito, na “Universidade Presbiteriana Mackenzie”, em seus primeiros anos de estudo para se dedicar à carreira musical. Taiguara retorna, então, ao Rio de Janeiro para gravar seu primeiro álbum, Taiguara!”, lançado pela "Philips", com a produção de Armando Pittigliani e fortemente marcado pela influência predominante da Bossa Nova. Os arranjos do álbum foram de autoria de Luiz Chaves, contrabaixista do Zimbo Trio”. Na capa e na contracapa do LP, lê-se recomendações de Edu Lobo, Alayde Costa e Luizinho Eça. Taiguara participa de vários festivais musicais, como o Festival de Música Popular Brasileira” e o” Festival Internacional da Canção e programas da televisão. Seu segundo álbum de estúdio também sai pela gravadora Philips”. Taiguara então grava diversos clássicos da MPB, por vezes de sua composição, por vezes de Chico Buarque, Vinícius de Moraes e Baden Powell. Estas faixas aparecem reunidas posteriormente nos álbuns Primeiro Tempo 5X0” e O Vencedor de Festivais. Dentre as músicas vencedoras ou finalistas de festivais, se destacam "Modinha", "Benvinda", "Helena, Helena, Helena" e "Nada Sei de Eterno". O espetáculo Primeiro Tempo 5x0 que deu origem a novo álbum de estúdio, homônimo, com Claudete Soares, levou Taiguara a novo patamar de reconhecimento. Taiguara participou do Movimento Artístico Universitário”. Também gravou a versão brasileira da música "Um Garoto Chamado Charlie Brown", para o filme homônimo. Taiguara lançou Viagem, Carne e Osso, Piano e Viola e Fotografias. Considerado um dos símbolos da resistência à censura durante o regime militar brasileiro, entretanto, foi o artista mais censurado no Brasil durante o período. Um de seus álbuns, Let The Children Hear The Music” foi gravado no exterior, mas censurado mesmo assim, impedindo seu lançamento. Após a proibição de reprodução da canção "A Ilha" do álbum Carne e Osso, teve sessenta e oito canções censuradas, impedindo-o de gravar diversas faixas, ou, ainda, impedindo suas posteriores reproduções em rádios e apresentações. Os problemas com a censura levaram Taiguara a se auto exilar na Inglaterra. Em Londres, estudou no Guildhall School of Music and Drama e gravou o álbum Let The Children Hear The Music” com Michel Legrand, cuja censura foi de praticamente todo o álbum, impedindo-o de ser lançado e tornando-se o primeiro disco estrangeiro de um brasileiro censurado no Brasil. Após quarenta anos da gravação deste álbum, as fitas originais ainda não foram mais encontradas. Taiguara voltou ao Brasil e gravou o icônico Imyra, Tayra, Ipy - Taiguara com Hermeto Paschoal e participação de músicos como Wagner Tiso, Toninho Horta, Nivaldo Ornelas, Jacques Morelenbaum, Novelli, Zé Eduardo Nazário, Ubirajara Silva (pai de Taiguara) e uma orquestra sinfônica de oitenta músicos. O espetáculo de lançamento do disco foi cancelado e todas as cópias foram recolhidas das lojas em apenas setenta e duas horas. Em seguida, Taiguara partiu para um segundo auto exílio que o levaria à África e à Europa por vários anos. Depois do extenso exílio, Taiguara volta ao Brasil após a anistia, quando retoma carreira, com shows e dois álbuns, mais ativos politicamente e com letras de música também mais politizadas, Canções de Amor e Liberdade” e Brasil Afri”. Quando finalmente voltou a cantar no Brasil, Taiguara não obteve mais o grande sucesso de outros tempos, muito embora suas músicas de maior êxito tenham continuado a ser relembradas em flashbacks das rádios AM e FM. Taiguara, começou a trabalhar como jornalista no jornal Hora do Povo”, com coluna própria, entrevistando figuras como Elza Soares. Voltando a carreira musical, organizou a turnê "Treze Outubros", contando com composições que iriam posteriormente aparecer em seus dois últimos álbuns. Em apresentações gravadas pela TV Bandeirantes e Manchete, contou com a participação de Ivan Lins e Beth Carvalho. Taiguara gravou Canções de Amor e Liberdade e Brasil Afri”, seus dois trabalhos mais politizados. É neste último que se encontra a faixa "O Cavaleiro da Esperança", música em homenagem ao líder comunista brasileiro Luiz Carlos Prestes. Em diversas atuações, Taiguara participou desde comícios da Diretas Já quanto de movimentos grevistas. Em Porto Alegre, quando realizou espetáculos na Esquina Democráticae na Casa de Cultura Mário Quintana pela ASSUFRGS  - Associação dos Servidores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul”, durante greve da “FASUBRA - Federação dos Sindicatos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições Públicas de Ensino Superior do Brasil”. Taiguara namorou com a cantora Claudete Soares, com Ironita  e com a dançarina Lurdinha. Taiguara foi casado com a letrista Gheisa Gomes Paiva, uma filha, Imyra Maria e com a escritora Eliane Lima dos Santos (Eliane Potiguara), três filhos, Daline Moína, Tajira Kilima e Samora Potiguara. Taiguara era casado com Ana Lasevicius, um filho, Lenini Guarani. Taiguara morreu de falência múltipla de órgãos em decorrência de um câncer na bexiga.

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