Wolney Lentino de Assis
(Porto Alegre/RS, 24 de agosto de 1937)
(São Paulo/SP, 06 de dezembro de 2015).
Wolney de Assis foi um ator, diretor, professor de interpretação, produtor e dramaturgo brasileiro. Wolney cursou artes cênicas na “Universidade Federal do Rio Grande do Sul”, quando foi ao “Festival de Teatro Amador” de Santos, com seu grupo, para apresentar a peça “Egmont” de Goethe. Por seu desempenho, Wolney recebeu o prêmio de melhor ator do festival e chamou a atenção do crítico Sábato Magaldi, que o incentivou a seguir carreira em São Paulo. A partir de então, iniciou sua trajetória profissional, passando pelo “Teatro Bela Vista” e “Teatro Oficina”, onde atuou na montagem de “Pequenos Burgueses” de Máximo Gorki e pelo “Teatro de Arena”, onde teve seu primeiro contato com o movimento político que lutava contra o regime militar que se instaurara no país. Sua ligação com a política o afastou dos palcos durante cerca de vinte anos, quando se formou em psicologia e clínica. Wolney de Assis foi convidado pelo diretor de cinema Beto Brant para voltar a atuar no filme “Os Matadores”. Wolney só aceitou depois de ser incentivado por sua mulher, a atriz Berta Zemel, com quem mantinha o “7Cênico - Teatro Móvel de São Paulo”. De volta à ativa, Wolney se dedicou ao cinema e atuou em “O Cheiro do Ralo” e “Enciclopédia do Inusitado e do Irracional”, pelo qual ganhou o prêmio de melhor ator do "Festival de Brasília". Wolney de Assis fez ainda os filmes “Isso é São Paulo”, ”Meu Mundo em Perigo” e a minissérie “Presença de Anita”. Além de atuar e dirigir, Wolney de Assis escreveu uma trilogia teatral, composta pelos textos “O Armário”, “O Dormitório” e uma terceira peça sobre os últimos dias do “Bandido da Luz Vermelha”. Wolney de Assis morreu de câncer de pulmão decorrente do tabagismo.